Na contramão do exterior, Ibovespa fecha em alta na expectativa do Copom
NESTA MANHÃ
Nesta manhã: Mercados operam sem direção definida digerindo as consequências das tensões geopolíticas.
- As bolsas na Ásia fecharam sem direção definida, enquanto investidores acompanham as consequências da polêmica visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan. O Xangai Composto recuou 0,71%. Contudo, o Nikkei teve alta de 0,53% e o Hang Seng subiu 0,40%.
- O índice de gerentes de compras (PMI) composto da China recuou de 55,3 em junho para 54,0 em julho, de acordo com pesquisa divulgada pela S&P Global e a Caixin Media. Acima da marca de 50, que separa a expansão da contração, o PMI permaneceu em território de crescimento pelo segundo mês seguido.
- Na Europa, as bolsas operam em alta, ao passo que os investidores avaliam os riscos da situação geopolítica e acompanham balanços corporativos e dados da zona do euro. Desse modo, o Stoxx Europe avança 0,09%.
- O PMI composto da zona do euro caiu de 52 em junho para 49,9, atingindo o menor nível em 17 meses e com o resultado abaixo de 50 apontando contração na atividade econômica, conforme pesquisa final divulgada pela S&P Global. O número final de julho, porém, ficou acima da leitura preliminar e da previsão de analistas consultados pelo WSJ, de 49,4 em ambos os casos.
- As vendas no varejo da zona do euro sofreram queda de 1,2% em junho ante maio, de acordo com a Eurostat. No entanto, a expectativa era de estabilidade das vendas no período. Em relação a igual mês do ano passado, as vendas do setor varejista do bloco tiveram contração de 3,7% em junho.
- O índice de preços ao produtor (PPI) da zona do euro saltou 35,8% em junho ante igual mês do ano passado, conforme dados publicados pela Eurostat. O resultado de junho, porém, veio um pouco acima do consenso de analistas consultados pelo WSJ, de 35,7%. Em relação a maio, o PPI do bloco avançou 1,1% em junho, de acordo com as expectativas.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 2,77%.
- Os contratos futuros do Brent recua 0,85% a US$ 99,69 o barril.
- O ouro avança 0,16%, a US$ 1.763,36 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 23,5 mil.
AGENDA DO DIA
- 10:00 Brasil: PMI Composto (Jul)
- 10:45 EUA: PMI Composto (Jul)
- 11:00 EUA: Encomendas à Indústria (Jun)
- 11:00 EUA: PMI ISM Não-Manufatura (Jul)
- 18:00 Brasil: Decisão monetária do Copom
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Na contramão do exterior negativo, o Ibovespa recuperou a linha dos 103 mil pontos, encerrando com alta de 1,11%, a 103.361,70 pontos. No cenário doméstico, as ações foram movidas pela alta nas commodities e na véspera da decisão do Copom.
Após quatro sessões consecutivas de baixa, os juros fecharam em alta, em movimento de realização de lucros a partir do ambiente externo, que penalizou moedas de economias emergentes, incluindo o real. Assim, o dólar avançou 1,93% na sessão, a R$ 5,2780.
EXTERIOR
Os mercados acionários de Nova York registraram perdas, com cautela ante o quadro geopolítico e sinais de mais altas de juros por dirigentes do Fed. O índice Dow Jones fechou em queda de 1,23%, enquanto o S&P 500 caiu 0,67% e o Nasdaq recuou 0,16%.
Os retornos dos Treasuries subiram, ganhando fôlego ao longo da sessão, em meio a declarações de dirigentes do Fed e do quadro geopolítico. Do mesmo modo, o índice DXY avançou 0,75%.
A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou que o trabalho do Fed para conter a inflação “não está nem perto de concluído”. Conforme dito em entrevista virtual à CNBC, em sua perspectiva, “nós elevaremos os juros e os manteremos lá por um tempo”. Além disso, argumentou que é “terrivelmente duro” para a economia, caso o Fed eleve e corte os juros rapidamente. Sem direito a voto nas decisões de política monetária neste ano, reafirmou o compromisso do Fed de conter a inflação, destacando que seus números estão “muito elevados”.
O escritório da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, divulgou comunicado após a chegada dela como parte de uma comitiva do Congresso americano a Taiwan. O texto diz que a visita da delegação “honra o compromisso inabalável dos EUA em apoiar a vibrante democracia de Taiwan”. De acordo com ela, a parada não contradiz “de maneira alguma” a política dos EUA sobre o tema, guiada pela Lei de Relações com Taiwan, de 1979, e por comunicados conjuntos já emitidos com a China. “Os Estados Unidos continuam a se opor a esforços unilaterais para mudar o status quo”, ressalta a autoridade americana. Pequim tem criticado a visita e ameaçado adotar ações de retaliação. Para entender mais sobre o quadro geopolítico, acesse aqui.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
A abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos caiu a 10,698 milhões em junho, de acordo com o relatório Jolts, publicado pelo Departamento do Trabalho do país. O número de maio foi ligeiramente revisado para cima, de 11,254 milhões a 11,303 milhões.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
A produção industrial caiu 0,4% em junho ante maio, de acordo com o IBGE. O resultado veio pior que a mediana (-0,3%) das estimativas de analistas captadas pelo Projeções Broadcast, que iam de uma queda de 0,7% a um avanço de 0,7%. Em relação a junho de 2021, a produção caiu 0,5%. Enquanto, nessa base de comparação, as estimativas variavam de uma queda de 1,0% a um aumento de 3,8%, com mediana de queda de 0,3%. No acumulado do ano, a indústria teve queda de 2,2%. Ao passo que, no acumulado em 12 meses, houve queda de 2,8%.
POLÍTICA NO BRASIL
A diferença das intenções de votos entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) passou de 14 pontos para 12 pontos percentuais entre julho e agosto, de acordo com a pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (3). O petista mantém a liderança, com 44% ante 32% de Bolsonaro. Na pesquisa anterior, divulgada em 6 de julho, Lula teve 45% e Bolsonaro, 31%. Ciro Gomes (PDT), numericamente em terceiro, recebeu 5% das intenções de voto (em julho era 6%). A senadora Simone Tebet (MDB) e o deputado federal André Janones (Avante) mantiveram os 2%. (Valor)
O governo Jair Bolsonaro pagará R$ 12,6 bilhões até o 1º turno da eleição com benefícios que não estavam previstos no Orçamento. Somado ao que já existia, o desembolso total será de R$ 27 bilhões. Serão beneficiadas diretamente 20,7 milhões de pessoas. Elas receberão diretamente algum tipo de dinheiro extra graças à aprovação da PEC das Bondades. O Auxílio Brasil é pago a 18,1 milhões de titulares. Levando-se em conta os familiares, o número de beneficiados é 53 milhões. Não há estimativas para os outros benefícios. (Poder 360)
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