Inflação americana acima do esperado reforça pessimismo nos mercados
NESTA MANHÃ
Nesta manhã: Inflação americana acima do esperado reforça pessimismo nos mercados.
- As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, após divulgação da inflação americana acima do esperado reforçar apostas de agressivos aumentos de juros nos EUA e à espera do PIB chinês. O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,62%, enquanto o Hang Seng caiu 0,22% e o Xangai Composto teve alta marginal de 0,08%.
- As bolsas europeias operam em baixa, enquanto investidores digerem o CPI americano e assimilam uma piora das projeções econômicas na zona do euro. O índice Stoxx Europe 600 recua 0,65%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no vermelho.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 2,96%.
- Os contratos futuros do Brent desabam 2,19% a US$ 97,39 o barril.
- O ouro recua 1,23%, a US$ 1.713,96 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 19,7 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: IBC-Br (Mai)
- 09:30 EUA: Índice de Preços ao Produtor PPI (Jun)
- 09:30 Divulgação do Boletim Macrofiscal pelo Ministério da Economia
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Em dia majoritariamente negativo no exterior, com o apetite por risco cerceado pelo avanço da inflação nos Estados Unidos, o Ibovespa cedeu 0,40%, aos 97.881,16 pontos. Nesse cenário, o dólar desvalorizou e encerrou a sessão em baixa de 0,63%, a R$ 5,4050.
Após percorrerem o dia sem firmar tendência, alternado altas e baixas moderadas, os juros futuros fecharam a sessão com leve avanço no trecho curto e estável nos longos, tendo, mais uma vez, o exterior como parâmetro central. A inflação ao consumidor nos Estados Unidos acima do esperado elevou as apostas num aperto monetário agressivo pelo Federal Reserve, reforçando os temores de recessão.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quarta-feira, após a leitura mais forte que o esperado do índice de preços ao consumidor (CPI) de junho reforçar temores de que o Fed pode subir o juro em um ponto porcentual no fim deste mês, o que, por sua vez, deu mais fôlego à perspectiva de recessão econômica nos EUA. O índice Dow Jones recuou 0,67%, enquanto o S&P 500 caiu 0,45% e o Nasdaq cedeu 0,15%.
Os retornos dos Treasuries ficaram mistos, com a ponta longa oscilando entre altas e baixas durante a sessão. Os juros chegaram a subir em conjunto, logo após a divulgação do CPI, porém o movimento não se sustentou. Desse modo, o juro da T-note de 10 anos recuou a 2,912%. O euro ficou abaixo de US$ 1 nesta manhã, pela primeira vez em duas décadas, de acordo com a Dow Jones Newswires. No entanto, como o foco dos investidores estava no resultado do CPI, o índice DXY encerrou recuando 0,11%.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos subiu 1,3% em junho ante maio, conforme dados publicados pelo Departamento do Trabalho. O resultado ficou acima da mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 1,1%. Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,7% na comparação mensal de junho. Ao passo que o consenso do mercado era de acréscimo de 0,5%.
Na comparação anual, o CPI dos EUA tem alta de 9,1% em junho, o maior desde novembro de 1981 e acima da projeção de alta de 8,8%. Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 5,9%, superando a previsão de alta de 5,7%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
As vendas do comércio varejista subiram 0,1% em maio ante abril, de acordo com o IBGE. O resultado veio menor do que a mediana positiva de 0,9% das estimativas na pesquisa Projeções Broadcast. Na comparação com maio de 2021, as vendas do varejo tiveram baixa de 0,2%, com mediana positiva de 2,3%. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento 1,8% no ano, enquanto em 12 meses, houve recuo de 0,4%.
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 0,2% em maio ante abril. O resultado ficou colado ao piso das expectativas, de 0,1% (teto de 3,8% e mediana de 1,7%). Na comparação com maio de 2021, houve baixa de 0,7% no mês, ficando igual ao piso das projeções. Assim, as vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 1,0% no ano e aumento de 0,3% em 12 meses.
POLÍTICA NO BRASIL
Após rejeitar todos os destaques, e sem alterar a versão que veio do Senado, a Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira (13) a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) “das Bondades”. O texto segue para promulgação, a ser feita em sessão solene do Congresso Nacional até sexta-feira (15), último dia de atividades antes do recesso parlamentar.
A PEC prevê pacote de R$ 41,25 bilhões, fora do teto dos gastos, para turbinar benefícios sociais. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), disse que os novos benefícios sociais devem ser pagos a partir de 9 de agosto. Como o calendário do Auxílio Brasil está mantido, o novo valor deve ser liberado só na data do pagamento, dia 18 de agosto.
Entenda os detalhes da proposta no Panorama Político.
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