Caso Roberto Jefferson mina otimismo nas estatais sobre virada de Bolsonaro na reta  final da campanha

DESTAQUES DE BRASÍLIA

• Caso Roberto Jefferson mina otimismo nas estatais sobre virada de Bolsonaro na reta final da campanha
• Campanha de Bolsonaro entra com ação no TSE alegando que emissoras de rádio veicularam menos inserções do presidente
• Pesquisa Ipec: Lula tem 54% dos votos válidos ante 46% de Bolsonaro

Caso Roberto Jefferson mina otimismo nas estatais sobre virada de Bolsonaro na reta  final da campanha

Semana passada o Ibovespa registrou alta expressiva de mais de 7%, puxada especialmente pelas estatais (PETR4 +12,87%, PETR3 +11,87%, BBSA3 +14,10%).

Essa melhora de percepção pode, em parte, ter sido influenciada pela diminuição da diferença entre Lula e Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto. Como Bolsonaro é encarado como alguém com propostas mais liberais para a economia, a perspectiva de vitória favorece o desempenho especialmente dessas estatais.

No domingo, Roberto Jefferson, que já estava em prisão domiciliar, foi alvo da ação por determinação de Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo o ministro, ele descumpriu medidas impostas pelo Supremo dentro de uma ação penal em que é réu por incitação ao crime e ataque a instituições. Jefferson resistiu ao mandado de prisão atirando com fuzil e granadas a equipe da Polícia Federal. 

Após o caso, o mercado avalia qual será o impacto para a reta final da campanha de Bolsonaro. Essa violência associada à política pode prejudicar mais a campanha do atual presidente, que vinha de um momentum muito positivo com a forte expectativa de virada no segundo turno.

Como as ações das estatais já tinham subido bastante, a queda de ontem de 10% do Banco do Brasil, 9,88% da PETR3 e 9,19% da PETR4 nos parece um sinal de cautela frente ao otimismo da semana anterior. 

Campanha de Bolsonaro entra com ação no TSE alegando que emissoras de rádio veicularam menos inserções do presidente

Em pronunciamento a jornalistas no início da noite de ontem,  o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o chefe de comunicação da campanha do presidente, disseram que 154.085 inserções de rádio de Bolsonaro deixaram de ser veiculadas no Brasil no período de 7 a 21 de outubro.

A campanha do presidente protocolou uma ação apontando suposta fraude eleitoral com possível caracterização de abuso dos meios de comunicação em rádio entre os dias 7 e 14 de outubro. Segundo os advogados, na região Nordeste do Brasil, foram veiculados 12.084 inserções de 30 segundos a mais para o ex-presidente Lula. A Audiency Brasil produziu auditoria do requerimento enviado pela campanha ao TSE. 

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, deu 24 horas para a campanha de Jair Bolsonaro apresentar provas de que rádios deixaram de veicular as inserções do presidente. Moraes diz que a acusação divulgada por Faria é grave, mas foi enviada ao TSE sem “qualquer prova e/ou documento sério”. Em resposta, Fábio Faria afirmou ao Poder360 que os documentos serão entregues na hoje (25). (Poder360)

Pesquisa Ipec: Lula tem 54% dos votos válidos ante 46% de Bolsonaro

Pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada ontem (24) mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança com 54% dos votos válidos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 46%. A distância é de 8 pontos percentuais. No levantamento da semana anterior, foram registrados os mesmos números. Em votos totais, Lula registra 50% contra 43% de Bolsonaro. Brancos e nulos somam 5%. Os eleitores que não souberam ou não quiseram responder são 2%.O Ipec entrevistou 3.008 eleitores de 22 a 24 de outubro em todas as regiões do país.  (Poder360)

Lorena Laudares |  Mestre em Ciência Política 

(21) 98115-6831 –  lorena.laudares@orama.com.br

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