PEC da Transição, COP27 e reuniões do G20 marcam o início da semana

Compartilhe o post:
NESTA MANHÃ
  • No primeiro pregão da semana, as bolsas na Ásia tiveram um resultado misto. A Bloomberg informou durante o fim de semana, que autoridades financeiras chinesas enviaram medidas para resgatar o setor imobiliário.
  • Na Europa, os índices operam em leve alta após a divulgação da produção industrial da zona do euro de setembro que subiu 0,9%, ante a expectativa de +0,1%. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,22%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street recuam nesta manhã sugerindo uma pausa no rali da semana passada. Os dirigentes do Fed reiteraram que é preciso cautela mesmo após o CPI ter apresentado uma desaceleração.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,8836%
  • Os contratos futuros do Brent recuam 1,04%, a US$ 94,99 o barril.
  • O ouro cede 0,92%, a US$ 1.755,25 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 16,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • Reuniões do G20 em Bali
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus
  • 09:00 Brasil: IBC-Br (Set) 
  • 09:10 Relatório mensal da OPEP

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL:

Após queda de 3,35% na sessão anterior, o Ibovespa conseguiu aproveitar o bom humor externo e fechou em alta de 2,26%, aos 112.253,49 pontos. Ainda assim, acumulou perda de 5,00% na semana, na contramão de Wall Street. As recentes idas e vindas do índice mostram um padrão de volatilidade associado especialmente à condução da política fiscal sobre o futuro governo, em um contexto externo ainda desafiador em meio ao ajuste das políticas monetárias nas maiores economias, com elevação dos juros.

Os juros futuros tiveram nova rodada de alta, desta vez mais firme na ponta curta, refletindo a percepção de que a Selic pode permanecer no atual patamar muito mais tempo do que o imaginado ou pior, até voltar a subir, caso se concretize o desenho fiscal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição pretendida pelo novo governo.

A derrocada da moeda americana no exterior e a alta das commodities, na esteira de notícias sobre relaxamento da política de covid zero na China, abriram espaço para que o real experimentasse uma recuperação parcial na sessão. O dólar fechou em baixa de 1,19%, cotado a R$ 5,3330. Mesmo assim, foi a pior semana para a divisa brasileira desde junho de 2020, acumulando alta de 5,35%.

EXTERIOR

Após terem sua melhor sessão em dois anos, as bolsas de Nova York conseguiram fechar novamente em alta. No radar, estavam os dados de confiança do consumidor americano e as expectativas de inflação do país, com a perspectiva majoritária de que o Fed deve arrefecer seu ritmo de aperto monetário. No fechamento, o Dow Jones subiu 0,10%, enquanto o S&P 500 ganhou 0,92% e o Nasdaq teve alta de 1,88%. Na semana, por sua vez, as altas foram de 4,15%, 5,90% e 8,10%, respectivamente.O dólar estendeu sua jornada de enfraquecimento ante moedas rivais, à medida que o mercado continua a esperar uma desaceleração do ritmo de aperto monetário pelo Fed, o que prejudica a divisa americana. Assim, o índice DXY fechou em baixa de 1,77%, acumulando queda de 4,13% na semana.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos elaborado pela Universidade de Michigan caiu de 59,9 em outubro para 54,7 em novembro, de acordo com pesquisa preliminar. O resultado ficou abaixo da projeção de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda menor a 59,5. A pesquisa também mostrou que as expectativas para a inflação em 12 meses nos EUA subiram de 5,0% em outubro para 5,1% em novembro. Já a expectativa de inflação para o horizonte de 5 anos avançou de 2,9% para 3,0%.

GEOPOLÍTICA

Joe Biden e Xi Jinping se encontraram rapidamente na segunda-feira na primeira reunião presencial entre os líderes dos EUA e da China, às margens do G20 em Bali.  Ambos pedem a redução das tensões entre as maiores economias do mundo e espera-se que eles conversem por pelo menos duas horas, após as quais Biden planeja realizar uma entrevista coletiva. (Bloomberg)

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O volume de serviços prestados subiu 0,9% em setembro ante agosto, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, o resultado do indicador foi revisto de 0,7% para 1,1%. O resultado de setembro superou a estimativa mais otimista coletada pelo Projeções Broadcast, que era 0,8%. O piso do intervalo de estimativas era de queda de 0,4% e a mediana era positiva em 0,4%.

Na comparação com setembro do ano anterior, houve elevação de 9,7% em setembro de 2022, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, o resultado superou com folga o teto das previsões, que iam de uma elevação de 6,5% a 8,7%, com mediana positiva de 8,2%.

POLÍTICA NO BRASIL

O senador eleito Wellington Dias (PT-PI), integrante da equipe de transição, admitiu que a apresentação da PEC da Transição está atrasada devido à falta de “entendimento”, com líderes do Congresso Nacional, em relação à retirada do Auxílio Brasil do teto de gastos. A principal divergência é se essa excepcionalização acontecerá de forma permanente ou ou se terá duração delimitada de quatro anos. 

Segundo o senador, até terça-feira o grupo vai avaliar novas sugestões apresentadas para a proposta de emenda à Constituição. A apresentação do texto final ocorrerá na quarta-feira (16) e já se espera que sejam reunidas as assinaturas necessárias para protocolar a PEC no Senado. A partir daí, conta-se o prazo de tramitação. (Valor)

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou em nota que vai apoiar a PEC da transição apenas para garantir o Auxílio Brasil de R$ 600 e o aumento real do salário mínimo. As medidas foram defendidas pelas duas campanhas presidenciais durante as eleições. “Todos os outros temas da agenda do novo governo merecem ser, primeiro, conhecidos, assim como sua política econômica”, afirmou o ministro.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajará hoje (14) ao Egito para a COP27 (Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas). Jair Bolsonaro (PL), não participará do evento. Haverá representantes da Câmara e do Senado, incluindo o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. Sua volta será no sábado (19) antes de retornar, passa por Portugal. A expectativa é que na próxima semana seja anunciada a equipe econômica do novo governo. (Poder360)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

PAINEL DE COTAÇÕES

As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama. 
Compartilhe o post:

Posts Similares