Bolsas operam sem fôlego nesta manhã, com divulgação de indicadores na Ásia e Europa

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NESTA MANHÃ
Nesta manhã: Bolsas operam sem fôlego nesta manhã, com divulgação de indicadores na Ásia e Europa.
  • As bolsas na Ásia fecharam em mistas, atentas ao movimento de queda no mercado americano, ao PMI industrial da China e do Japão, além da flexibilização das restrições em Xangai. Desse modo, o Xangai Composto recuou 0,13%, enquanto o Hang Seng recuou 0,56%. Em Tóquio, o Nikkei avançou 0,65%, ao passo que o Parlamento do país aprovou um orçamento extra para combater o aumento dos preços de combustíveis e alimentos.
  • O índice de gerentes de compras (PMI) da indústria da China subiu de 46,0 em abril para 48,1 em maio, divulgado pela S&P Global. Apesar da alta, o resultado indica o terceiro mês consecutivo de contração da atividade industrial do país – visto que a marca de 50 separa contração de expansão.
  • Na Europa, as bolsas operam sem direção única. Os mercados locais acompanham a divulgação de uma série de indicadores, enquanto esperam por sinalizações de dirigentes do BCE, inclusive da presidente, Christine Lagarde. Assim, o Stoxx Europe 600 opera em baixa de 0,30%.
  • A taxa de desemprego da zona do euro estabilizou em 6,8% em abril, em relação ao resultado de março, de acordo com a Eurostat. O resultado de abril veio 0,1 ponto porcentual acima do que esperavam analistas consultados pelo WSJ.
  • O PMI industrial da Zona do Euro caiu de 55,5 em abril a 54,6 em maio, atingindo o menor patamar em 18 meses, em meio aos impactos da escalada inflacionária na região, conforme divulgado pela S&P Global.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura sem direção definida. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 2,85%. 
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,31% a US$ 114,06 o barril.
  • O ouro está caindo 0,24%, a US$ 1.832,89 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 31,5 mil.
AGENDA DO DIA
  • 10:45 EUA: PMI Industrial (Mai)
  • 12:00 Brasil: Fluxo Cambial Estrangeiro
  • 15:00 Brasil: Balança Comercial (Mai)
  • 15:00 EUA: Livro Bege

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Após oscilar para o negativo no fim da tarde, o Ibovespa conseguiu manter a linha de 111 mil pontos. O índice fechou o dia em alta de 0,29%, ao passo que acumulou 3,22% em maio. Os juros fecharam a sessão em queda, após passarem o dia oscilando sem tendência clara. O alívio foi atribuído a declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que reforçou a ideia de que o ciclo de aperto da Selic está chegando ao fim, destacando a valorização do câmbio e a melhora do quadro fiscal, além dos riscos à atividade, se os juros subirem muito. Nada que o mercado já não soubesse, mas a fala serviu de argumento para devolver os prêmios um dia após a disparada das taxas. Ao mesmo tempo, o dólar fechou estável, com variação negativa de 0,02%, a R$ 4,753. 

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York fecharam em queda. Os investidores ficaram atentos aos indicadores, refletindo na trajetória da inflação, à reunião entre o presidente do Fed e o dos Estados Unidos e aos riscos para o crescimento. Dessa forma, o índice Dow Jones fechou em baixa de 0,67%, o S&P 500 caiu 0,63% e o Nasdaq recuou 0,41%. Assim, no encerramento de maio, o Dow Jones subiu 0,04%, a passo que o S&P 500 registrou alta de 0,01% e o Nasdaq teve baixa de 2,05%.

Os juros dos Treasuries subiram, com os operadores de olho nas expectativas sobre o Fed, impulsionados pelo índice de confiança do consumidor americano em maio. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 10 anos avançava a 2,859%. Além disso, a perspectiva pelo aperto monetário por parte do Fed também influenciou o índice DXY, que subiu 0,42%. 

GUERRA NA UCRÂNIA

As forças russas tomaram partes da cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia, enquanto Moscou continuava sua investida na área de Donbass. A estação ferroviária de carga da cidade é estrategicamente importante para os russos, que dependem de trens para transportar tropas e munições.

O governo Biden planeja fornecer à Ucrânia um sistema de foguete guiado capaz de atingir alvos a uma distância de mais de 60 quilômetros, de acordo com autoridades dos EUA, fornecendo novos detalhes sobre os planos divulgados na semana passada. Os aliados europeus estão cada vez mais divididos sobre se devem continuar enviando armas mais poderosas para a Ucrânia.

Os preços do petróleo foram negociados em seus níveis mais altos em mais de dois meses depois que a União Europeia afirmou pela primeira vez que imporia um embargo de petróleo à Rússia. Todavia, haverá exceção para o petróleo entregue da Rússia por meio de oleodutos, um valor que representa um terço das compras de petróleo da UE da Rússia. Alguns membros da Opep estão explorando a ideia de retirar a Rússia de um acordo sobre metas de produção de petróleo, uma medida que permite que outros membros bombeiem mais petróleo.

Os países da UE se reuniram para uma cúpula em que a segurança alimentar é um novo foco, como resultado do bloqueio da Rússia aos portos ucranianos. Países do Oriente Médio e da África estão sofrendo com a escassez de grãos ucranianos, óleos alimentares e outros produtos. (WSJ)

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos, recuou de 108,6 em abril (dado revisado hoje, de 107,3 antes informado) a 106,4 em maio, conforme divulgado pelo Conference Board. Analistas ouvidos pelo WSJ previam queda maior, a 103,9. O índice das condições atuais teve baixa de 152,9 em abril a 149,6 em maio. Ao passo que o de expectativas recuou de 79,0 em abril a 77,5 em maio.

O índice de gerentes de compras (PMI) subiu de 56,4 em abril para 60,3 em maio, de acordo com o Instituto para Gestão da Oferta (ISM) de Chicago. O resultado contrariou a previsão de analistas consultados pelo WSJ, que previam queda do indicador a 55,9.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 10,5% no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados da Pnad Contínua divulgado IBGE. Assim, o resultado ficou abaixo da mediana (11,0%) das expectativas ouvidas pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 10,7% e 11,2%. Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,8%. No trimestre encerrado em março de 2022, a taxa de desocupação estava em 11,1%. 

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.569,00 no trimestre encerrado em abril. O resultado representa queda de 7,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$242,948 bilhões no trimestre até abril, alta de 1,9% ante igual período do ano anterior.

O superávit primário de R$ 38,876 bilhões do setor público consolidado em abril, conforme divulgado pelo Banco Central. Isto é, o melhor resultado para o mês da série histórica, iniciada em dezembro de 2001. De janeiro a abril, o superávit primário foi de R$ 148,493 bilhões, o equivalente a 4,74% do Produto Interno Bruto (PIB). No acumulado em 12 meses até abril, o superávit foi de R$ 137,379 bilhões. As contas consolidadas estão no azul em 12 meses desde novembro de 2021.

POLÍTICA NO BRASIL

Os Estados apresentaram uma proposta ao Senado para aumentar a taxação das empresas de petróleo e a criação de uma conta de compensação de perdas em troca da redução do ICMS. A ideia é garantir R$ 34 bilhões este ano para uma espécie de fundo que funcionaria fora do Orçamento e seria formado com até 40% das receitas do governo federal com dividendos pagos pela Petrobras, royalties e participações especiais. Em troca, para compensar essa perda de arrecadação para a União, a proposta é de aumento de Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) de 9% para uma alíquota extraordinária de 20%.Esse valor poderia subir para 30% no caso de a variação do preço do petróleo brent ser superior ao US$ 80 no semestre. Desse modo, pelos cálculos dos Estados, esse aumento da taxação das empresas petroleiras pode aumentar em até R$ 32 bilhões o caixa do governo federal. (Estadão)

Para mais informações sobre política, acesse o Panorama Político.

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