Relatório de inflação
O IPCA de novembro registrou alta de 0,95%, abaixo das expectativas do mercado (1,12%), acumulando elevação de 10,74% em 12 meses, mesmo nível anotado em dezembro de 2015. A projeção da Órama era de +1%.
Sete dos nove grupos do índice apresentaram elevação no mês. A maior variação e o maior impacto vieram do grupo “Transportes” (0,72 p.p. e 3,35%, respectivamente), sendo responsável por 76% do resultado do mês. O grupo “Alimentação e bebidas”, um dos vilões, e “Saúde e Cuidados Pessoais” surpreenderam ao registrar deflações no mês, muito causadas pelas promoções da Black Friday em lanches e artigos de perfumaria.
Em relação ao comportamento dos preços em geral, o índice de difusão desacelerou no período, de 66,8% para 63,1%, o que é bom sinal. A média dos núcleos recuou para 0,58%, de 0,97% em outubro, o que reflete comportamento mais benigno da composição dos preços gerais.
Acreditamos que a inflação caminhe agora para estabilidade, em torno de 10,15% no final do ano, assim permanecendo pelo primeiro trimestre de 2022, com leve viés de baixa. Vemos com bons olhos as perspectivas positivas para safras e queda do preço do petróleo, com provável impacto favorável nos combustíveis, alinhada a baixa demanda de consumo.
Alexandre Espirito Santo – Economista-Chefe
Elisa Andrade – Analista de Macroeconomia
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