Ibovespa emenda segundo pregão em baixa com cautela política em foco
NESTA MANHÃ
- As bolsas asiáticas fecharam em alta, após Wall Street acumular ganhos pelo terceiro pregão consecutivo e o Reino Unido ganhar um novo primeiro-ministro. O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,67%, enquanto o Hang Seng avançou 1,0% e o Xangai Composto teve alta de 0,78%.
- Na Europa, as bolsas oscilam entre altas e baixas, ao passo que investidores digerem uma série de balanços corporativos mistos da região e também dos EUA, em um dia de agenda fraca de indicadores. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,06%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no vermelho.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,06%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,11%, a US$ 93,62 o barril.
- O ouro avança 1,03%, a US$ 1.670,21 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 20,6 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: Índice de Preços ao Produtor (Set)
- 11:00 EUA: Venda de Casas Novas (Set)
- 18:00 Brasil: Decisão da Taxa de Juros Selic
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL:
O Ibovespa fechou na mínima do dia, com queda de 1,20%, aos 114.625,59, no segundo dia consecutivo de baixa. A incerteza sobre o desfecho da eleição, que tende a ser definida no domingo por margem apertada, soma-se à cautela com relação à economia chinesa, que ainda suscita dúvidas mesmo com a recente leitura sobre o PIB do país.
Os juros futuros fecharam de lado, resistindo à influência da forte queda das taxas no exterior e mesmo o IPCA-15 de outubro acima do consenso teve efeito limitado na curva, sem qualquer impacto nas expectativas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (26). A lateralidade reflete o compasso de espera pelo resultado das eleições, o que tende a deixar o mercado mais travado ao longo da semana, diante do cenário ainda em aberto e sinais de que a disputa será acirrada.
A cautela pré-eleitoral impediu o real de se beneficiar da rodada de enfraquecimento da moeda americana em relação a divisas fortes e emergente, em meio ao aumento das apostas de que o Fed pode reduzir o ritmo de aperto monetário a partir de dezembro após divulgação de resultado abaixo do esperado da confiança do consumidor americano em outubro. Por aqui, a alta do IPCA-15 em outubro, às vésperas da decisão do Copom foi monitorada, mas não teve papel relevante na formação da taxa de câmbio. Desse modo, o dólar fechou em alta de 0,32%, cotado a R$ 3,3200 – maior valor desde 30 de setembro, último pregão antes do primeiro turno da eleição.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, com operadores à espera de balanços corporativos das gigantes de tecnologia. As apostas divididas para alta de juros do Fed na última reunião do ano, em dezembro, também são acompanhadas pelos acionistas. No fechamento, o Dow Jones subiu 1,07%, enquanto o S&P 500 avançou 1,63% e o Nasdaq teve alta de 2,25%.
Em meio ao período de silêncio do Fed, os rendimentos dos Treasuries caíram nesta terça-feira, à medida que aumenta a perspectiva de que BC americano será menos agressivo. Dados americanos de habitação e de confiança do consumidor também pressionaram os juros, ao indicarem que a economia está enfraquecendo.
O dólar perdeu forças ante rivais, em uma sessão com divulgação de indicadores econômicos dos dois lados do Atlântico. Ainda, a posse formal de Rishi Sunak como primeiro-ministro do Reino Unido garantiu algum impulso à libra. Dessa forma, o índice DXY registrou queda de 0,93%.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:
O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos caiu de 108 em setembro para 102,5 em outubro, de acordo com a pesquisa divulgada pelo Conference Board. O resultado veio abaixo da expectativa de analistas consultados pelo WSJ, que previam queda a 106,3.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,16% em outubro, após ter recuado 0,37% em setembro, conforme informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou acima da mediana (0,09%) das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Com o resultado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,80% no ano. Enquanto a taxa em 12 meses ficou em 6,85%. As projeções iam de avanço de 6,64% a 8,70%, com mediana de 6,78%.
POLÍTICA NO BRASIL:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 53% dos votos válidos para o 2º turno das eleições presidenciais, de acordo com a pesquisa Genial/Quaest. O petista aparece à frente do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), com 47%. Em relação ao levantamento anterior, o petista manteve sua vantagem de 6 pontos percentuais à frente de Bolsonaro. O levantamento entrevistou 2.000 eleitores de 23 a 25 de outubro de 2022 e tem margem de erro de 2 pontos para mais ou para menos em um intervalo de confiança de 95%. (Poder 360)
Pesquisa PoderData sobre a disputa para presidente mostra cenário de estabilidade ainda favorável ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que registra 53% dos votos válidos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) teve 47%. O estudo foi realizado de 23 a 25 de outubro de 2022, com 5.000 entrevistas e margem de erro de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos. Há uma semana, Lula tinha 52% contra 48% de Bolsonaro quando se consideram só os votos válidos –desprezando brancos e nulos. A distância entre os finalistas foi de 4 para 6 pontos em uma semana. (Poder 360)
O levantamento realizado entre os dias 22 e 24 de outubro pelo Ipespe/Abrapel mostra que Lula mantém vantagem numérica de 6 pontos percentuais, no limite da margem de erro, mas com ambos oscilando 1 ponto percentual para cima em relação ao desempenho da semana passada. Agora, Lula aparece com 50% das intenções de voto totais em cenário estimulado, enquanto Bolsonaro tem 44%. Eleitores que dizem votar em branco ou nulo somam 4% dos entrevistados. Já os que não souberam ou preferiram não responder representam 2%. A margem de erro estimada é de 3 pontos percentuais. (InfoMoney)
De acordo com o levantamento do Instituto Paraná, realizado entre os dias 20 e 24 de outubro, Lula tem 46,3% das intenções de voto totais, e Bolsonaro, 45,9%, em cenário estimulado. Eleitores que dizem votar em branco ou nulo somam 4,8% dos entrevistados, ao passo que 3% não souberam ou preferiram não responder. A margem de erro estimada é de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo. (InfoMoney)
No entanto, no levantamento divulgado pelo Instituto Brasmarket, Jair Bolsonaro (PL) aparece com 47,7% das intenções de voto contra 41,8% de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Votos brancos e nulos somam 5,2%, os que não sabem/não responderam, 2,9%, e os que disseram que não irão votar, 2,5%. Ao passo que na pesquisa anterior, publicada na última quinta (20), Bolsonaro tinha 45,5% de intenção de voto e o ex-presidente Lula aparecia com 40,8%. A margem de erro é de dois pontos percentuais. (Money Times)
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