Fed aumenta taxa de juros em 75 bps

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NESTA MANHÃ
  • Os mercados acionários da Ásia tiveram pregão com viés negativo. Sinais da economia da China estiveram em foco, ao lado da política monetária do Fed. Autoridades sanitárias da China reafirmaram o compromisso com a política de covid zero, que tem pesado na atividade no país, após rumores mais cedo nesta semana nas redes sociais locais de que poderia haver mudanças nessa postura. No Japão houve feriado, com a Bolsa de Tóquio sem operar. A Bolsa de Xangai fechou em queda de 0,19% enquanto o Hang Seng caiu 3,08%. 
  • O índice de gerentes de compras de serviços (PMI) da China caiu de 49,3 em setembro a 48,4 em outubro, no menor nível desde maio, de acordo com a pesquisa da Caixin com a S&P Global. O PMI composto, que engloba serviços e indústria, recuou de 48,5 a 48,3 no período. Os indicadores abaixo de 50 apontam para contração na atividade.
  • Na Europa, as bolsas operam no negativo. A forte baixa em Nova York influencia, diante das renovadas promessas de mais aperto monetário pelo Fed. O BCE também reafirmou que a direção na política monetária é de mais aperto, com a calibragem como questão a se discutir. Além disso, na China houve sinal modesto da economia e autoridades reafirmaram a política rígida contra a covid-19, que pesa na atividade local. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 1,08%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no vermelho. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,20%.
  • Os contratos futuros do Brent recuam 1,39%, a US$ 94,82 o barril.
  • O ouro caiu 0,87%, a US$ 1.621,11 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 20,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Reino Unido: Decisão da Taxa de Juros BoE
  • 10:45 EUA: PMI S&P Global (Out)
  • 11:00 EUA: Encomendas à Indústria (Set)
  • 11:00 EUA:  Atividade Empresarial ISM (Out)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL:

Na quarta-feira (02), feriado de Dia de Finados, não houve negociação na bolsa brasileira. Na terça-feira (01), os mercados fecharam em alta de 0,77%, aos 116.928,66 pontos, em meio a protestos ainda interrompendo ou prejudicando o tráfego nas estradas brasileiras, exterior negativo e a declaração do presidente Jair Bolsonaro – pela primeira vez após a derrota nas eleições.

O recuo dos juros futuros visto durante boa parte da terça-feira perdeu força no fechamento dos negócios e, no fim da sessão regular, apenas a ponta longa ainda sustentava o movimento, com as demais perto da estabilidade.

Após uma manhã de instabilidade e troca de sinais, o dólar se firmou em baixa no início da tarde e encerrou a sessão desta terça-feira (01) em queda forte, mas longe das mínimas da sessão. Operadores voltaram a relatar entrada de fluxo estrangeiro para ativos domésticos e desmonte de posições defensivas no mercado futuro de câmbio, em meio às expectativas para a transição de governo. Assim, o dólar recuou 0,99%, cotado a R$ 5,1150.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, em uma sessão de intensa volatilidade causada pelas sinalizações do Fed. À princípio, a decisão de política monetária da autoridade de elevar os juros em 75 pontos-base, como era amplamente esperado, chegou a dar impulso às ações. No entanto, na coletiva de imprensa do presidente Jerome Powell, a possibilidade destacada pelo dirigente de aumentos de taxas ainda maiores que os esperado anteriormente pressionou os ativos de risco, e proporcionou ainda um avanço nos rendimentos dos Treasuries. O índice Dow Jones fechou em baixa de 1,55%, enquanto o S&P 500 recuou 2,50% e o Nasdaq caiu 3,36%.

O dólar ganhou força na sessão com os comentários do presidente de Powell. Com a decisão de política monetária da autoridade, a moeda americana se desvalorizou com a percepção de que as altas de juros de 75 bps poderiam ter chegado ao fim. No entanto, após a coletiva de imprensa, o dólar ganhou forças. Dessa forma, o índice DXY teve alta de 0,58%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed) decidiu elevar a taxa dos Fed Funds em 75 pontos-base, para a faixa entre 3,75% e 4,00% ao ano, em comunicado. A decisão não foi unânime e está em linha com as expectativas do mercado.

O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que os juros nos Estados Unidos poderão ser elevados a um patamar acima do que foi imaginado na reunião de setembro. Em coletiva de imprensa, ele reafirmou o compromisso em baixar a inflação de volta à meta, de 2% ao ano.

POLÍTICA NO BRASIL: 

Em seu primeiro pronunciamento após o fechamento das urnas, Jair Bolsonaro, na tarde de terça (01), não contestou o resultado da eleição e disse que continuará cumprindo com a Constituição. Ele não pediu abertamente a desmobilização dos caminhoneiros, colocando os “movimentos populares” como “fruto de Indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”. Mas ao enfatizar que manifestações pacíficas são bem-vindas, ponderou que “os métodos não podem ser os da esquerda” que invade propriedades, destrói patrimônio, limita o direito de ir e vir e prejudica a população”.

Contudo, na quarta-feira (02), o presidente Jair Bolsonaro gravou um vídeo pedindo a seus apoiadores que desbloqueiem estradas. Manifestantes estão nas ruas desde domingo (30), quando foi proclamada a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições. “Quero fazer um apelo a você: desobstrua as rodovias. Isso daí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder, nós aqui, essa nossa legitimidade”, declarou em vídeo publicado em seus perfis nas redes sociais. (Poder 360)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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