Mercados fecham em baixa na expectativa da reunião do Fed na próxima semana
NESTA MANHÃ
Mercados fecham em baixa na expectativa para a próxima reunião do Fed na próxima semana.
- As bolsas asiáticas fecharam em baixa, à medida que investidores se preparam para mais um agressivo aumento de juros do Fed em meio a crescentes preocupações sobre uma recessão global, e apesar de dados chineses terem sinalizado recuperação da economia em agosto. O índice acionário Nikkei caiu 1,11%, enquanto o Hang Seng recuou 0,89% e o Xangai Composto sofreu queda de 2,30%.
- A atividade econômica da China mostrou sinais de melhora em agosto, superando as expectativas do mercado, à medida que as medidas do governo para apoiar o crescimento começaram a entrar em vigor, conforme informou o Departamento Nacional de Estatísticas (NBS). A produção industrial da China em agosto subiu 4,2% em relação ao ano anterior, ao passo que os economistas consultados pelo WSJ alta de 4%. Enquanto as vendas no varejo cresceram 5,4% em relação ao ano anterior em agosto, também superior ao crescimento de 4% esperado pelos economistas pesquisados.
- Na Europa, os mercados operam em baixa, ampliando as perdas acumuladas durante a semana, em meio a persistentes temores sobre a inflação alta e a perspectiva de mais elevações de juros. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,53%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em baixa.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,47%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,88%, a US$ 97,64 o barril.
- O ouro está de lado, a US$ 1.664,40 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 19,7 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: IGP-10 – Índice de Inflação (Set)
- 09:00 Brasil: IBC-Br (Jul)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Ainda refletindo a cautela que se impôs ao apetite por risco desde a última terça-feira, quando foi divulgada a inflação ao consumidor nos Estados Unidos de agosto, o Ibovespa estendeu a série negativa pelo terceiro dia ao fechar em baixa de 0,54%, aos 109.953,65 pontos.
Os juros futuros sustentaram a trajetória de alta, espelhando o movimento das curvas no exterior, sobretudo a dos títulos do Tesouro norte-americano. Internamente, ajudaram a pressionar as taxas o IBC-Br acima do esperado e o leilão do Tesouro com risco (DV01) maior para o mercado. Com isso, terminaram a sessão regular renovando os picos do mês e nas máximas do dia a partir dos trechos intermediário e longo, que completaram sequência de quatro altas consecutivas.
Alinhado ao movimento externo de fortalecimento da moeda americana, em especial na comparação com divisas emergentes, o dólar fechou em alta de 1,20%, cotado a R$ 5,2400. Dados positivos de vendas no varejo e de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA divulgados reforçaram a aposta em um ajuste mais intenso e amplo da política monetária americana.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York encerraram o pregão em queda, devolvendo a fraca recuperação da sessão anterior. O mercado americano segue preocupado com o ritmo de aperto monetário nos EUA, a menos de uma semana da próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que deve elevar os juros em 75 pontos-base pela terceira reunião consecutiva, de acordo com as expectativas do mercado. O índice Dow Jones recuou 0,56%, enquanto o S&P 500 fechou em queda de 1,13% e o Nasdaq cedeu 1,43%.
Os juros dos Treasuries avançaram e o rendimento da T-note de 10 anos chegou perto de seu maior nível em mais de uma década, ao operar em 3,468% na máxima intraday. O foco do mercado segue na decisão da próxima semana do Fed. O índice DXY subiu 0,07%, em uma sessão marcada pela volatilidade. A divisa americana chegou a perder força ante rivais, após a divulgação de indicadores econômicos nos EUA, mas retomou o fôlego depois, enquanto o mercado segue ajustando posições em meio à expectativa pela decisão do Fed.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
As vendas no varejo dos Estados Unidos subiram 0,3% em agosto ante julho, a US$ 683,3 bilhões, conforme dados divulgados pelo Departamento do Comércio. O resultado superou a expectativa de analistas consultados pelo WSJ, que previam estabilidade no período. Excluindo-se automóveis, porém, as vendas no setor varejista americano tiveram queda de 0,3% no confronto mensal de agosto. Enquanto, neste caso, a projeção era de alta de 0,1%.
A produção industrial dos Estados Unidos teve queda de 0,2% em agosto, na comparação com o mês anterior, conforme informou o Fed. Analistas ouvidos pelo WSJ previam estabilidade no período. Além disso, o dado de julho foi revisado, de uma alta de 0,6% frente ao mês de junho para avanço de 0,5%. O Fed ainda informou que a taxa de utilização da capacidade instalada caiu de 80,2% em julho (dado revisado) a 80,0% em agosto. Ao passo que a previsão, neste caso, era de 80,3%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 1,17%, marcando o segundo avanço consecutivo. Em junho, a alta havia sido de 0,93% (dado revisado). Desse modo, o resultado superou o intervalo das estimativas do mercado financeiro coletadas pelo Projeções Broadcast, que iam de alta de 0,10% a avanço de 1,00%, com mediana de 0,50%. Enquanto, na comparação entre os meses de julho de 2022 e de 2021, houve crescimento de 3,87%. O indicador de julho ante o mesmo mês de 2021 ficou fora do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam de avanço de 2,00% a crescimento de 3,70%, com mediana positiva de 2,75%.
POLÍTICA NO BRASIL
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança na disputa pela Presidência da República com 45% das intenções de voto, seguido pelo presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), com 33%, de acordo com a pesquisa Datafolha. O ex-governador Ciro Gomes (PDT) tem 8% e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), 5%. Além disso, o cenário manteve-se estável em relação à pesquisa da semana passada, divulgada em 9 de setembro. A diferença entre Lula e Bolsonaro passou de 11 pontos para 12 pontos, enquanto Lula manteve os 45%, Bolsonaro oscilou um ponto para baixo, de 34% para 33%. Ao passo que Ciro oscilou um ponto para cima, de 7% para 8% e Simone Tebet manteve 5%. (Valor)
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