Aspas dos Gestores – Abril de 2022
Aspas dos Gestores – Abril de 2022: Reunimos na versão estendida do relatório, o comentário de 155 gestores de fundos de investimentos sobre os desafios dos fundos no mês de março e as perspectivas para o mês de abril.
O documento está ordenado por gestores, em ordem alfabética.
Panorama Geral
Em março, a pressão sobre a inflação, agravada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, foi determinante para a tomada de decisão de política monetária dos principais bancos centrais do mundo.
O Comitê do banco central dos EUA, o FOMC, aumentou a taxa em 0,25 ponto percentual, para uma faixa entre 0,25% e 0,5%. A autoridade monetária sinalizou aumentos nas seis reuniões restantes deste ano e alguns dirigentes demandam duas altas de 0,5 ponto percentual. A taxa do título do Tesouro americano de 10 anos chegou a ser negociada a 2,49%.
Por outro lado aqui, o Comitê do Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic para 11,75% ao ano e prenunciou outro aumento de um ponto percentual na próxima reunião, em maio. Trabalhamos portanto com a Selic terminando o ano em 12,75%, em linha com as recentes sinalizações do Roberto Campos Neto. A curva dos juros futuros, no entanto, aponta para mais uma alta além desta. Ja os juros reais dos títulos do Tesouro Nacional atrelados à inflação parecem ter encontrado um teto e operam próximos à máxima histórica de 6% ao ano. Isso corrobora com a perspectiva de que um movimento de recuo nas taxas pode beneficiar a marcação a mercado dessa classe.
O diferencial entre as taxas de juros dos EUA e a nossa, combinado com as commodities em patamares elevados sustentaram o apetite de estrangeiros por ativos domésticos, impulsionando a alta das ações e a valorização do real. O Ibovespa caminha para o quarto mês seguido de ganhos e a taxa de câmbio veio para abaixo de R$ 4,80.
Cenário para Abril
Em abril, as negociações diplomáticas serão novamente o foco das atenções. Os desdobramentos da guerra na Ucrânia e das sanções impostas à Rússia são determinantes nos preços das commodities, que refletem na inflação ao redor do mundo e na reação dos mercados.
No âmbito político doméstico, as trocas de cadeiras nos Ministérios em Brasília e o ritmo dos gastos públicos podem aumentar a volatilidade. Temos também conteúdos exclusivos sobre esse assunto no nosso Panorama Político.
Os percentuais para a diversificação seguem os mesmos. A alocação está concentrada em renda fixa, pois a relação risco x retorno desta classe continua muito positiva e favorável nesse cenário desafiador. No mercado de ações, não descartamos uma realização, dado o patamar atual, mas a classe segue com potencial de valorização. Os fundos multimercado macro são portanto uma boa escolha para diversificação em ambiente de juros altos e ativos com preços distorcidos.
Mais informações
É importante frisar que a Órama não se responsabiliza pelo teor dos comentários, nem pela precisão dos dados apresentados pelos gestores dos fundos.
Para mais informações sobre os fundos acesse: Lista de Fundos
Baixe o arquivo no link abaixo da visualização para a leitura completa do relatório.Boa leitura e bons investimentos!
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