Vale – Volumes saudáveis e lucratividade em linha com o esperado.

Mais um trimestre de alta leve na produção.

A Vale divulgou o seu resultado agora no final de outubro, mas os dados de produção e vendas já haviam sido divulgados anteriormente. A produção de minfer teve leve alta na comparação anual, na casa de 1%. Já nos metais básicos, vimos aumento mais expressivo, na casa dos 27%. O preço do minfer sofreu deterioração no período, vindo de 163 dólares por tonelada para 103. No caso do níquel, tivemos 19% de alta, e do cobre 18% de queda. Com isso, a receita de ferrosos (minfer e pelotas) fechou o trimestre em R$ 7,9 bilhões, com metais básicos (níquel e cobre) fechando na casa dos R$ 2 bilhões. A receita total finalizou o trimestre, portanto, em R$ 9,9 bilhões, uma redução de 20% na comparação anual.

Metais básicos ganhando espaço.

Com a queda no preço dos ferrosos que vimos este ano, a receita de metais básicos atingiu 20% da receita total da companhia. A unidade, portanto, vem ganhando relevância. Tivemos aumento expressivo nos patamares de produção, tanto em cobre quanto em níquel, e um preço menos volátil do que o observado em ferrosos. A Vale tem falado sobre a unidade de metais básicos ser mal precificada pelo mercado. Foi ventilada, inclusive, a possibilidade de uma oferta associada a essa unidade.

Lucratividade segue atrativa.

Com um lucro de 4,5 bilhões de reais no trimestre, e avaliada a 314 bilhões de reais, a Vale hoje negocia num múltiplo preço/lucro de 17x. A nossa perspectiva para o futuro é aumento de volumes, com preços estáveis. Com isso, devemos observar níveis crescentes de lucro para a Vale. Em paralelo, vemos a cia. como um investimento de alta qualidade, com governança afinada, um ativo irreplicável, e excelente posicionamento competitivo.