Indicador | Último 16.11.2021 | Atual 30.11.2021 | COMENTÁRIOS |
PIB do Brasil | +5,0% | +5,0% | Para 2021, nossa projeção de PIB permanece em 5%. Na quinta-feira, 02/12, o IBGE divulgará os dados oficiais do 3º trimestre. Esperamos resultado negativo, em -0,3%, com a Indústria puxando para baixo e o setor de Serviços contribuindo positivamente. Para 2022, nossa estimativa de crescimento segue em 0,5%. O aparecimento da nova variante Ômicron e os novos surtos de Covid na Europa acendem o alerta para o eventual enfraquecimento da recuperação econômica do ano que vem. Por outro lado, as perspectivas de boas safras, junto com a situação hídrica se normalizando, apontam para uma possível recuperação mais forte da atividade. Assim, ponderando riscos e oportunidades, acreditamos que ainda é sustentável projetar um pequeno crescimento para 2022. |
Resultado Primário | -1,4% | -1,1% | Reduzimos o déficit primário para 2021, devido a uma arrecadação mais forte. O cenário das Contas Públicas para 2022 ainda é permeado de muitas incertezas. O orçamento do ano que vem ainda não está fechado e, com isso, não há fixação sobre o valor das despesas. Todavia, nossa projeção para o próximo ano melhorou para um déficit em torno de 1,5%. A votação da PEC dos Precatórios e da Lei Orçamentária Anual de 2022 vão ser importantes para iluminar esse campo. |
SELIC | 9,25% | 9,25% | A nossa expectativa para 2021 segue em 9,25%, esperando mais uma alta de 1,5 p.p. na reunião de dezembro. Para 2022, nossa projeção permanece em 11%. Acreditamos que a progressão até essa taxa venha em efeito “escadinha”, uma espécie de sintonia fina do BC para avaliar o retorno à ancoragem, nesse momento perdida. Assim, estimamos a primeira alta em 1%, a segunda em 0,5% e a terceira em 0,25%. Mais uma vez, importante ressaltar que quando a Selic superar 8,5%, volta a vigorar a regra de remuneração da poupança antes da mudança em 2012 com a Lei 12.703. Dessa forma, os rendimentos serão de 0,5% ao mês (6,17%a.a.), ao invés de 70% da Selic, acrescida da Taxa Referencial (0% atualmente). |
IPCA | 9,50% | 10,30% | Revisamos a projeção de 2021 para 10,3%. Projetamos o IPCA de novembro em 1,1% e o de dezembro em 0,8%. Apesar de vermos as pressões altistas de alimentos, combustíveis e habitação se dissipando, muito desse número se tornou inercial e vai se estender um pouco mais para frente. As projeções para boas safras nos antecipam a perspectiva de normalização dos preços dos alimentos para o fim do ano, assim como a diminuição da defasagem de preços entre as gasolinas doméstica e internacional é um bom sinalizador de que os preços dos combustíveis não devem seguir trajetória de aumento. Para 2022, seguimos com a projeção de 4,7%. É um cenário inflacionário compatível com riscos baixistas mapeados para energia elétrica, com a melhora da condição hídrica, com a queda e acomodação do preço do petróleo e a baixa demanda. Salienta-se os riscos altistas dos aumentos previstos para medicamentos e transportes públicos. |
Dólar | R$ 5,35 a R$ 5,45 | R$ 5,40 a R$ 5,50 | A moeda americana vem se valorizando globalmente, com as perspectivas de mudança na política monetária do FED (tapering). De toda sorte, o cenário doméstico (ruídos fiscais) ainda é o que mais impacta na cotação e modificamos marginalmente o intervalo para o fim do ano, um pouco para cima. O surgimento da variante ômicron do coronavirus, entretanto, pode, eventualmente, afetar essa recuperação. Caso essa cepa não responda como as outras à vacinação, podemos ter um recrudescimento efetivo da doença. Há ainda muitas incertezas sobre o comportamento dessa variante e as autoridades de saúde e políticas estão aguardando os resultados de novos estudos. |
Ibovespa | 116 – 117 mil pts | 110 mil pts | O Ibovespa vinha recuperando terreno em novembro. Porém, a detecção de uma nova variante (ômicron) de coronavírus, abalroou a melhora em curso. Permanecemos, no entanto, com a avaliação de que nosso mercado está muito descontado. Fazendo os ajustes necessários, observando historicamente o comportamento do índice para dezembro, acreditamos que num cenário fiscal mais favorável (PEC Precatórios aprovada pelo Congresso) a chance de um rali de fim de ano não seja desprezível, com target superior em 110 mil pontos. Lembrando que a bolsa brasileira é a de pior desempenho global em 2021. Para 2022, mantivemos o target do Ibovespa para 130-134 mil pontos, a despeito da nossa visão que será um ano com enorme volatilidade, em meio ao calendário eleitoral. Pelo desconto excessivo, acreditamos factível uma elevação no P/L para patamares de 10x. |
Juros EUA | faixa de 0 a 0,25% | faixa de 0 a 0,25% | A decisão de Biden de reconduzir Jerome Powell a mais um mandato do FED foi bem recebida pelo mercado financeiro americano e as bolsas voltaram a marcar recordes. Todavia, o surgimento da nova cepa ômicron afetou os mercados em geral, trazendo grande volatilidade em bolsas, criptos e juros. Como a inflação de outubro foi elevada, acreditamos que o FED esteja “atrás da curva”. Dessa forma, sem uma recaída da doença, que afete a recuperação econômica, acreditamos em duas ou três elevações de juros em 2022, para até 1%. Caso, no entanto, se confirme que a variante ômicron traz riscos potenciais ao retorno da atividade econômica regular em 2022, pode ocorrer uma mudança nesse prognóstico acima. |