Mercado americano encerra seu pior semestre desde 1970
NESTA MANHÃ
Nesta manhã: Mercado americano encerra seu pior semestre desde 1970.
- As bolsas asiáticas fecharam em baixa, acompanhando o mau humor de Wall Street, em meio a crescentes temores de que os EUA entrem em recessão, e na esteira de uma pesquisa desfavorável sobre a confiança do setor empresarial do Japão. Assim, o Nikkei caiu 1,73% e o Xangai Composto recuou 0,32%. Em Hong Kong foi feriado e os mercados não abriram.
- A confiança do setor manufatureiro do Japão se deteriorou pelo segundo trimestre consecutivo, refletindo preocupações com lockdowns motivados por surtos de covid-19. O principal índice de sentimento de grandes fabricantes caiu de 14 em março para 9 em junho, de acordo com o relatório trimestral “Tankan” do BoJ. O resultado ficou abaixo da expectativa de economistas consultados pela agência Quick, de queda a 12.
- O índice de gerentes de compras (PMI) da indústria da China subiu de 48,1 em maio para 51,7 em junho, conforme relatório da S&P Global. O resultado indica expansão após quatro meses de contração na atividade – a marca de 50 separa contração de expansão.
- As bolsas europeias variando sinal, à medida que os índices futuros de Wall Street reduziram suas perdas, embora persistam temores sobre uma possível recessão global. Desse modo, o índice Europe Stoxx 600 tem baixa marginal de 0,04%.
- A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro atingiu a máxima histórica de 8,6% em junho, ainda com os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia, conforme dados preliminares divulgados pela Eurostat. O resultado ficou acima da expectativa de analistas de 8,4%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em queda.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 2,97%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 2,15% a US$ 111,37 o barril.
- O ouro recua 0,91%, a US$ 1.790,71 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 19 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: Índice de Preços ao Produtor IPP (Mai)
- 10:00 Brasil: PMI Industrial (Jun)
- 10:45 EUA: PMI Industrial (Jun)
- 15:00 Brasil: Balança Comercial (Jun)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Após encerrar o pregão em baixa de 1,08%, o Ibovespa terminou o mês e o semestre no negativo, com queda de -11,50% e 5,99%, respectivamente. A cautela interna em relação à perspectiva fiscal do país se impôs no momento em que o cenário externo se mostra também atribulado pela correção das políticas monetárias em grandes economias, por dúvidas sobre a retomada na China e pelo prolongado conflito no leste europeu. Assim, a combinação de incertezas, principalmente as relacionadas à economia chinesa e ao conflito na Ucrânia, tem acentuado a volatilidade das commodities, com efeito direto sobre o Ibovespa.
No aguardo da votação da PEC dos Combustíveis no Senado, prevista para o fim do dia (30), o mercado de juros olhou para o exterior, acompanhando o fechamento das curvas globais e a queda dos preços das commodities. O dia ainda foi marcado por fatores técnicos relacionados a ajustes típicos de fim de mês e eventos importantes para o mercado de renda fixa na sexta (1), entre eles o vencimento de LTNs. Os juros futuros encerraram o dia em queda, no entanto, em alta no mês. Ao passo que o dólar encerrou o pregão em alta de 0,77%, a R$ 5,234, e avançou 10,15% em junho.
EXTERIOR
Os mercados de Nova York fecharam em queda, com investidores novamente atentos aos riscos de recessão mais adiante. No fechamento do primeiro semestre, o quadro negativo ficou evidente: o S&P500 registrou o pior semestre desde 1970. Assim, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,82%, o S&P500 recuou 0,88% e o Nasdaq caiu 1,33%. Enquanto no mês, as baixas foram de 6,71%, 8,39% e 8,71%, respectivamente.
Os retornos dos Treasuries caíram, com demanda pelos bônus em dia de cautela nos mercados internacionais, movimento acentuado pela divulgação do PCE nos EUA. O índice DXY recuou 0,40%, com ajuste após ganhos recentes. Além disso, o euro esteve apoiado, em meio a declarações do Banco Central Europeu (BCE).
O dirigente do BCE e presidente do BC da Áustria, Robert Holzmann, afirmou que o retorno da inflação à meta de 2% na zona do euro é um objetivo que deve levar algum tempo para ser concretizado. De acordo com ele, “as cadeias de varejo ainda estão em colapso, a guerra na Ucrânia não acabou”. Além disso, Holzmann acrescentou que preferia ter subido juros mais cedo.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O índice de preços de gastos com consumo (PCE) – medida de inflação preferida do Fed – subiu 0,6% em maio ante abril, conforme dados publicados pelo Departamento do Comércio. O núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,3% no período, vindo um pouco abaixo das expectativas de analistas consultados pelo WSJ, de alta de 0,4%. Ao passo que na comparação anual, o PCE subiu 6,3% em maio, repetindo a variação do mês anterior, e seu núcleo aumentou 4,7%, depois de avançar 4,9% em abril.
POLÍTICA NO BRASIL
Com a inclusão de última hora de um auxílio-gasolina de R$ 2 bilhões para taxistas, acertado após o presidente Jair Bolsonaro “entrar no circuito” e impor sua vontade à equipe econômica, o Senado aprovou em primeiro e segundo turnos a PEC dos Combustíveis, que eleva o valor do Auxílio Brasil, dobra o vale-gás e cria um novo benefício voltado para caminhoneiros, além da ajuda aos taxistas. Somadas, as medidas custarão aos cofres públicos R$ 41,25 bilhões este ano, montante que ficará fora do teto de gastos. A proposta segue para a Câmara dos Deputados. (Valor)
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