Mercados operam sem direção definida na expectativa da decisão de juros do BCE
NESTA MANHÃ
Nesta manhã: Mercados operam sem direção definida na expectativa da decisão de juros do BCE.
- As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, após o Banco do Japão (BoJ) mais uma vez deixar sua política monetária inalterada e à espera de que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie seu primeiro aumento de juros em mais de uma década. O índice acionário Nikkei subiu 0,44%, enquanto o Hang Seng teve queda de 1,51% e o Xangai Composto recuou 0,99%.
- Na Europa, as bolsas operam sem direção definida, enquanto investidores aguardam a decisão do BCE e após a renúncia do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi. Assim, o Stoxx Europe 600 opera em alta de 0,17%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sem direção definida.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,04%.
- Os contratos futuros do Brent despencam 4,63% a US$ 101,97 o barril.
- O ouro recua 0,90%, a US$ 1.681,42 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 22,9 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:15 Zona do Euro: Decisão da Taxa de Juros do BCE
- 09:30 EUA: Índice de Atividade Industrial Fed Filadélfia (Jul)
- 11:15 Zona do Euro: Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Seguindo o movimento do exterior, o Ibovespa fechou seu quarto dia de recuperação, após oscilar os sinais durante o dia. Assim, o índice encerrou em alta marginal 0,04%, aos 98.286,83 pontos.
Os juros futuros fecharam em queda, corrigindo parte das altas acumuladas nas últimas sessões. O movimento esteve relacionado a fatores técnicos e autorizados pelo desempenho favorável dos mercados em Wall Street, em mais um dia de agenda e noticiário esvaziados. O recuo ficou principalmente nos vencimentos intermediários, com a ponta longa mais resistente, diante das incertezas fiscais e do risco eleitoral.
Ao mesmo tempo, o dólar fechou em alta de 0,76%, a R$ 5,4610, maior cotação desde janeiro. A divisa se firmou acompanhando a onda de fortalecimento da moeda americana tanto em relação às moedas fortes, principalmente o euro, quanto às emergentes.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, com ações ligadas ao uso intensivo de tecnologia em foco. A Netflix informou lucro acima do esperado por analistas e animou investidores. O Dow Jones subiu 0,15%, enquanto o S&P 500 avançou 0,59% e o Nasdaq teve alta de 1,58%.
Os retornos dos Treasuries mostraram volatilidade, fechando a sessão em alta. Os juros dos bônus bateram mínimas no dia, após a União Europeia propor um plano para reduzir o consumo de gás natural, mas depois se recuperaram, com investidores monitorando indicadores dos Estados Unidos e também um leilão do Tesouro americano.
O euro voltou a perder terreno para o dólar, após três dias seguidos de alta. A moeda comum operou pressionada pelo anúncio de que a União Europeia planeja reduzir o seu consumo de gás em 15% até o fim de março do ano que vem. A notícia deixou investidores mais pessimistas quanto à perspectiva de crescimento do bloco, já prejudicada pela alta inflação e interrupções nas entregas de gás da Rússia. Desse modo, o índice DXY subiu 0,37%.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos sofreram queda de 5,4% em junho ante maio, ao ritmo anualizado de 5,12 milhões de unidades, de acordo com dados publicados pela Associação Nacional de Corretoras (NAR). No entanto, analistas consultados pelo WSJ previam recuo bem menor no período, de 0,9%. Em relação a junho de 2021, as vendas de moradias usadas caíram 14,2% no mês passado, conforme informou a NAR.
POLÍTICA NO BRASIL
A taxa de aprovação do governo de Jair Bolsonaro (PL) vem desenhando uma lenta trajetória de alta desde janeiro de 2022. De acordo com a pesquisa PoderData realizada de 17 a 19 de julho, 41% do eleitorado brasileiro aprova a atual gestão federal. Enquanto, outros 55% desaprovam a administração bolsonarista. O quadro segue negativo para o governo, mas indica melhora gradual nos últimos meses. No início de janeiro, a aprovação estava em 31% e a reprovação, em 61%. (Poder 360)
O governo deve ampliar o bloqueio de recursos no Orçamento de 2022 para não correr risco de descumprir a regra constitucional do teto de gastos, que impede despesas federais de crescerem além da inflação. A medida precisou ser tomada diante do crescimento dos gastos obrigatórios e deve aumentar as limitações da máquina pública a dois meses das eleições. Membros do Ministério da Economia ouvidos pela Folha comentam que o valor deve ser alto e que deve passar de R$ 5 bilhões. Apesar disso, eles ressaltam que as análises ainda estão em andamento e que o número pode variar até o momento do anúncio. Assim, governo tem até a próxima sexta (22) para publicar qual a necessidade de bloqueio. Os números devem ser anunciados por meio do relatório de receitas e despesas, que o governo precisa publicar bimestralmente, e as áreas a sofrerem cortes devem ser detalhadas só posteriormente.
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