Bolsas fecham em alta na esteira de fortes ganhos em Wall Street
NESTA MANHÃ
Nesta manhã: Bolsas fecham em alta na esteira de fortes ganhos em Wall Street.
- As bolsas na Ásia fecharam em alta, após os fortes ganhos em Wall Street. Em sessão de menor liquidez, com mercados chineses fechados por causa de um feriado, investidores repercutiram o afrouxamento das restrições contra a covid-19 em alguns países da região.
- O presidente do Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda, reconheceu que a recente escalada da inflação no país pode prejudicar o consumo das famílias, mas insistiu que a política monetária relaxada será mantida. Desse modo, o índice Nikkei fechou com valorização de 1,27%.
- Na Europa, as bolsas operam com viés de alta, enquanto investidores aguardam a divulgação do relatório de emprego dos EUA. Indicadores fracos na Alemanha e zona do euro reforçaram a preocupação sobre a desaceleração da atividade regional e limitaram o ímpeto dos negócios. Assim, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,16%. No Reino Unido é feriado, dessa maneira, os mercados estão fechados.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no negativo.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 2,91%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,50% a US$ 114,45 o barril.
- O ouro está caindo 0,17%, a US$ 1.865,35 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 29,8 mil.
AGENDA DO DIA
- Feriado no Reino Unido – Comemorações do Jubileu de Platina da Rainha
- 09:00 Brasil: Produção Industrial (Abr)
- 09:30 EUA: Taxa de Desemprego (Mai)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
A leitura sobre o PIB do primeiro trimestre no Brasil melhorou, ainda que marginalmente, as expectativas de crescimento para o ano, contribuindo para o avanço visto no Ibovespa. Nesse sentido, no maior nível de fechamento desde 20 de abril, o índice da B3 fechou com ganho de 0,93%, aos 112.392,91 pontos.
O dólar à vista recuou, em meio ao enfraquecimento da moeda americana tanto em relação a divisas fortes quanto emergentes. Apesar de valorização das commodities, na esteira da reabertura da economia chinesa, e da alta firme do Ibovespa, o real apresentou um desempenho modesto em comparação com outras divisas emergentes. Desse modo, o dólar encerrou em R$4,7890, com queda de 0,33%. Os juros futuros subiram, reagindo à piora generalizada na percepção de riscos para a inflação vinda da pressão das commodities, em mais um dia de avanço do petróleo, e do cenário fiscal. O PIB do primeiro trimestre aquém do consenso das estimativas teve efeito neutro sobre a curva.
EXTERIOR
Os mercados acionários de Nova York fecharam em alta. O quadro negativo inicial deu lugar a índices sem sinal único ainda pela manhã e, ao longo da tarde, houve mais impulso, sobretudo do Nasdaq, com os setores de tecnologia e serviços de comunicação entre as maiores altas diárias. Além disso, indicadores e declarações do Fed estiveram no radar. Desse modo, o índice Dow Jones fechou em alta de 1,33%, o S&P 500 subiu 1,84%, e o Nasdaq avançou 2,69%.
Os juros dos Treasuries ficaram mistos, em uma sessão marcada pela volatilidade. No fim da tarde, o rendimento da T-note de 10 anos recuava a 2,918%. Ao passo que o dólar registrou baixa, com ajuste após ganhos recentes. Os investidores monitoraram os indicadores dos EUA e Europa, bem como as declarações do Fed. Assim, o DXY recuou 0,66%.
A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, afirmou que, se até setembro a inflação não moderar, pode ser necessário um ritmo mais rápido de aumento das taxas de juros. Por outro lado, ela destacou que se as leituras mensais fornecerem evidências convincentes de que a inflação está caindo, o ritmo pode diminuir. Mester comentou que, a menos que haja grandes surpresas, considera apropriado elevar juros em 50 pontos-base em cada uma das duas próximas reuniões.
GUERRA NA UCRÂNIA
Os ucranianos fugiram das cidades da linha de frente no leste da Ucrânia enquanto as forças russas pressionavam com seu esforço para conquistar mais território na região de Donbass. A vantagem de Moscou na artilharia está permitindo avanços graduais na luta que está causando pesadas baixas em ambos os lados. As tropas ucranianas pressionaram as defesas russas em áreas do país onde as forças de ocupação estão esticadas.
A União Europeia aprovou um novo pacote de sanções que inclui um embargo gradual à maior parte do petróleo russo, com medidas que entrarão em vigor nesta sexta-feira (3), de acordo com diplomatas. A Opep e seus aliados concordaram com um aumento da produção de petróleo maior do que o esperado, abrindo caminho para um potencial acordo de segurança entre a Arábia Saudita e os EUA. Desse modo, os russos estão pagando preços mais altos e buscando substitutos para certos bens para lidar com o impacto das sanções internacionais. (WSJ)
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O setor privado dos Estados Unidos criou 128 mil empregos em maio, conforme informou a ADP em pesquisa divulgada. O resultado ficou aquém da previsão de analistas consultados pelo WSJ, que previam geração de 299 mil no mês passado. Além disso, a ADP revisou para baixo o número de vagas criadas em abril, de 247 mil para 202 mil.
Também foram divulgados os pedidos iniciais de seguro-desemprego, um proxy para demissões, que caíram para 200.000 na semana passada em relação ao nível revisado da semana anterior de 211.000, informou o Departamento do Trabalho. A contagem semanal de novos pedidos de auxílio permaneceu perto de seus níveis mais baixos há meses, já que os empregadores mantêm os trabalhadores e tentam contratar mais, com a diferença entre vagas de emprego e trabalhadores desempregados procurando emprego permanecendo historicamente grande.
As encomendas à indústria dos EUA tiveram crescimento de 0,3% em abril ante março, após ajustes sazonais, a US$ 533,2 bilhões, de acordo com o Departamento do Comércio. Analistas ouvidos pelo WSJ previam alta maior, de 0,6%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 1,0% no primeiro trimestre de 2022 ante o quarto trimestre de 2021, conforme informado pelo IBGE. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam um avanço de 0,6% a 1,8%, mas ficou abaixo da mediana, que era positiva em 1,2%.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, o PIB apresentou alta de 1,7% no primeiro trimestre de 2022. O dado veio de acordo com as estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, que variavam de uma elevação de 0,2% a 2,7%, mas também abaixo da mediana, de 2,1%.
Para saber mais sobre os resultados do PIB, acesse o relatório.
POLÍTICA NO BRASIL
Voltou à mesa de discussões a possibilidade de o governo decretar um novo estado de calamidade. Entre as justificativas usadas por quem defende o uso do instrumento, estão a Guerra da Ucrânia e um suposto risco de desabastecimento de diesel. Assim como ocorreu em 2020, essa medida permitiria realizar despesas fora dos limites do teto de gastos, como a conta de estabilização de preços dos combustíveis ou o pagamento de um auxílio aos caminhoneiros, por exemplo. A opção pela calamidade enfrenta resistência de diversos técnicos (sobretudo do Ministério da Economia), que não veem no conflito na Europa uma justificativa plausível para uma medida tão drástica. (Valor).
Para mais notícias políticas, acesse o Panorama Político.
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