No exterior, receio por uma postura mais hawkish do Fed aumenta. No Brasil, mercado está de olho na tramitação da PEC

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas asiáticas fecharam sem direção definida, em pregão que sofreu influência da queda em Wall Street por conta de temores por um Fed continuamente hawkish, após indicadores sugerirem força da economia americana. Por outro lado, sinais positivos vieram da China, com o governo do país podendo relaxar mais suas medidas restritivas de combate ao coronavírus. O índice Xangai Composto fechou em alta marginal de 0,02%, enquanto o Hang Seng teve queda de 0,04% e o Nikkei subiu 0,24%.
  • Na Europa, as bolsas recuam nas primeiras horas do pregão, após um indicador econômico sugerir robustez da economia americana e, por consequência, um Fed continuamente agressivo em seu aperto monetário nos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,41%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam sem força. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,56%.
  • Os contratos futuros do Brent recuam 0,93%, a US$ 81,91 o barril.
  • O ouro avança 0,44%, a US$ 1.774,96 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 16,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 10:30 EUA: Balança Comercial (Out) 
  • 14:00 EUA: Perspectiva Energética de Curto Prazo da EIA

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa voltou a ceder terreno neste começo de semana, com volume financeiro muito enfraquecido, à tarde, pelo jogo entre Brasil e Coreia do Sul. A acentuação do sinal negativo em Nova York na etapa complementar foi acompanhada por piora do Ibovespa, que fechou a sessão em baixa de 2,25%, aos 109.401,41 pontos. O giro financeiro foi de apenas R$ 22,4 bilhões nesta segunda de Copa. A Petrobras, que resistia mais cedo ao sinal negativo do petróleo, alinhou-se ao longo da tarde ao dia ruim para a commodity, que cedeu mais de 3% na sessão, tanto no Brent como no WTI, em sessão marcada pelo início do teto do preço do petróleo russo.

O mercado de juros começou a semana de decisão de política monetária no Brasil com taxas em alta, importando a aversão ao risco do cenário externo e refletindo cautela com a tramitação da PEC da Transição que começa amanhã. No exterior, dados acima do esperado da economia americana sugerindo postura mais hawkish do Federal Reserve impulsionaram os rendimentos dos Treasuries e fortaleceram o dólar. No Brasil, os investidores experimentaram uma certa frustração com a entrevista do relator-geral do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI). Ele confirmou que o “waiver” deve vigorar por dois anos, e não quatro.

O dólar encerrou a sessão em alta de 1,28%, cotado a R$ 5,2830, em dia marcado por forte aversão ao risco e amplo fortalecimento da moeda americana no exterior. Investidores voltaram a embutir nos preços a perspectiva de um prolongamento do processo de aperto monetário pelo Fed ao longo de 2023. 

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York fecharam em baixa, em sessão marcada pela publicação de indicadores que trouxeram perspectivas de política monetária mais restritiva e recessão nos Estados Unidos. O índice Dow Jones fechou em baixa 1,40%, enquanto o S&P 500 caiu 1,79% e o Nasdaq recuou 1,93%.

Os retornos dos Treasuries subiram. O movimento foi impulsionado pela divulgação de indicadores acima do previsto, como o PMI de serviços do ISM.

O dólar operou em alta hoje ante a maioria das moedas rivais, em sessão marcada pela publicação do índice de dirigente de compras (PMI) composto e de serviços dos Estados Unidos e com membros do Fed em período de silêncio, aumentando as expectativas em relação ao aumento da taxa de juros na semana que vem. A moeda americana ganhou mais fôlego à tarde, após dados mistos, mas com o PMI do Instituto para Gestão da Oferta (ISM) mostrar força no setor de serviços do país. O índice DXY registrou alta de 0,71%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

As encomendas à indústria nos Estados Unidos subiram em 1,0% em outubro ante setembro, em US$ 556,6 bilhões, de acordo com dados publicados pelo Departamento do Comércio do país. O resultado veio acima da expectativa de analistas consultados pelo WSJ, de um crescimento de 0,7%.

O índice de gerentes de compras (PMI) composto dos Estados Unidos recuou de 48,2 em outubro a 46,4 em novembro, conforme leitura final publicada pela S&P Global. O PMI de serviços caiu de 47,8 em outubro a 46,2 em novembro. Os números continuam abaixo de 50, o que aponta contração da atividade.

O índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços dos Estados Unidos subiu de 54,4 em outubro a 56,5 em novembro, informou o Instituto para Gestão da Oferta (ISM). Analistas ouvidos pelo WSJ previam um aumento menor, a 53,7. O subíndice de preços caiu de 70,7 em setembro a 70,0 em outubro, enquanto o de empregos passou de 49,1 em outubro a 51,5 em novembro, e o de novas encomendas recuou de 56,5 a 56,0.

NDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O índice dos gerentes de compras (PMI) composto do Brasil recuou de 53,4 em outubro para 49,8 em novembro, de acordo com a S&P Global. O PMI específico de serviços cedeu de 54,0 para 51,6 entre outubro e novembro, o que em números dessazonalizados significa o décimo oitavo mês seguido do indicador no terreno da expansão (acima de 50), porém, a taxa mais lenta observada em todo o período.

POLÍTICA NO BRASIL

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição dará autorização para o governo federal ampliar seus gastos de forma excepcional, por dois anos, e não de forma ilimitada como queria inicialmente a equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O prazo de duração foi decidido nesta segunda-feira (5) em reunião de parlamentares com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e a PEC deve ser analisada hoje pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. (Valor)

O presidente da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), convocou sessão na terça-feira (06) para analisar a PEC que retira o Auxílio Brasil do teto de gastos. O congressista indicou o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) para relatar o texto. Na quarta-feira (07), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pretende votar o texto no plenário. A expectativa é que o texto apresentado permita ao futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastar até R$ 128 bilhões anuais fora do teto de gastos a partir de 2023 para cumprir promessas de campanha. (Poder 360)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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