Pessimismo em Wall Street leva mercados ao redor do mundo a recuarem

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NESTA MANHÃ

Nesta manhã: Pessimismo em Wall Street leva mercados a recuarem

  • As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa, seguindo fortes perdas em Wall Street. Assim, o índice acionário japonês Nikkei caiu 1,89% em Tóquio, enquanto o Hang Seng recuou 2,54% em Hong Kong. Ao passo que, na China, os mercados driblaram o mau humor do restante da Ásia e tiveram ganhos moderados, mantendo o padrão de variações contidas nesta semana. Dessa forma, o Xangai Composto subiu 0,36%.
  • Apesar de a cidade de Xangai seguir avançando no combate à doença do Covid-19, outras partes do território chinês preocupam o mercado. Alguns locais, como a cidade de Lianzhuang e na região de Binhai, decretaram lockdown.
  • As principais bolsas europeias caem mais de 2% em consequência das fortes perdas em Nova York. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 opera em queda de 2,18%. 
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no vermelho. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 2,84%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 1,19% a US$105,66 o barril.
  • O ouro está subindo 0,70%, a US$ 1.829,37 a onça.
  • O Bitcoin é negociado a US$ 29 mil.

AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Reunião do CMN 
  • 09:30 EUA: Pedidos por Seguro-Desemprego 

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL:

Acompanhando a ampliação das perdas ao longo da tarde em Nova York, o Ibovespa devolveu a recuperação vista nas últimas cinco sessões. O movimento foi principalmente explicado pela retomada da aversão a risco no exterior, onde prevaleceram sinais negativos sobre a trajetória do Covid-19 na China, após relativa melhora nos dias anteriores. Dessa forma, o índice fechou em queda de 2,34%, aos 106.247,15 pontos. Como resultado, reverte o rendimento positivo do mês e acumula perdas de 1,51% em maio. 

O câmbio encerrou a sessão em alta de 0,81%, a R$4,9830. Após quatro pregões seguidos de queda, o ambiente externo adverso pressionou a desvalorização do dólar em movimento de correção. Por fim, os juros futuros encerraram perto dos ajustes anteriores, com viés de baixa, refletindo a agenda local esvaziada, petróleo e juros dos Treasuries em queda, mas com efeito limitado pela piora do câmbio.

EXTERIOR:

Os mercados acionários de Nova York tiveram queda forte, com o Dow Jones atingindo o menor valor desde junho de 2020. O dia já começou no vermelho, após ganhos no pregão anterior, e piorou na esteira de sinais negativos nas perspectivas de varejistas dos Estados Unidos, que foram vistos como prenúncio para o restante da economia. Além disso, novas notícias sobre lockdowns para conter o Covid-19 na China contribuíram para a fuga do risco das ações entre investidores, que também seguem atentos à perspectiva de aperto monetário pelo Fed. Dessa maneira, o índice Dow Jones tombou 3,57%, o S&P 500 desabou 4,04%e o Nasdaq despencou 4,73%.

O ambiente de aversão a risco impulsionou o fortalecimento do dólar ante moedas rivais e de países emergentes. O movimento também refletiu alguma recuperação da divisa americana após perdas nas três sessões anteriores, ao passo que os investidores na Europa acompanharam dados fortes de inflação. O índice DXY fechou em alta de 0,44%. Apesar do avanço no início da sessão, os juros dos Treasuries encerraram o dia sem sinal único. A T-note de 10 anos fechou em baixa, com rendimento de 2,89%. 

GUERRA NA UCRÂNIA:

Os promotores russos pediram que o regimento que estava escondido na siderúrgica Azovstal de Mariupol fosse declarado uma organização terrorista. Um soldado russo de 21 anos se declarou culpado de atirar em um civil desarmado no primeiro julgamento por crimes de guerra da Ucrânia. Suécia e Finlândia se candidataram formalmente para se tornarem membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), enquanto o presidente da Turquia repetiu sua resistência, depois de fazer exigências. A UE propôs fornecer até US$ 9,5 bilhões em financiamento para ajudar a Ucrânia a pagar suas contas até 2022. Os EUA retomaram as operações em sua embaixada em Kiev. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse que os EUA provavelmente impedirão os investidores americanos de receber pagamentos da dívida russa. (WSJ)

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

A construção de novas moradias nos Estados Unidos diminuiu 0,2% em abril ante março, de acordo com dados publicados pelo Departamento do Comércio. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam queda maior no período, de 2,4%. O número de março, no entanto, foi revisado para baixo, de 1,793 milhão para 1,728 milhão. O total de permissões para novas obras, por sua vez, caiu 3,2% na comparação mensal de abril, a 1,819 milhão. Neste caso, o dado de março foi ligeiramente revisado para cima, de 1,873 milhão para 1,879 milhão.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que garante o pagamento de no mínimo R$ 400,00 por mês para beneficiários do Auxílio Brasil. O programa social, substituto do Bolsa Família, é a aposta do governo para alavancar sua popularidade nas eleições deste ano. 

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou a privatização da Eletrobras, finalizando a segunda etapa do processo. Em fevereiro, os ministros já haviam aprovado a primeira fase. O governo aguardava o desfecho do julgamento para dar seguimento na operação, que diluirá o controle acionário da União na companhia. Com isso, deve reduzir sua participação de 72% para próximo de 45%. A intenção é concluir a desestatização ainda no primeiro semestre do ano, para evitar a proximidade com o calendário eleitoral e férias no Hemisfério Norte. O governo deseja protocolar já na próxima semana a operação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado acionário americano. (Valor)

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