CVC – Resultado 2T22, mais um trimestre de melhora nos volumes.

Melhora na demanda é destaque novamente.

A CVC teve, neste segundo trimestre, uma alta de 124% no volume de reservas na comparação anual, atingindo R$ 3,8 bilhões. O número ainda está aquém da realidade antes da pandemia. Nos destinos nacionais, este volume representa 78% do pré pandemia, ilustrando o quanto a companhia ainda tem para melhorar nos próximos exercícios. A receita da companhia aumentou 133% na comparação anual, fechando o trimestre em R$ 270 milhões de Reais.

Lucratividade afetada pelo mix e juros.

O take rate ficou na casa dos 7,6%, número 70 bps menor do que o 2T21. A redução ocorreu pelo aumento na parcela referente ao segmento B2B, que naturalmente possui um take rate menor. A companhia voltou a apresentar EBITDA negativo, no valor de R$ 16 milhões.

Mercado olha com cautela para estrutura de capital.

No fluxo de caixa da companhia, chama a atenção um déficit de quase 430 milhões de Reais referente a capital de giro. Naturalmente com a expansão dos volumes, o capital de giro tem também que acompanhar o crescimento. Ainda neste trimestre ,a companhia quitou 100 milhões de Reais em dívidas, e realizou uma emissão de ações no valor de R$ 378 milhões. Leonel Andrade, o CEO da companhia, afirma que é pouco provável que precisem recorrer a novos aumentos de capital no futuro recente.

Seguimos otimistas com a companhia, visto a continuação no crescimento dos volumes. Financeiramente, os resultados têm refletido a melhora na condição econômica da empresa. Apesar de ainda rodar no vermelho, gostamos bastante do modelo de negócio e do posicionamento estratégico. Além disso, o preço da empresa, na casa dos R$ 2 bilhões, é um valor que nós consideramos baixo para esta companhia, e portanto seguimos com a nossa recomendação de compra.