BCE eleva os juros em 75 bps
NESTA MANHÃ
Nesta Manhã: BCE eleva os juros em 75 bps.
- As bolsas da Ásia fecharam em alta, após dados indicarem desaceleração da inflação chinesa e fornecerem sinal verde para que as autoridades do país sigam com os planos de concessão de estímulos econômicos. O Xangai Composto fechou com alta de 0,82%, enquanto o Hang Seng subiu 2,69% e o Nikkei avançou 0,53%.
- O índice de preços ao consumidor (CPI) da China subiu 2,5% em relação ao ano anterior em agosto, em comparação com um aumento de 2,7% em julho, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas (NBS). O CPI desacelerou inesperadamente, apontando para um abrandamento da demanda doméstica em meio ao aumento das medidas de controle por conta da covid-19. Analistas ouvidos pelo WSJ esperavam um aumento de 2,8%.
- Na Europa, as bolsas operam em firme alta nas horas iniciais do pregão, apoiadas sobretudo por ações do setor financeiro, um dia após o Banco Central Europeu (BCE) subir juros em 75 pontos-base e sinalizar novos aumentos nas próximas reuniões. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 1,53%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,25%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 1,92%, a US$ 90,86 o barril.
- O ouro avança 1,23%, a US$ 1.728,50 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 21 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: IPCA (Ago)
- 09:00 Brasil: Produção de Veículos Anfavea (Ago)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Seguindo o sinal do exterior, o Ibovespa fechou em alta de 0,14%, a 109.915,64. O 7 de setembro sem maiores atribulações foi um dado positivo para a retomada dos negócios, mas, acima da disputa eleitoral, o cenário externo, de elevação de juros e enfraquecimento da atividade econômica, mantém-se como principal ‘driver’ também na B3.
Os juros futuros fecham em baixa. O principal vetor foi a percepção de desaceleração da inflação global ante a postura firme dos bancos centrais na política monetária e o comportamento das commodities.
De acordo com operadores, fluxo positivo, correção de postura excessivamente cautelosa no pré-feriado e ajuste à valorização das divisas emergentes na sessão anterior, quando o mercado local estava fechado, deram fôlego à moeda brasileira. Assim, o dólar fechou em queda de 0,59% frente ao real, cotado a R$ 5,2070.
EXTERIOR
Os mercados acionários de Nova York registraram ganhos. Após abertura negativa, com a política monetária do Fed no radar, os índices passaram ao território positivo, embora com impulso contido, com o setor financeiro como destaque, ao lado do de saúde. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,61%, enquanto o S&P 500 subiu 0,66% e o Nasdaq avançou 0,60%.
Os rendimentos dos Treasuries avançaram, após os recuos da sessão anterior. O movimento se deu na esteira de um número menor que o previsto nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA e de falas de dirigentes do Fed, incluindo o presidente Jerome Powell, que reforçaram as apostas por uma alta de 75 pontos-base nos juros na próxima reunião.
O dólar não marcou direção única ante rivais, mas avançava ante o euro no fim da tarde, após operadores digerirem a decisão do BCE de subir os juros em 75 bps, além de comentários de tom hawkish de Powell. No fim do dia, o índice DXY fechou em baixa de 0,12%.
Jerome Powell reafirmou em declarações o compromisso para conter a inflação nos EUA. Além disso, Powell também comentou que, ao final do ciclo de aperto, a história sugere que é melhor ser prudente, sem um relaxamento prematuro da política.
Em meio à persistente escalada da inflação na zona do euro, o BCE aumentou as taxas básicas de juros em 75 pontos-base. De acordo com comunicado, a taxa de refinanciamento foi de 0,50% para 1,25%, a de depósitos de 0% para 0,75% e a de empréstimos de 0,75% a 1,50%. A decisão veio em linha com as expectativas do mercado e segue aumento de 50 bps em julho. Além disso, a instituição avisou que novas elevações devem ser realizadas nas próximas reuniões.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,55% em agosto, após uma redução de 0,38% em julho, conforme divulgou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A queda foi um pouco maior que a mediana das estimativas do mercado financeiro, negativa em 0,53%, mas ficou dentro do intervalo das previsões, de -0,81% a -0,35%, em pesquisa do Projeções Broadcast. Desse modo, o IGP-DI acumulou uma elevação de 6,84% no ano. Enquanto em 12 meses, houve aumento de 8,67%.
POLÍTICA NO BRASIL
De acordo com a pesquisa PoderData realizada de 4 a 6 de setembro de 2022, 53% dos eleitores afirmam não votar “de jeito nenhum” em Jair Bolsonaro (PL), ante 40% em Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em uma semana, a taxa dos que rejeitam voto no atual chefe do Executivo teve oscilação de 2 pontos percentuais para cima, dentro da margem de erro, enquanto a taxa do candidato petista variou 4 pontos percentuais para cima. De maio para cá, os percentuais de rejeição aos 2 candidatos indicam estabilidade. A rejeição a Lula oscilou de 36% a 40% nesse período, ao passo que a de Bolsonaro, de 49% a 53%. (Poder 360)
Apesar de prever R$ 400 como piso do Auxílio Brasil no Orçamento de 2023, o presidente Jair Bolsonaro foi além da promessa de manter o patamar de R$ 600. Em peça de sua campanha à reeleição, disse que o valor chegará a R$ 800 para beneficiários que conseguirem um emprego. Neste caso, os contemplados passariam a receber o salário do trabalho. Este pagamento extra já existia, mas foi revogado em março deste ano. O programa do presidente também criticou o Bolsa Família. (Valor)
Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.
PAINEL DE COTAÇÕES
As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama.