Inflação na Europa atinge mais uma máxima histórica, de 9,1%
NESTA MANHÃ
Nesta manhã: Inflação na Europa atinge mais uma máxima histórica, de 9,1%
- As bolsas asiáticas fecharam sem direção definida, após Wall Street acumular perdas pelo terceiro pregão seguido e enquanto investidores digeriram os últimos dados de atividade econômica (PMIs) da China. Além disso, várias cidades chinesas, como Shenzhen, Chengdu e Dalian, voltaram a endurecer restrições de combate à covid-19. O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,37%, ao passo que o Hang Seng teve alta marginal de 0,03% e o Xangai Composto recuou 0,78%.
- O índice de gerentes de compras (PMI) industrial subiu para 49,4 em agosto, ante 49,0 em julho, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS). O resultado foi superior à previsão mediana de 49,2 entre os economistas consultados pelo WSJ. Contudo, uma leitura abaixo de 50 sugere uma contração na atividade. Enquanto o PMI de serviços recuou de 53,8 em julho para 52,6 em agosto, ainda no território de expansão.
- Na Europa, as bolsas operam em baixa, após novos dados de inflação recorde da zona do euro reforçaram expectativas de que o BCE terá de continuar elevando juros de forma agressiva. Além disso, o aperto da política monetária dos EUA também segue no radar. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,61%.
- A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro atingiu a máxima histórica de 9,1% em agosto, de acordo com dados preliminares divulgados pela Eurostat. O resultado de agosto superou a expectativa de analistas consultados pelo WSJ, que previam estabilidade da taxa em 8,9%. O núcleo do CPI, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, teve acréscimo anual de 4,3% em agosto. Ao passo que a projeção do mercado era de alta de 4,1%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam sem direção definida.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,14%.
- Os contratos futuros do Brent recuam 3,57%, a US$ 95,76 o barril.
- O ouro cai 0,72%, a US$ 1.711,42 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 20,2 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:15 EUA: Variação de Empregos Privados ADP (Jun)
- 10:45 EUA: PMI de Chicago (Ago)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa fechou em baixa de 1,68%, aos 110.430,64 pontos, puxado principalmente pelo desempenho negativo das commodities – a queda do petróleo chegou a superar 6% – e pelo mau humor do exterior.
A volatilidade deu o tom aos negócios no mercado de juro, sem que as taxas conseguissem firmar uma direção. No fechamento, estavam perto da estabilidade, com viés de baixa. O ambiente internacional ditou a dinâmica da curva, com os agentes ponderando, de um lado, a aversão ao risco que penalizou moedas emergentes como o real e de outro o tombo dos preços do petróleo.
Após dois pregões seguidos de queda, o dólar encerrou a sessão em alta firme de 1,61%, cotado a R$ 5,1140. O enfraquecimento do real se deu em meio a um tombo das divisas emergentes frente à moeda americana, em dia marcado por baixa dos preços das commodities.
EXTERIOR
Os mercados acionários de Nova York fecharam em baixa. A abertura positiva logo deu lugar a quadro negativo, impulsionado por alguns indicadores que reforçam apostas de aperto na política monetária. Entre os setores, o de energia foi o que mais caiu, em dia de queda forte do petróleo. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,96%, enquanto o S&P 500 caiu 1,10% e o Nasdaq recuou 1,12%.
Os rendimentos dos Treasuries subiram na ponta curta da curva, enquanto ainda persiste a perspectiva da continuidade de uma postura hawkish do Fed. Na sessão, o mercado digeriu mais uma rodada de comentários agressivos de dirigentes da instituição e dados da economia americana.
O índice DXY chegou a ter algum apoio logo após indicadores dos Estados Unidos, mas fechou o dia em queda de 0,06%. O euro se fortaleceu, retomando a paridade frente à divisa americana, em meio a declarações de alguns dirigentes de que o BCE pode ser mais agressivo na decisão de política monetária da próxima semana.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
A abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos subiu a 11,239 milhões em julho, de acordo com o relatório Jolts, publicado pelo Departamento do Trabalho do país. O número de junho foi ligeiramente revisado para cima, de 10,698 milhões a 11,040 milhões.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,70% em agosto, após alta de 0,21% no mês anterior e acumulando alta de 7,63% no ano e de 8,59% em 12 meses, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Em agosto de 2021, o índice havia subido 0,66% e acumulava alta de 31,12% em 12 meses. A queda de preços foi maior do que a prevista pela mediana das estimativas de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de -0,54%, com intervalo das projeções indo de -0,40% a -0,81%. A principal contribuição para esse resultado foi do grupo Transportes (-2,42% para -4,84%), com desaque para o item gasolina, cuja taxa passou de -7,26% em julho para -15,14% em agosto. (Valor)
POLÍTICA NO BRASIL
Uma nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada hoje (31), mostra estabilidade entre os candidatos da ponta na disputa para a Presidência da República. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 44% das intenções de voto no 1º turno, contra 32% do presidente Jair Bolsonaro (PL). A diferença entre ambos é a mesma registrada no último levantamento feito pela Quaest, de 12 pontos percentuais. Tanto o petista quanto o chefe do Executivo variaram 1 ponto percentual para menos – dentro da margem de erro – em relação à última pesquisa, divulgada em 17 de agosto. Ao contrário dos líderes na corrida, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) avançaram. O pedetista subiu 2 pontos e agora tem 8% das intenções de voto. Já a emedebista subiu 1 ponto e está com 3%. (Poder 360)
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (30) medida provisória (MP) que torna obrigatória a atualização da tabela do frete rodoviário a cada mudança de 5% no preço do diesel. Até então, a correção da tabela era exigida a cada variação de 10%, mas o governo propôs a mudança por pressão dos caminhoneiros. O texto segue para o Senado. A tabela do frete foi criada no governo Michel Temer (MDB) após a greve nacional dos caminhoneiros de 2018, por melhores condições de trabalho e por causa da alta do diesel. Os contratantes são obrigados a pagar um valor mínimo por quilômetro pelo frete, de acordo com a tabela da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). (Valor)
Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.
PAINEL DE COTAÇÕES
As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama.