Em dia de IPCA, investidores também ficam atentos às sinalizações de política monetária nos EUA
NESTA MANHÃ
- As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, à medida que um tombo de ações de tecnologia pesou nos negócios. O Nikkei e o Hang Seng recuaram 2,64% e 2,23% respectivamente. Na China continental, por outro lado, o Xangai Composto subiu 0,19%, após o retorno do feriado de uma semana.
- Na Europa, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,97%, ampliando perdas recentes, à medida que persistem temores sobre uma possível recessão. A guerra na Ucrânia continua no radar com a expectativa de que o G7 faça reunião virtual nesta terça-feira.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam em baixa em meio a temores de mais aperto monetário. Os investidores seguem atentos hoje a comentários de dirigentes do Federal Reserve, em mais um dia de agenda sem indicadores e com o início da temporada de balanços.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,9470%
- Os contratos futuros do Brent caem 2,09%, a US$ 94,18 o barril.
- O ouro recua, a US$ 1663,47 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 19 mil.
AGENDA DO DIA
- EUA: Reunião do Banco Mundial
- EUA: Discursos de membros do FOMC
- 09:00 – Brasil: IPCA (set)
- 15:35 – Reino Unido: Pronunciamento de Bailey, gov. do BoE
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
o Ibovespa iniciou a semana em queda de 0,37%, aos 115.940 pontos. Os destaques de baixa ficam por conta das ações de Vale (-2,01%) e Cosan (-7,51%), que seguiram reagindo mal à notícia de que a Cosan montará posição estratégica de até 6,5% na mineradora. Na ponta positiva do índice apareceram companhias ligadas às commodities agrícolas. SLC ON (+6,05%), São Martinho ON (+5,53%), BRF ON (+5,13%), JBS ON (+4,82%) e Minerva ON (+4,18%).
As taxas dos juros futuros fecharam o pregão em leve baixa, num dia marcado pela liquidez reduzida devido ao feriado de Columbus Day nos Estados Unidos, que manteve fechados os mercados americanos de renda fixa. Os investidores também aguardam os dados oficiais de inflação do IPCA de hoje.
O dólar encerrou o dia com recuo de 0,42%, negociado a R$ 5,1900 no mercado à vista. O movimento se deu em linha com o observado no exterior entre outras moedas emergentes, também influenciada pelo feriado lá fora
EXTERIOR:
com o feriado americano do Columbus Day, o mercado de Treasuries não abriu nesta segunda-feira e a diminuição de liquidez se refletiu no mundo todo. Além disso, temores com a demanda, diante do risco de piora na economia global, inclusive na China, estiveram em foco. O petróleo recuou mais de 1,5%, devolvendo parte dos ganhos de mais de 15% da semana anterior. O barril do WTI para novembro cedeu 1,63%, a US$ 91,13, enquanto o do Brent para dezembro recuou 1,77%, a US$ 96,19.
Nas bolsas de Nova York, o Dow Jones fechou em queda de 0,32%, o S&P 500 caiu 0,75% e o Nasdaq teve baixa de 1,04%, a 10.542,10 pontos, fechando no nível mais baixo desde 28 de julho de 2020. No ano, o Nasdaq já acumula perdas de mais de 32%.
No câmbio, o euro recuou, com o dólar ainda apoiado pelos sinais de Lael Brainard do Fed que defendeu o aperto monetário em andamento nos EUA e disse que levará algum tempo até que seus efeitos levem à queda da inflação. Ela também considerou que há “elevada incerteza econômica e financeira global”, o que reforça a necessidade de o Fed “avançar deliberadamente” na sua política, mas dependendo dos indicadores. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu 0,31%, a 113,144 pontos
Em meio à disparada nos custos de empréstimos no Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BoE) anunciou, nesta terça-feira, novas medidas para tentar conter o que considera riscos de “disfunções” nos mercados britânicos. Em comunicado, a autoridade monetária informou que incluirá Gilts indexados no escopo do programa de compras de títulos públicos, em operações que se estenderão até sexta-feira (14).
A instituição explica que o começo desta semana registrou mais “reprecificação significativa” da dívida do governo. Segundo a entidade, a volatilidade e as chances de uma onda de vendas desses papéis representam um “risco material” à estabilidade financeira do Reino Unido (Broadcast)
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:
No boletim Focus divulgado nesta segunda, as expectativas de inflação se reduziram tanto em 2022 quanto em 2024. Para o fim deste ano a mediana do mercado está em 5,71% e em 2024 recuou de 3,5% para 3,47%. Outra mudança marginal foi o PIB de 2023 que saiu de 0,53% para 0,54%
POLÍTICA NO BRASIL:
Pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (10) aponta Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 51% das intenções de voto contra 42% de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno.
No primeiro levantamento, realizado há cinco dias, o petista tinha os mesmos 51%, e o atual mandatário, 43% —a diferença entre eles, portanto, oscilou de oito para nove pontos percentuais. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. (Folha)
A Petrobras anunciou ontem (10) a redução de 5% no preço de venda do gás natural às distribuidoras a partir de 1º de novembro. (Poder360)
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