Projeção macroeconômica- Painel 15 – 22/08/2022
Projeção macroeconômica para 2022
Indicador | Último 05.08.2022 | Atual 22.08.2022 | COMENTÁRIOS |
PIB | 1,8% | 2,2% | Os resultados positivos do IBC-Br e do Monitor do PIB da FGV nos levaram, dessa forma, a considerar uma melhora em nossa projeção do PIB, para 2,2%. Ademais, nossa percepção é que algumas variáveis estão bastante fortes, como o mercado de trabalho e o setor de serviços. Assim, deve trazer um viés altista para o PIB desse ano, especialmente um número melhor no 3º trimestre, levemente positivo. Permanecemos, contudo, acreditando que o 4º trimestre sofrerá o impacto da taxa de juro elevada e a possibilidade de um PIB negativo não pode ser descartada, deixando eventual herança recessiva para 2023. Especulamos, no entanto, que se o mercado de trabalho não for fortemente afetado pela política monetária, o PIB fechado de 2023 possa oscilar em torno da estabilidade. |
Resultado Primário | 0% a -0,3% | inalterado | Deixamos inalterado, em resumo, o intervalo entre 0% e -0,3% como o mais provável para o resultado primário. Apesar de que, no Focus, haja sinalização de um pequeno superávit. Para 2023 é provável que algumas pressões para manutenção de auxílios sociais possam piorar o resultado fiscal e, assim, um déficit em torno de 0,5% deve ser observado. |
SELIC | 13,75% | inalterado | A ata do Copom deixou a porta entreaberta para nova elevação de 25 pontos. Nossa percepção, contudo, é de que a tarefa hercúlea de trazer o IPCA para a meta vem logrando algum êxito. No recente boletim Focus a projeção para 2023 recuou pela primeira vez em muito tempo, de 5,38% para 5,33%, apesar de ainda acima do teto da meta. Continuamos, dessa forma, acreditando que o mais provável é que o BC tenha encerrado o atual ciclo de alta da Selic nos 13,75%a.a. e a taxa fique nesses patamares até o início do segundo semestre de 2023. Assim, a partir daí se iniciaria um novo ciclo, de queda, levando a taxa para em torno de 11% a.a. ao final daquele ano. |
IPCA | 7,1% | 6,8% | Em resumo, alteramos nossa projeção de IPCA para 6,8% em 2022. O IPCA de julho variou -0,68%, nos surpreendendo em queda, além de que a perspectiva é que agosto também seja um mês de importante deflação mensal. A perspectiva da inflação para o ano é mais benigna, impulsionada pelas medidas fiscais do governo e pela trajetória mais bem comportada de alimentos, apesar de a inércia inflacionária de serviços, Dessa forma, conjuntamente com as reduções do preço dos combustíveis pela Petrobras, ajustamos nossa projeção para o ano. Para 2023 seguimos com a projeção de 5,4%, apesar de o viés baixista dado possível prolongamento dos subsídios fiscais durante o ano. |
Dólar | R$ 5,15 a R$ 5,25 | inalterado | Depois da forte queda da moeda americana, de R$ 5,50 para R$ 5,20, enfim, parece que o mercado encontrou equilíbrio ao redor dessa cotação. Permanecemos, portanto, com o valor médio da moeda para 2022 entre R$ 5,15 e R$ 5,25 Em dezembro, contudo, provavelmente estaremos com o dólar abaixo de R$ 5,0, entre R$ 4,75 e 4,95. Sendo assim, nossa cotação mais justa, a médio prazo, é em torno de R$ 4,40. Os riscos altistas, por outro lado, estão relacionados à questão política local, bem como com a alta dos juros pelo FED (ver abaixo). |
Ibovespa | 125 mil pts | inalterado | Em agosto a entrada de capital estrangeiro na nossa bolsa tem sido bastante expressiva, superior a R$ 12 bilhões, assim, no ano, já são mais de R$ 65 bi que aportaram na B3. Reforçamos a ideia de que a bolsa brasileira está excessivamente descontada frente aos pares, sob várias óticas, ainda que após a alta em agosto. Consideramos, além disso, que a recente realização de lucros seja salutar e não altere a tendência de alta observada a partir de julho. Para 2023, enfim, nossa projeção é de Ibovespa em 140 mil pontos. |
Juros EUA | faixa de 3,25-3,5% | faixa de 3,5-3,75% | A ata do FOMC, na semana passada, trouxe de volta a possibilidade do FED elevar sua taxa em 75 pontos, apesar da percepção majoritária de alta de 50 pontos. Nossa visão, contudo, era de que o FED iria optar por 50 pontos. Porém, depois da ata, não temos mais essa convicção e a elevação de 75% torna-se grande possibilidade. De fato, existe uma grande incerteza sobre os próximos passos da política monetária global, incluindo o BCE. Assim, nossa visão é que o FED leve sua taxa até entre 4,0-4,25% ao fim do ciclo atual e depois de um breve período inicie a redução, ainda em 2023. |
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