Petrobras e Banco do Brasil despencam após caso Roberto Jefferson
NESTA MANHÃ
- As bolsas asiáticas fecharam com viés de baixa, pressionadas ainda pelo resultado do Congresso do Partido Comunista da China, durante o qual os reformadores foram excluídos dos altos escalões da liderança. O índice Xangai Composto teve ligeira perda de 0,04%, enquanto o Hang Seng também mostrou baixa apenas marginal, de 0,10%. O Nikkei subiu 1,02% em Tóquio.
- Na Europa, as bolsas operam sem direção definida, ao passo que os investidores digerem os primeiros balanços de grandes bancos da região. Maior banco europeu em valor de mercado, o britânico HSBC divulgou queda anual de 46% no lucro do terceiro trimestre. A ação do HSBC tem queda superior a 7,3% em Londres. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,05%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no vermelho.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,18%.
- Os contratos futuros do Brent recuam 1,36%, a US$ 91,99 o barril.
- O ouro cai 0,61%, a US$ 1.639,64 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 19,3 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: Confiança do Consumidor FGV (Out)
- 09:00 Brasil: IPCA-15
- 11:00 EUA: Confiança do Consumidor Conference Board (Out)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL:
O Ibovespa fechou o dia em baixa de 3,27%, aos 116.012,70 pontos. O caso de Roberto Jefferson, no domingo (23), pesou sobre as ações da Petrobras e Banco do Brasil, que tiveram quedas próximas a 10% no pregão desta segunda-feira (24). Ao longo da semana passada, Petrobras ON e PN, e BB ON, haviam acumulado ganhos, pela ordem, de 11,87%, 12,87% e 14,10%, na expectativa do resultado das eleições presidenciais.
Os juros começaram a semana do Copom em alta, mais pronunciada nos vencimentos longos, refletindo a piora na percepção de risco político-eleitoral nesta reta final do segundo turno das eleições. Por mais que o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) tenha tentado desvencilhar sua imagem da do ex-deputado Roberto Jefferson, o mercado passou a precificar maior risco para o seu desempenho nas urnas, corrigindo parcialmente movimento da semana passada quando a melhora das intenções de voto mostrada nas pesquisas produziu um rali dos ativos domésticos.
O dólar disparou 3,01% no mercado doméstico de câmbio e fechou cotado a R$ 5,3030, em meio a um ambiente externo desfavorável para moedas emergentes e ao aumento das tensões políticas domésticas.
EXTERIOR
Os mercados acionários de Nova York fecharam com ganhos. Após abertura sem impulso, com o Nasdaq chegando a recuar mais de 1%, os índices se recuperaram, em semana importante na temporada de balanços corporativos. Além disso, indicadores e seus potenciais impactos na política monetária do Fed estiveram no radar. O índice Dow Jones fechou em alta de 1,34%, enquanto o S&P 500 avançou 1,19% e o Nasdaq subiu 0,86%.
Os rendimentos dos Treasuries subiram, impulsionados por temores renovados com a desaceleração da economia global, apesar da continuidade da perspectiva majoritária de que o Fed pode não ser tão agressivo em dezembro. Enquanto o BC americano se mantém em período de silêncio nos próximos dias, o foco da agenda econômica foi a divulgação de dados preliminares do índice de gerentes de compras (PMI) dos EUA, que vieram fracos.
Além disso, o índice DXY fechou em baixa de 0,02%, com a libra e o euro sob pressão. Ainda que o euro tenha fechado em alta, a libra caiu, com foco em indicadores e na política do Reino Unido, mantendo o sinal do índice negativo.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:
O índice de gerentes de compras (PMI) composto dos EUA caiu de 49,5 em setembro para 47,3 em outubro, atingindo o menor nível dos últimos dois meses, conforme divulgado pela S&P Global. Com exceção do início do período da pandemia de covid-19, esta foi a segunda maior queda do indicador desde 2009, de acordo com a empresa.
O PMI de serviços dos EUA recuou de 49,6 para 46,6 no mesmo período, também no menor patamar em dois meses e contrariando a expectativa de analistas consultados pelo WSJ, que previam alta a 49,7. Ao passo que o PMI industrial americano reduziu de 52,0 em setembro para 49,9 em outubro. Neste caso, o consenso do mercado era de estabilidade em 51,8. O nível abaixo de 50 pontos – que indica contração da atividade manufatureira nos EUA – é o menor dos últimos 28 meses.
POLÍTICA NO BRASIL:
Pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (24) mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança com 54% dos votos válidos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 46%, distância de 8 pontos percentuais. No levantamento da semana anterior, foram registrados os mesmos números: enquanto o petista tinha 54% dos votos válidos, o atual chefe do Executivo registrava 46%. Os percentuais em votos válidos não contabilizam brancos e nulos, da mesma forma como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgará os resultados em 30 de outubro. (Poder 360)
Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.
PAINEL DE COTAÇÕES
As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama.