Protestos na China pressionam os mercados
NESTA MANHÃ
- As bolsas na Ásia fecharam em baixa, pressionadas pela aversão ao risco nos mercados por conta dos protestos na China contra a rígida política de tolerância zero contra a covid-19, adotada pelo governo do presidente Xi Jinping. O episódio adicionou uma nova camada de incerteza quanto à economia do gigante asiático, que recentemente flertou com o relaxamento de restrições. O índice Xangai Composto fechou em queda de 0,75%, enquanto o Hang Seng caiu 1,57% e o Nikkei recuou 0,42%.
- Na Europa, as bolsas recuam nas primeiras horas do pregão, pressionadas pela aversão global ao risco depois que diversas grandes cidades da China registraram protestos da população contra a política de “covid-zero” do governo de Xi Jinping. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,77%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no vermelho.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,66%.
- Os contratos futuros do Brent tombam 3,17%, a US$ 80,98 o barril.
- O ouro avança 0,34%, a US$ 1.760,60 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 16,5 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:25 Brasil: Boletim Focus
- 11:00 União Europeia: Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE
- 14:00 EUA: Discurso de Dirigentes do Fed
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa quase devolveu a alta de 2,75% da sessão anterior e fechou a sexta-feira (25) em queda de 2,55%, aos 108.976,70 pontos, colocando a recuperação ensaiada na semana a apenas 0,10%. Em sessão com fechamento antecipado das bolsas de Nova York, como é de costume na Black Friday, o Ibovespa continuou a mostrar volume enfraquecido.
Os juros futuros encerraram a sessão em alta, reagindo ao discurso do ex-ministro Fernando Haddad, apontado como favorito para assumir o ministério da Fazenda na gestão Lula, em almoço na Febraban. As declarações acabaram frustrando o mercado, que esperava uma postura mais contundente em relação à questão fiscal, e também porque não trouxeram novidades sobre a PEC da Transição. Na semana, todas as taxas avançaram, com intensidade maior no miolo da curva, trecho sensível tanto às apostas de Selic no médio prazo quanto à percepção da política fiscal.
A novela em torno da PEC da Transição e a falta de declarações mais firmes em favor da responsabilidade fiscal por parte do ex-ministro Fernando Haddad, principal nome cotado para ocupar o ministério da Fazenda, azedaram o humor do mercado nesta sexta-feira (25). Em alta desde a abertura dos negócios, alinhado ao fortalecimento da moeda americana no exterior, o dólar ultrapassou o teto de R$ 5,40 ao longo da tarde em meio à fala de Haddad em almoço da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no qual o petista compareceu como representante do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Desse modo, o dólar fechou o dia em alta de 1,9%, cotado a R$ 5,4110, e acumulou 0,67% na semana.
EXTERIOR
Os mercados acionários de Nova York fecharam sem direção única, em dia marcado pela Black Friday e pela pouca liquidez ainda pelo feriado nos Estados Unidos e em sessão com poucos drivers. O índice Dow Jones subiu 0,45%, enquanto o S&P 500 caiu 0,03% e o Nasdaq recuou 0,52%. Na semana os índices acumularam alta de 1,78%, 1,53% e 0,72%, respectivamente.
Os rendimentos dos Treasuries operaram em alta, encerrando uma semana com alguma recuperação após queda recente. Na quinta-feira (24), os mercados americanos de títulos públicos estiveram fechados por conta do feriado de Ação de Graças, que reduziu ainda mais a liquidez da sessão. Já na quarta-feira (23), a divulgação da ata da última reunião do Fed havia indicado uma desaceleração na alta de juros pela autoridade, o que pressionou os rendimentos.
O dólar operou em alta ante a maioria das moedas, recuperando parte das perdas dos últimos dias. A grande atenção nos Estados Unidos no fim desta semana fica com a Black Friday, que deve dar indicações sobre o consumo no país diante da perda do poder de compra ocasionada pelo avanço da inflação. Ao passo que na próxima semana, os principais números americanos para o emprego serão divulgados, incluindo o payroll, na sexta-feira (02). Na zona do euro, alguns indicadores vêm apresentando resiliência da economia na região. Ao final da sessão, o índice DXY subia 0,21%.
POLÍTICA NO BRASIL
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou domingo à noite em Brasília para retomar as articulações em torno da formação do governo e da PEC da Transição, após uma pausa forçada nos trabalhos para se recuperar da cirurgia nas cordas vocais realizada no dia 20 de novembro. Há expectativa de que ele anuncie nos próximos dias os nomes, pelo menos, dos futuros ministros da Fazenda, da Secretaria de Governo, e da Casa Civil. (Valor)
Banqueiros que participaram do almoço da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em São Paulo, nesta sexta-feira (25), classificaram o discurso do ex-ministro Fernando Haddad —cotado para assumir a Fazenda— como “muito generalista” e “sem consistência suficiente” para a plateia que esteve na Casa Charlô. A avaliação desses convidados foi a de que, além de não ter o time econômico definido, o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também não tem um plano para a área. O presidente eleito pediu que Haddad o representasse no encontro da Febraban. O sentimento foi o de que Lula segue “absoluto” —ou seja, nenhum interlocutor tem autoridade suficiente para falar com clareza sobre os planos futuros. (CNN)
Ex-presidente e fundador do partido Novo, João Amoêdo anunciou nesta sexta-feira (25) que se desfiliou da sigla. Em publicação no seu perfil no Twitter, afirmou que a agremiação que ajudou a construir há pouco mais de dez anos “não existe mais”. (Valor)
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