Natura – Primeira reação realmente impactante da empresa desde o início da queda.
Natura
Consumo
Primeira reação realmente impactante da empresa desde o início da queda.
Natura troca o CEO, e deverá reduzir as posições de alta chefia.
Semana passada tivemos o anúncio de que Fabio Barbosa seria o novo CEO da companhia, em substituição à Roberto Marques, que atua como presidente desde 2017. Marques vinha operando o turnaround com alguns acertos, mas os acionistas controladores acabaram por discordar da sua postura centralizadora, optando por um outro tipo de estratégia. Fabio Barbosa é ex-presidente do Santander e membro dos conselhos da Ambev e Itaú. Ele deverá atuar de maneira mais suave, concedendo bastante autonomia para as diretorias das quatro unidades de negócio. A Natura & Co, portanto, deve atuar cada vez mais como uma holding.
Maior autonomia entre as marcas.
As marcas Avon e The Body Shop vão entrar no foco da reestruturação. A companhia deverá rever todos os mercados em que as marcas atuam, tendo em vista um eventual reposicionamento. O foco nesse momento será recomposição de margens. Em contrapartida, as marcas Aesop e Natura já estão mais consolidadas geograficamente, tendo menos ênfase nesse momento.
Redução de custos, complexidade e overhead também está na pauta.
Algumas das posições executivas, como líder de crescimento sustentável e líder de transformação, serão eliminadas. A simplificação da estrutura da holding vai em linha com dar mais autonomia para as marcas. Além de reduzir custos, esse movimento deverá melhorar o tempo de resposta das empresas às mudanças de tendência do mercado e de preferência dos clientes. Aqui na Órama nós vemos todas estas mudanças como positivas. Trata-se da primeira resposta de peso dos controladores às críticas do mercado e à demora que estamos observando nas melhorias operacionais se traduzirem em melhores números no balanço da companhia. Seguimos sem expectativas de um resultado no curtíssimo prazo, mas é uma admissão de culpa importante. As mudanças fazem sentido, e acreditamos que valerá a pena para o investidor carregar esta posição. Reiteramos que o negócio é bastante bom, além da Natura estar armada de marcas sólidas e reconhecidas. Salientamos ainda o papel construtivo dos minoritários – notadamente a gestora Dynamo – na formação deste consenso dentro da empresa, e formulação de uma reação adequada.
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