Mercados operam na expectativa da decisão do novo aumento de juros pelo BCE
NESTA MANHÃ
Nesta Manhã: Mercados operam na expectativa da decisão do novo aumento de juros pelo BCE.
- As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, após um rali em Wall Street e dados mostrarem que o Japão cresceu mais do que o esperado. O índice acionário Nikkei saltou 2,31%, após a revisão do PIB do país de 2,2% para 3,5%. Enquanto na China, o Xangai Composto recuou 0,33%, um dia após dados de exportação evidenciarem a desaceleração em meio a surtos de covid-19 e a mais grave onda de calor em décadas. Já em Hong Kong, o Hang Seng teve queda de 1%, pressionado por ações de tecnologia.
- As bolsas europeias operam sem direção única, sustentadas até certo ponto por um rali em Wall Street mas também em clima de apreensão antes de um esperado novo aumento de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). Assim, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,08%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,25%.
- Os contratos futuros do Brent recuam 0,05%, a US$ 87,96 o barril.
- O ouro avança 0,36%, a US$ 1.724,55 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 19,1 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: IGP-DI (Ago)
- 09:15 União Europeia: Declaração de Política Monetária do BCE
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Na quarta-feira (07), feriado de Independência do Brasil, não houve negociação na bolsa brasileira. Na terça-feira (06), o mercado fechou na maior queda desde junho, recuando 2,17%, aos 109,763 pontos, em meio ao discurso do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em sinal reiterado pelo diretor de Política Monetária, Bruno Serra, lançou os ativos brasileiros a uma forte correção, com pressão sobre a curva de juros, o câmbio e as ações listadas na B3.
Os juros sustentaram o ajuste de alta até o fechamento dos negócios, ainda apoiados em declarações “hawkish” dos dirigentes do Banco Central (BC) e na influência negativa do ambiente externo na volta de Wall Street do feriado. O dólar subiu 1,63%, cotado a R$ 5,2380.
Campos Neto, sinalizou na noite de segunda-feira (05) que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês está em aberto e que o colegiado vai avaliar “um possível ajuste final” da taxa Selic, atualmente em 13,75%.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York encerraram uma sequência de perdas e fecharam com sólidos ganhos, à medida que o tombo do petróleo e avaliações do Livro Bege do Fed amenizaram preocupações sobre inflação. No fechamento, o índice Dow Jones subiu 1,40%, enquanto o S&P 500 avançou 1,83%, e o Nasdaq ganhou 2,14%.
Os juros dos Treasuries caíram, após investidores digerirem indicadores da economia americana, a divulgação do Livro Bege e comentários de dirigentes do Fed. O índice DXY recuou 0,34%, em meio à melhora do sentimento de risco nos mercados.
Embora a inflação nos Estados Unidos permaneça em níveis “altamente elevados”, nove entre 12 distritos do Fed relataram algum nível de moderação no ritmo de aumento dos preços. O diagnóstico consta no Livro Bege, uma espécie de sumário das condições econômicas do país. De acordo o documento, todos os distritos tiveram avanços “substanciais” nos preços, particularmente de alimentos, aluguéis, utilidades e serviços de hospitalidade. “A maioria dos contatos espera que as pressões sobre os preços persistam pelo menos até o final do ano”, destaca. O relatório indica que os custos de produção nos setores de construção e manufatura seguem altos, mas a queda dos combustíveis e o enfraquecimento da demanda geral aliviaram os preços, sobretudo nas taxas de fretes
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
A balança comercial dos Estados Unidos exibiu déficit de US$ 70,65 bilhões em julho, menor que o déficit de US$ 80,88 bilhões de junho (dado revisado), de acordo com o Departamento de Comércio. Analistas ouvidos pelo WSJ previam US$ 70,2 bilhões na leitura mais recente. As exportações tiveram crescimento mensal de 0,2%, a US$ 259,3 bilhões em julho, ao passo que as importações recuaram 2,9%, a US$ 329,9 bilhões.
POLÍTICA NO BRASIL
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), transformou nesta quarta-feira os atos de 7 de setembro pelo país em eventos da campanha dele à reeleição. O político esteve presente em Brasília, pela manhã, e do Rio, à tarde. O discurso do presidente diferiu do tom do Feriado da Independência do ano passado. Neste 7 de setembro, Bolsonaro ignorou o Bicentenário da Independência e centrou fogo no STF, no PT e em Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente pediu, explicitamente, votos e conclamou ainda os apoiadores a trabalharem para virar votos de eleitores de candidatos adversários. (Valor)
Pesquisa PoderData realizada de 4 a 6 de setembro de 2022 mostra que o governo de Jair Bolsonaro (PL) é aprovado por 39% dos eleitores e reprovado por 54%. As taxas mantiveram-se estáveis em relação ao levantamento de 7 dias antes, com variações dentro da margem de erro da pesquisa, de 2 pontos percentuais. A diferença entre aprovação e desaprovação está em 15 p.p.. Há uma semana, era de 18 pontos. As entrevistas foram realizadas pelo PoderData até 6 de setembro. Portanto, os números captam o cenário anterior aos atos em favor do presidente registrados no feriado de 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil. (Poder 360)
Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.
PAINEL DE COTAÇÕES
As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama.