Apesar de leitura fraca do PIB dos EUA mercados avançam
NESTA MANHÃ
Nesta manhã: Apesar de leitura fraca do PIB dos EUA mercados avançam.
- As bolsas na Ásia fecharam em alta, acompanhando os mercados de Nova York, que subiram na esteira de balanços positivos de varejistas dos EUA. O índice Hang Seng liderou os ganhos na Ásia, com avanço de 2,89%. As ações locais do gigante do varejo eletrônico Alibaba e do Baidu – conhecido como “Google da China” – saltaram 12,21% e 14,26%, respectivamente, após as empresas divulgarem resultados trimestrais melhores do que o esperado, aliviando preocupações sobre os efeitos da política de “tolerância zero” contra a covid-19 do governo chinês.
- Em outras partes da região asiática, o japonês Nikkei avançou 0,66% e o Xangai Composto subiu 0,23%.
- Na Europa, as bolsas operam em alta, acumulando ganhos por três pregões seguidos. O índice Stoxx Europe 600 avança 0,75%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 2,74%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,69% a US$ 113,38 o barril.
- O ouro sobe 0,42%, a US$ 1.858,40 a onça.
- O Bitcoin negocia abaixo de US$ 29 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: Empréstimos Bancários (Mar)
- 09:30 EUA: Balança Comercial de Bens (Abr)
- 09:30 EUA: Índice de Preços PCE (Abr)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Em dia de leve avanço para as ações de bancos, e sem sinal único para as de commodities, o mercado acompanhou em menor magnitude os ganhos em Nova York e, mais cedo, na Europa. Ao fim, o Ibovespa mostrava alta de 1,18%, aos 111.889,88 pontos. Com maior apetite ao risco no exterior, o dólar tombou 1,24%, a R$ 4,7610. Dessa forma, a moeda fechou no menor valor desde 20 de abril.
Os juros futuros fecharam com queda consistente, amparada pelo ambiente internacional positivo, câmbio e fatores técnicos relacionados ao desmonte de posições tomadas em inflação implícita, uma vez aprovado o projeto que impõe um teto para a alíquota do ICMS. A proposta abre espaço para alívio inflacionário, mas também traz preocupações do lado fiscal, um pouco mais amenizadas pelo dado robusto da arrecadação federal. O DI para 2025 passou de 12,29% para 12,09% e o DI para 2027 caiu de 12,085% para 11,92%.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York estenderam os ganhos registrados ao fecharem em alta robusta. Investidores observaram uma leitura fraca do PIB dos EUA, um dia após a ata do Federal Reserve (Fed) não trazer novidades sobre o aperto monetário. O mercado interpretou como uma sinalização para aperto monetário e consequente controle da inflação. Ao mesmo tempo, ações de varejistas dispararam após balanços melhores que o esperado, contrariando a onda de vendas no setor na última semana. Desse modo, o índice Dow Jones fechou em alta de 1,61%, ao passo que o S&P 500 avançou 1,99% e o Nasdaq acumulou ganho de 2,68%.
Os juros dos Treasuries não marcavam direção única no fim da tarde, com a ponta curta em baixa, enquanto os rendimentos dos títulos de prazo mais longo subiam. Assim, o dia acabou com o rendimento da T-Note de 10 anos subindo a 2,75%. Além disso, em meio às notícias de PIB e expectativas monetárias, o índice DXY fechou em queda de 0,22%.
GUERRA NA UCRÂNIA
O presidente Volodymyr Zelensky juntou-se a outros altos funcionários ucranianos para denunciar sugestões de que a Ucrânia deveria ceder território à Rússia em troca da paz. A Rússia intensificou seus ataques no leste da Ucrânia, montando ofensivas contra as cidades de Lysychansk e Severodonetsk – sem sucesso, de acordo com um oficial ucraniano. O bombardeio pesado de Kharkiv matou sete pessoas e feriu 17. A Ucrânia disse que a Rússia está fortalecendo suas linhas de defesa em torno de partes ocupadas do sul da Ucrânia, enquanto tenta consolidar seu controle lá. O primeiro-ministro da Finlândia visitou a Ucrânia, ao passo que seu país e a Suécia pressionam com suas propostas para ingressar na OTAN.
O banco central russo cortou sua principal taxa de juros pela terceira vez desde o início de abril, buscando estabilizar um rublo em fortalecimento e apoiar uma economia vacilante. Sanções contra a Rússia empurraram sua economia para o que poderia ser o maior declínio em décadas – mas a moeda do país foi para o outro lado. O líder da Igreja Ortodoxa Russa ajudou o presidente Vladimir Putin a gerar apoio interno para a guerra na Ucrânia. (WSJ)
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos sofreu uma contração de 1,5% no primeiro trimestre deste ano, em termos anualizados, de acordo com revisão publicada pelo Departamento do Comércio. A leitura original, divulgada há cerca de um mês, estimava queda um pouco menor, de 1,4%. A segunda leitura do dado frustrou as expectativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda anualizada menor, de 1,3%. O resultado contrasta fortemente com o desempenho do quarto trimestre de 2021, quando o PIB dos EUA teve expansão anualizada de 6,9%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 195,085 bilhões em abril, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal, novo recorde para o mês. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 10,94% na comparação com abril do ano passado. Em relação a março deste ano, houve crescimento real de 17,60% no recolhimento de impostos. Os resultados foram dentro das expectativas do mercado apuradas pelo Projeções Broadcast.
Os dados do CAGED, que estavam previstos para divulgação, foram adiados para segunda-feira (30).
POLÍTICA NO BRASIL
De acordo com Pesquisa Datafolha finalizada e divulgada na quinta-feira (27), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece como líder isolado em simulação de primeiro turno com 48% das intenções de voto. O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) vem em segundo lugar com 27%. No levantamento anterior, de março, Lula pontuou 43% e Bolsonaro, 26%. A diferença entre os dois, que era de 17 pontos, agora é de 21 pontos. O Datafolha informa que as duas pesquisas não são diretamente comparáveis porque houve mudança nos candidatos apresentados aos entrevistados. Saíram do cenário o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) e o ex-governador João Doria (PSDB). (Valor)
O projeto que cria um limite para a tributação estadual (ICMS) sobre itens como energia e combustíveis deve passar por uma tramitação lenta no Senado. A visão entre líderes da Casa sobre a proposta aprovada pela Câmara na quarta-feira (25) é que o rombo provocado pelo texto nos cofres regionais vai ser alto. Por isso, a expectativa deles é de forte pressão dos estados. Na próxima segunda-feira (30), secretários estaduais de Fazenda vão se encontrar com Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O presidente do Senado disse que vai conversar com líderes para bater o martelo se a proposta vai passar por comissões da Casa ou se vai direto para votação em plenário. (Folha)
Para saber mais sobre as pesquisas eleitorais e o Projeto que limita o ICMS acesse o Panorama Político.
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