Ibovespa fecha semana em queda de 3,01%, acumulando baixa de 6,18% em novembro
NESTA MANHÃ
- As bolsas asiáticas fecharam em queda, com exceção de Tóquio, à medida que ponderam impactos da atual onda de casos de covid-19 na China, que apresentou piora nos últimos dias e fez com que autoridades locais ordenassem novos lockdowns. Os recuos também ocorrem após sinalizações hawkish de dirigentes dos principais bancos centrais do mundo. O índice Xangai Composto recuou 0,39%, enquanto o Nikkei subiu 0,16% e o Hang Seng caiu 1,87%.
- Na Europa, as bolsas europeias operam com viés de baixa. O apetite por risco de investidores no continente é impactado pela postura hawkish recente de dirigentes do Fed e do BCE, às vésperas da divulgação das atas das últimas reuniões de política monetária de ambos os BCs. A China registrou uma piora na situação da covid-19 no país e voltou a adotar bloqueios, outro fator que pesa sobre as bolsas. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,19%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no negativo.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,83%..
- Os contratos futuros do Brent recuam 0,71%, a US$ 87,00 o barril.
- O ouro cai 0,54%, a US$ 1.741,46 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 15,95 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:25 Brasil: Boletim Focus
- 10:30 EUA: Índice de Atividade Nacional Fed Chicago (Out)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa devolveu os ganhos que ensaiou nos melhores momentos do dia e emendou a terceira perda consecutiva em quatro sessões na semana. Com a baixa de 0,76%, aos 108.870,17 pontos no fechamento da sessão, a referência da B3 eleva a 6,18% o recuo no mês, que limita o avanço do ano a 3,86%. Na semana, acumula queda de 3,01%. Na sessão, a retração nas ações de Petrobras (ON -1,84%, PN -1,69%) e Vale (ON -2,73%) se impôs ao Ibovespa, que não contou com o sinal único de outro setor de peso, o financeiro, ao longo da tarde.
Os juros encerraram a sessão, marcada pela volatilidade, em alta, mais acentuada nos vencimentos curtos. As expectativas em torno do futuro da PEC da Transição e seus riscos para a política fiscal e monetária continuaram orientando os negócios, com os agentes ao longo do dia ora tentando se apegar a sinais de consciência fiscal emitidos pela equipe de transição para estancar a sangria que marcou a semana, ora preocupados com o nome de Fernando Haddad ganhando força para assumir a Fazenda.
O dólar recuou 0,48% nesta sexta-feira (18), cotado a R$ 5,3750, na contramão do sinal predominante de alta da moeda americana no exterior. Profissionais do mercado atribuem a baixa a ajustes para correção de exageros recentes, quando investidores promoveram uma “reprecificação” da taxa de câmbio em meio a temores de piora do quadro fiscal e a especulações sobre o perfil da futura equipe econômica.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, apesar das sinalizações de continuidade no ciclo de aperto de juros nos Estados Unidos por parte do Fed. A presidente do Fed de Boston, Susan Collins, afirmou que suas opiniões estão abertas quanto à intensidade do aumento dos juros em dezembro, reforçando a necessidade de mais elevações das taxas para conter a inflação. O índice Dow Jones subiu 0,59%, enquanto o S&P 500 avançou 0,48% e o Nasdaq fechou próximo da estabilidade, com alta de 0,01%.
Os juros dos Treasuries tiveram mais uma sessão de alta, enquanto o mercado se ajusta à perspectiva de elevação de juros em ritmo mais brando nos EUA, mas com as taxas podendo permanecer em patamares mais altos por um tempo mais prolongado.
O dólar operou em alta ante a maioria dos rivais, encerrando uma semana de ganhos para a moeda americana. Desse modo, o índice DXY avançou 0,22%. Declarações de dirigentes do Fed nos últimos dias reforçaram o compromisso da autoridade em combater a inflação, o que deverá envolver novas altas de juros no processo de aperto monetário.
POLÍTICA NO BRASIL
O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) protocolou no sábado (19) no Senado uma proposta alternativa à PEC da Transição, apresentada pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada. A ideia, de acordo com o texto, é reduzir de R$ 198 bilhões para R$ 70 bilhões o limite para gastar além do teto de gastos, ampliação necessária apenas para garantir a manutenção dos R$ 600 pagos no Auxílio Brasil, assim como garantir o Benefício da Primeira Infância adicional de R$ 150 por criança às famílias. Além disso, a proposta prevê que a permissão para gastos acima do teto seria válida apenas pelos quatro anos de governo. A nova PEC também define o prazo de 17 de julho de 2023 para que o governo aprove uma lei complementar criando um novo regime fiscal sustentável, com a revogação do teto de gastos e sem prejuízo da garantia do programa permanente de transferência de renda. (Valor)
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