Auren – Resultado expressivo de comercialização e chuvas favoráveis.

Geração melhorou com hidrologia.

Cia. produziu nos ativos hídricos 835 MWmed, o equivalente a 90% da garantia física. Esse resultado – uma melhora de 11% em relação ao ano anterior, se deu por conta das chuvas abundantes. Tivemos os reservatórios fechando o trimestre em níveis recordes, de 57%, contra 24% no ano anterior. Na geração eólica, a cia. teve uma alta de quase 80%, fechando o trimestre em 540 MWmed. Essa alta se deu, tanto em função da entrada em operação dos complexos Ventos do Piauí II e III, quanto da regularização do funcionamento da estação coletora de Ventos do Araripe III, que comprometeu a produção do ano anterior.

Queda na receita não reflete desempenho da empresa.

A cia. teve receita em queda de 18% na comparação anual, puxada pela redução das atividades de comercialização. Tivemos aumento de R$ 44 milhões no PMSO, que, apesar de proporcionalmente alto, não foi determinante no resultado da empresa. A Auren teve uma geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado, de R$ 498 milhões, um aumento de 200% na comparação anual. A produção foi maior, devido a ativos entrando em operação, além de uma margem melhor no período. A atividade de comercialização também foi grande contribuidora para este resultado, com uma contribuição na casa dos R$ 200 milhões.

Endividamento reduzido substancialmente.

Hoje a Auren opera com endividamento líquido na casa dos R$ 2,7 bilhões, implicando num múltiplo de 1,7x o EBITDA do trimestre anualizado. Já na parte de despesas jurídicas, não tivemos alteração material no contencioso ativo e passivo da Auren. Gostamos do case de investimento em Auren, em função do portfólio de ativos diferenciado e valuation atrativo. A Auren opera hoje num patamar próximo do seu valor patrimonial, com um EBITDA anual rodando na casa dos 1,5 bi de Reais, resultando num EV/EBITDA de 11x, considerado razoável em relação aos pares.

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