Inflação ao consumidor da zona do euro atinge mais uma máxima histórica

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NESTA MANHÃ

Inflação ao consumidor da zona do euro atinge mais uma máxima histórica.

  • As bolsas asiáticas fecharam com viés de baixa, no último dia do terceiro trimestre, após mais uma rodada de perdas em Wall Street e dados mistos da manufatura chinesa. O índice acionário japonês Nikkei caiu 1,83%, enquanto o Xangai Composto perdeu 0,55%. Contudo, o Hang Seng fechou no positivo, com alta de 0,33%. 
  • O índice de gerentes de compras (PMI) industrial da China subiu de 49,4 em agosto para 50,1 em setembro, conforme informou o Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS). O resultado superou a previsão de analistas consultados pelo WSJ, que previam alta a 49,8. A leitura acima de 50 sugere expansão da atividade.
  • No entanto, contrariando a divulgação do NBS, o PMI industrial da China recuou de 49,5 em agosto a 48,1 em setembro, de acordo com dados divulgados pelo Caixin com a S&P Global. O indicador abaixo de 50 aponta para a contração da atividade.
  • Na Europa, as bolsas operam em alta, buscando se recuperar de quedas recentes, mas reduziram ganhos após dados mostrarem que a inflação ao consumidor (CPI) na zona do euro não apenas renovou máxima histórica, como superou as expectativas. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 1,16%.
  • A taxa anual do CPI da zona do euro atingiu a máxima histórica de 10% em setembro, de acordo com dados divulgados pela Eurostat. O resultado de setembro superou a expectativa de analistas consultados pelo WSJ, que previam avanço da taxa a 9,7%. 
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no positivo.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,69%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,16%, a US$ 89,52 o barril.
  • O ouro avança 0,34%, a US$ 1.666,04 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 19,5 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Taxa de Desemprego (ago)
  • 09:30 EUA: Índice de Preços PCE (ago)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Alinhado ao mau humor externo, o Ibovespa deu prosseguimento à correção do índice. O índice fechou os 107.664,35 pontos, com desvalorização de 0,73% no dia. 

As taxas de juros futuros fecharam praticamente estáveis, com viés de baixa. Durante a manhã engataram em alta firme e no começo da tarde zeraram o sinal. A virada coincidiu com declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, que reforçaram a percepção de que o próximo movimento na Selic é para baixo. Até então, pesavam sobre a curva as incertezas do cenários externo e desconforto, ainda que tardio no quadro eleitoral. 

O dólar fechou em alta de 0,84%, cotado a R$ 5,3950. Em dia de forte aversão ao risco no exterior, combinado com reforço de posições defensivas às vésperas da eleição presidencial abalou o real. 

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York registraram queda. A situação econômica dos EUA, em dia de nova leitura do PIB, a postura do Fed contra a inflação e também notícias corporativas contribuíram para o movimento, com as ações da Meta e da Apple em queda significativa. O índice Dow Jones fechou em queda de 1,54%, enquanto o S&P 500 recuou 2,11% e o Nasdaq caiu 2,84%.

Os rendimentos dos Treasuries subiram, após arrefecerem na quarta-feira (28) com a decisão do Banco da Inglaterra (BoE) de comprar Gilts temporariamente. Os bônus foram impulsionados por comentários hawkish de dirigentes do Fed e dados preliminares do PIB dos EUA e do índice de preços de gastos com consumo (PCE). 

O índice DXY caiu 0,31%, em dia de ganhos para a libra, com o BoE sinalizando que responderá com altas de juros aos planos de cortes de impostos do governo do Reino Unido. Com isso, mesmo a postura do Fed de reforçar o aperto monetário não foi suficiente para reverter o quadro. 

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos sofreu queda anualizada de 0,6% no segundo trimestre de 2022, de acordo com a terceira e última leitura do dado, publicada pelo Departamento do Comércio. A revisão confirmou estimativa de cerca de um mês atrás e veio em linha com a expectativa de analistas consultados pelo WSJ.

Além disso, o Departamento do Comércio informou também que o índice de preços de gastos com consumo (PCE) avançou à taxa anualizada de 7,3% no segundo trimestre, ante 7,1% no cálculo anterior. Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, subiu 4,7% no mesmo intervalo, também acima da leitura anterior de 4,4%. O PCE é a medida de inflação preferida do Fed.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,95% em setembro, após queda de 0,70% em agosto, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda foi maior do que indicava a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de -0,89%, com estimativas de -1,10% a -0,20%. A inflação acumulada em 12 meses pelo IGP-M desacelerou de 8,59% para 8,25%, abaixo da estimativa intermediária do levantamento, de 8,31%. Desse modo, no ano de 2022, o indicador acumula alta de 6,61%. 

A deflação do IGP-M de setembro foi puxada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que caiu 1,27%, ante queda de 0,71% em agosto. O índice de preços no atacado acumula variação de 8,59% em 12 meses. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) teve queda de 0,08%, ante deflação de 1,18% em agosto, com inflação acumulada de 5,59% em 12 meses. Ao passo que o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) recuou de 0,33% para 0,10%, conforme já divulgado pela FGV. A alta acumulada em 12 meses é de 10,89%

POLÍTICA NO BRASIL

Líder nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tornou-se alvo central de ataques dos candidatos no debate da TV Globo, na quinta-feira (29). As críticas foram centradas na tentativa de associar Lula a casos de corrupção – foram lembrados o mensalão e a Operação Lava-Jato. A discussão entre Lula e Bolsonaro se deu em uma sucessão de “direitos de resposta” pedidos e, em parte, concedidos. Os candidatos não se confrontaram quando tiveram a chance. (Valor)

De acordo com a Pesquisa Datafolha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 50% das intenções de votos válidos no primeiro turno da eleição presidencial. Enquanto o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), tem 36%. Lula tem o mesmo percentual de votos válidos da pesquisa anterior. Bolsonaro oscilou um ponto para cima (era 35%). Em um cenário de segundo turno, Lula teria 54% dos votos – o mesmo percentual da semana passada, ao passo que Bolsonaro obteria 39% (era 38%). (Valor)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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