Mercados operam em alta após notícias no exterior

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NESTA MANHÃ

Nesta manhã: Mercados operam em alta após notícias no exterior

  • As bolsas na Ásia fecharam em alta, após a China reduzir juros de longo prazo, de 4,6% para 4,45%, a fim de tentar reavivar sua economia. Nesse sentido, esperam que com o movimento consigam superar a desaceleração que o país vem sofrendo em meio a esforços para conter o Covid-19. Com isso, o índice Xangai Composto subiu 1,60%. Ao mesmo tempo, o japonês Nikkei avançou 1,27% e o Hang Seng valorizou 2,96%.
  • Na Europa, as bolsas operam em alta firme, na medida que procuram se recuperar de perdas dos dois pregões anteriores, após a China reduzir os juros em tentativa de impulsionar sua economia. Além disso, o bom resultado do varejo inglês também impulsiona os mercados. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 tem alta de 1,53%. 
  • As vendas no varejo do Reino Unido subiram 1,4% em abril ante março, segundo dados publicados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) do país. O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda mensal de 0,3%. Na comparação anual, as vendas do setor varejista britânico recuaram 4,9%, ainda assim ficaram 4,1% acima do nível pré-pandêmico de fevereiro de 2020. O mercado projetava recuo de 7,2% para o critério em abril.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 2,87%. 
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,19% a US$ 110,03 o barril.
  • O ouro está de lado a US$ 1.844,86 a onça.
  • O Bitcoin negocia pouco acima dos US$ 30 mil.

AGENDA DO DIA 
  • 11:00 Zona do Euro: Confiança do Consumidor (Mai)
  • 11:30 Brasil: Receita Tributária Federal

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O pregão foi majoritariamente negativo nos mercados acionários do exterior. No entanto, o Ibovespa conseguiu operar em campo positivo desde cedo, favorecido por forte ajuste no câmbio. A sessão foi marcada pelo avanço do euro frente ao dólar, após novos sinais de que o Banco Central Europeu (BCE) corrigirá a política monetária para conter o avanço da inflação. Assim, o dólar fechou em queda de 1,32%, a R$ 4,9170. Ao mesmo tempo, o Ibovespa subiu 0,71%, aos 107.005,22 pontos.

Os juros futuros fecharam o dia em queda, refletindo a piora na percepção de risco de recessão global. Essa foi traduzida na queda do rendimento dos Treasuries e de outras curvas mundo afora, que pressionou a ponta longa. Internamente, o investidor mantém no radar o noticiário acerca do projeto de desoneração do ICMS sobre combustíveis e energia elétrica.

EXTERIOR

Nova York fechou em baixa leve em um pregão de alta volatilidade, após a queda acentuada da sessão anterior. Assim, o índice Dow Jones encerrou recuando 0,75% ao passo que o S&P 500 caiu 0,58% e o Nasdaq cedeu 0,26%. Além disso, crescem no mercado as preocupações com o aperto monetário e uma possível recessão, na esteira da escalada inflacionária e da guerra na Ucrânia. Como resultado, os rendimentos dos Treasuries caíram diante do aumento na demanda por ativos mais seguros. O T-note de 10 anos fechou recuando a 2,84%. 

O dólar caiu ante suas principais rivais, parte do movimento se deu em aparente realização de lucros pela moeda americana, diante das recentes altas, apesar de os temores de recessão econômica nos EUA. Quanto à zona do euro, a ata do BCE impulsionou a divisa comum do bloco. Dessa maneira, o índice DXY fechou em baixa de 1,05%.

Em ata, o BCE ressaltou que deve manter a flexibilidade como característica permanente dos instrumentos de política monetária. Segundo eles, os dados recentes sugerem que a guerra no Leste Europeu vai desacelerar a recuperação econômica, mas não interrompê-la. O economista-chefe da instituição monetária, Philip Lane, afirmou que o Programa de Compras de Ativos (APP) pode terminar no terceiro trimestre. No mercado, as recentes indicações do BCE foram interpretadas como evidências de que os juros devem ser elevados em julho.

GUERRA NA UCRÂNIA

O Senado aprovou um novo pacote de ajuda militar e econômica de quase US$ 40 bilhões para a Ucrânia. O presidente Biden, ao receber líderes da Suécia e da Finlândia, expressou apoio às suas candidaturas para ingressar na OTAN. As economias do G7 esperam acordar sobre um plano emergencial de ajuda econômica para a Ucrânia ainda nesta semana. Isto porque os EUA pressionaram seus aliados a fornecer mais apoio financeiro ao país sitiado. O Reino Unido introduziu novas sanções contra as companhias aéreas russas. Por outro lado, a Rússia rejeitou os pedidos para suspender o bloqueio do Mar Negro. Dessa forma, impediu a Ucrânia de enviar grãos para os mercados mundiais.  Enquanto isso, membros do Conselho de Segurança discutiram a segurança alimentar global. O secretário-geral António Guterres alertou antes da reunião para a perspectiva de fome e fome em massa. (WSJ)

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

Os novos pedidos para a semana encerrada em 14 de maio subiram pela terceira semana consecutiva, aumentando 21.000 para 218.000 ajustados sazonalmente. Apesar de a recente tendência de alta, as reivindicações permanecem historicamente baixas, com o número da semana passada correspondendo à média de 2019 antes da pandemia de Covid-19. Além disso, as chamadas reivindicações contínuas, uma proxy para o número total de pessoas que recebem pagamentos de programas estaduais de desemprego, caíram para 1,3 milhão na semana encerrada em 7 de maio em relação ao nível da semana anterior, informou o Departamento do Trabalho. Esse foi o nível mais baixo desde dezembro de 1969. Nesse sentido, os sinais do mercado de trabalho dos EUA permanecem extraordinariamente apertados.

INDICADORES ECONÔMICOS MUNDIAIS

A ONU divulgou um relatório de crescimento econômico global, onde revisou sua projeção de 4% para 3,1% no ano de 2022. Cita que a Guerra da Ucrânia suspendeu a frágil recuperação da pandemia, levando à uma crise humanitária que elevou o preço de alimentos e energia. Além disso, a economia global enfrenta pressão inflacionária substancial e persistente. Assim, projeção mundial está em 6.7%, contudo, é mais de duas vezes a inflação da última década, que na média ficou em 2.9%.

Eles argumentam que a deterioração do crescimento é de escala global. A soma das pressões inflacionárias com os apertos monetários resultaram na previsão do PIB dos EUA ficarem em 2,6% em 2022, ante a 5,7% em 2021. Na China, a maior preocupação são as estritas políticas de Covid-zero, que reduziu em 0,7% a previsão de atividade, para 4,5% em 2022. A Guerra da Ucrânia, além de afetar os países diretamente envolvidos no conflito, disseminou as consequências para Europa, que teve sua previsão para 2022 revisada para 2,7%, 1,2% abaixo do número anterior. Por fim, para os países em desenvolvimento, é projetado um crescimento de 4,1% no ano.

POLÍTICA NO BRASIL

O governo adiou a decisão final sobre os reajustes ao funcionalismo, devido ao impasse envolvendo a promessa do presidente Jair Bolsonaro (PL) de aumento mais generoso às carreiras policiais em ano eleitoral. Ele também parcelou o corte no Orçamento deste ano. Em sua live semanal, o chefe do Executivo mencionou a necessidade de fazer um bloqueio de quase R$ 10 bilhões. Todavia, o valor final ainda precisa ser validado pela JEO (Junta de Execução Orçamentária), formada pelos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia). (Folha)

Os presidentes da Câmara e do Senado Federal não chegaram a um acordo sobre a proposta que fixa teto de 17% para a alíquota do ICMS, um tributo estadual, sobre combustíveis e energia elétrica. Lira e Pacheco se reuniram na tarde de quinta-feira (19) para discutir a questão. O deputado federal pressiona para que o Senado dê celeridade na tramitação da proposta quando ela chegar à Casa —a previsão é que ela seja votada na Câmara dos Deputados na terça-feira (24). O presidente do Senado, no entanto, tem dito a interlocutores ser contrário à medida. Pacheco elevou o tom recentemente contra estados por não seguirem as novas regras previstas em projeto aprovado neste ano pelo Congresso. Apesar disso, o Senado, mais próximo aos governadores, resiste a medidas ainda mais incisivas sobre as regras tributárias estaduais. (Folha)

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