Wall Street fecha agosto com queda de cerca de 4%, enquanto Ibovespa tem alta de 6,16%

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NESTA MANHÃ

Nesta manhã: Wall Street fecha agosto com queda de cerca de 4%, enquanto Ibovespa tem alta de 6,16%

  • As bolsas asiáticas fecharam em baixa, após Wall Street acumular perdas pelo quarto pregão consecutivo, em meio a preocupações sobre novos aumentos de juros nos EUA, e também na esteira de dados fracos de atividade manufatureira da China. O Nikkei recuou 1,53%, enquanto o Hang Seng cedeu 1,79% e o Xangai composto caiu 0,54%. 
  • O índice de gerentes de compras (PMI) privado da China caiu de 50,4 em julho para 49,5 em agosto, abaixo da marca de 50 pontos que separa contração da expansão, de acordo com dados divulgados pela Caixin e S&P Global
  • As principais bolsas europeias operam em baixa, mantendo a fraqueza vista ao longo da semana, ainda em meio a preocupações sobre o impacto econômico de juros altos e na esteira de dados fracos de manufatura da região. Assim, o índice Stoxx Europe 600 recua 1,50%.
  • A taxa de desemprego da zona do euro caiu de 6,7% em junho para 6,6% em julho, de acordo com dados divulgados pela Eurostat. O resultado de julho veio em linha com a expectativa de analistas consultados pelo WSJ. O resultado de junho, porém, foi revisado para cima, de 6,6% originalmente.
  • O PMI industrial da zona do euro caiu de 49,8 em julho para 49,6 em agosto, atingindo o menor patamar em 26 meses, de acordo com a S&P Global. O resultado abaixo da barreira de 50 mostra que a atividade manufatureira do bloco se contraiu pelo segundo mês consecutivo. A leitura definitiva ficou ligeiramente abaixo da estimativa preliminar de agosto e também da previsão de analistas consultados pelo WSJ, de 49,7 em ambos os casos. 
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em queda.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,20%.
  • Os contratos futuros do Brent recuam 2,36%, a US$ 93,38 o barril.
  • O ouro recua 0,58%, a US$ 1.701,05 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 19,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: PIB (2° Trim)
  • 10:00 Brasil: PMI Industrial S&P Global (Ago)
  • 10:45 EUA: PMI Industrial S&P Global (Ago)
  • 11:00 EUA: PMI Industrial ISM (Ago)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa seguiu o humor do exterior e fechou em baixa de 0,82%, a 109.522,47 pontos. Apesar de perder o fôlego nas últimas sessões, o Ibovespa teve um mês de alta firme, de 6,16%. 

Após hesitarem pela manhã, os juros futuros se firmaram em baixa à tarde, ajustando-se à continuidade das perdas do petróleo, de mais de 2%, após já terem ontem tombado 5%. A trajetória de queda das taxas se deu a despeito do avanço do dólar e da alta no rendimento dos Treasuries.

O dólar emendou o segundo pregão de alta firme e avançou 1,70%, cotado a R$ 5,2010, em sessão marcada pela disputa em torno da formação da última taxa Ptax de agosto, que vai servir para liquidação de contratos derivativos, e pela rolagem de posições no mercado futuro.

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York terminaram o dia com sinal negativo. O pregão foi de bastante volatilidade, com indicadores econômicos, os sinais do Fed e notícias corporativas em foco. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,88%, enquanto o S&P 500 caiu 0,78% e o Nasdaq avançou 0,56%. No mês acumulam perdas de 3,93%, 3,97% e 4,64%, respectivamente.

Os juros dos Treasuries subiram, ainda apoiados em expectativas por um Fed agressivo contra a inflação na reunião monetária do mês que vem. Um aumento de 75 pontos-base segue como principal aposta nos mercados, ainda que tenha sofrido uma redução após o relatório ADP vir aquém do esperado.

O índice DXY recuou 0,07%, com o euro em alta após a inflação recorde na zona do euro reforçar a expectativa de mais altas de juros pelo BCE, que se reúne na próxima semana. 

A presidente da distrital do Fed em Cleveland, Loretta Mester, disse que é muito cedo para concluir que a inflação nos EUA já atingiu o pico, ressaltando que o Fed tem mais trabalho pela frente para controlar os preços. Mester prevê que o BC dos EUA precisará continuar elevando os juros básicos para até “um pouco mais” de 4% até o começo de 2023 e, posteriormente, mantê-los nesse nível. Sobre a economia, Mester disse não acreditar que os EUA estejam atualmente em recessão, uma vez que seu mercado de trabalho continua muito forte, mas admitiu que os riscos de uma contração do PIB americano nos próximos dois anos aumentaram.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O setor privado dos Estados Unidos criou 132 mil empregos em agosto, de acordo com pesquisa divulgada pela ADP. O resultado veio bem abaixo do esperado por analistas consultados pelo WSJ, que previam geração de 300 mil postos de trabalho neste mês. Além disso, a pesquisa ainda relatou alta de 7,6% do salário médio anual, em relação ao mesmo período do ano passado.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 9,1% no trimestre encerrado em julho deste ano, informou o IBGE. É o menor patamar na série histórica comparável desde o trimestre até outubro de 2015. À época, a taxa também estava em 9,1%, e a economia nacional amargava recessão. O novo resultado veio em linha com as estimativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam 9% na mediana. Depois de dois anos, o rendimento habitual da população ocupada com trabalho voltou a registrar crescimento significativo em termos estatísticos, chegando a R$ 2.693 no trimestre até julho, apontou o IBGE. A renda vinha em uma trajetória de queda em meio ao aperto da inflação. (Folha)

POLÍTICA NO BRASIL

O governo Bolsonaro é desaprovado por 56% dos eleitores, conforme mostra pesquisa PoderData. O número é o mesmo de duas semanas atrás. A taxa de aprovação também mostrou estabilidade, variando dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais, agora está em 38%. As taxas vêm registrando estabilidade nos últimos levantamentos. A desaprovação tem oscilado entre 52% a 57% desde meados de fevereiro, ao passo que a aprovação variou de 35% a 41%. (Poder 360)

O governo Jair Bolsonaro apresentou ontem (31) a proposta para o Orçamento de 2023 com o Auxílio Brasil de R$ 400, diferentemente da promessa de manter o valor de R$ 600 a partir de janeiro de 2023. Na tentativa de diminuir o desgaste eleitoral, o governo sinalizou a continuidade dos R$ 600 na mensagem presidencial que acompanha a proposta. O objetivo é usar a mensagem presidencial como um compromisso político. O Orçamento ainda será alterado e deve ser aprovado pelo Congresso até o final do ano. (Poder 360)

O Senado aprovou ontem (31) as Medidas Provisórias (MP) 1116 e 1117. A primeira cria o Programa Emprega + Mulher, que estabelece uma série de normas para incentivar a empregabilidade das mulheres. Enquanto a segunda MP torna obrigatória a atualização da tabela do frete rodoviário a cada mudança de 5% no preço do diesel. As votações fazem parte do esforço do Congresso Nacional para aprovar MPs que poderiam perder a validade nas próximas semanas, quando os parlamentares não devem comparecer às sessões por conta do calendário eleitoral. (Valor)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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