Em Super Quarta, Fomc sobe os juros em 75 bps e Copom mantém inalterado
NESTA MANHÃ
Em Super Quarta, Fomc sobe os juros em 75 bps e Copom mantém inalterado.
- As bolsas asiáticas fecharam em baixa, após o Fed elevar juros ontem e sugerir mais aumentos para combater a inflação em alta. O Banco do Japão (BoJ), por sua vez, reiterou hoje sua tradicional postura acomodatícia. O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,58% , enquanto o Hang Seng recuou 1,61% – atingindo o menor nível desde o fim de 2011 – e o Xangai Composto teve baixa de 0,27%.
- Na Europa, as bolsas reduziram perdas desde a abertura dos negócios, em meio a uma tentativa de recuperação dos futuros de Wall Street, mas mantêm a fraqueza, após o Fed elevar juros mais uma vez ontem (21) e à espera de que o Banco da Inglaterra (BoE) também aumente seus juros nas próximas horas. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,75%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,53%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,55%, a US$ 90,32 o barril.
- O ouro recua 0,34%, a US$ 1.668,55 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 19,1 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Reino Unido: Decisão Monetária do BoE
- 11:00 Zona do Euro: Confiança do Consumidor
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
A volatilidade se impôs ao Ibovespa desde o comunicado sobre a decisão de política monetária do Fed, às 15h, mas especialmente durante a entrevista do presidente do BC americano, Jerome Powell, a partir das 15h30, que contribuiu para recuperação de ânimo, ainda que transitória, em Nova York e por extensão na B3. Ao fim, a referência da B3 mostrou ajuste menos amplo do que os de Nova York, mas também em terreno negativo, com perda de 0,52%, a 111.935,86 pontos na sessão, vindo de duas altas.
A sinalização do Fed para a política monetária nos próximos meses colocou os juros futuros em forte queda, acompanhando a virada para baixo da curva dos Treasuries longos no meio da tarde, com o mercado computando os riscos de recessão da economia americana vindos de uma postura agressiva do banco central americano.
A volatilidade tomou conta do mercado doméstico de câmbio ao longo da tarde, com o dólar apresentando trocas constantes de sinal à medida que investidores assimilavam as novas projeções econômicas de integrantes do Fed e declarações do chairman Jerome Powell em entrevista coletiva. No fechamento, o câmbio avançava 0,41%, cotado a R$ 5,1740.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em território negativo. Investidores monitoraram a decisão de política monetária do Fed, que veio acompanhada de projeções atualizadas, e também a entrevista coletiva do presidente da instituição, Jerome Powell. O índice Dow Jones fechou em baixa de 1,70%, enquanto o S&P 500 caiu 1,71% e o Nasdaq recuou 1,79%.
Os retornos dos Treasuries ficaram mistos, com a ponta curta em alta, após uma sessão volátil, no dia de decisão do Fed. O índice DXY avançou 0,39%. A divisa americana avançava nas primeiras horas do dia, com investidores se posicionando para a decisão do Fed, e ganhou fôlego após a elevação dos juros, com investidores analisando também as projeções atualizadas e a entrevista coletiva de Powell.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed decidiu elevar a taxa dos Fed Funds em 75 pontos-base, para a faixa entre 3,00% e 3,25% ao ano, em comunicado. A decisão foi unânime. É o terceiro aumento consecutivo de tal amplitude pela instituição. Em coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, reafirmou que a instituição vai mover juros para o nível “suficientemente restritivo” para conter a inflação. Powell destacou que seu discurso não mudou desde Jackson Hole e que a mensagem principal continua, que é necessário ver evidência clara de que a inflação está retornando à meta de 2%.
Além disso, diminuiu as projeções para o crescimento dos EUA neste e nos próximos anos, na comparação com as estimativas divulgadas após a última reunião. Para 2022, a mediana das estimativas de crescimento da economia americana caíram de 1,7% em junho para 0,2% agora. Ao passo que para 2023, a projeção foi de 1,7% para 1,2%. Em 2024, foi de 1,9% a 1,7%. Já para 2025, ano que passou a constar das projeções nesta reunião, está em 1,8%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
Em sua 249ª reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 13,75% a.a., de acordo com nota. No comunicado, o Comitê enfatiza que irá perseverar, até que os resultados convirjam para as metas e que não hesitará em retomar o processo de alta, caso entenda necessário. Além disso, salientou os fatores de risco em ambas as direções, e permaneceu dando ênfase às incertezas em relação ao lado fiscal, que comprometem as expectativas inflacionárias.
Para ler mais sobre a decisão, leia nosso Relatório de Comunicado do Copom.
POLÍTICA NO BRASIL
A taxa de eleitores que se recusam a votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 1º turno das eleições variou 3 pontos percentuais para baixo em uma semana, conforme pesquisa PoderData realizada de 18 a 20 de setembro de 2022. Agora, 38% dos eleitores não votariam no petista “de jeito nenhum” de acordo com o levantamento. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) é mais rejeitado. No caso dele, a rejeição está em 51%. Permanece estável desde a rodada de 13 a 15 de março, registrando sempre variações na margem de erro da pesquisa, de 2 pontos percentuais. (Poder 360)
Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.
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