Relatório de pedidos por seguro-desemprego e discursos de dirigentes do Fed são o foco do dia
NESTA MANHÃ
- Hoje, o mercado acompanha mais discursos de dirigentes do Fed, no exterior, e a divulgação do relatório de pedidos por seguro-desemprego e o índice de manufatura do Fed de Filadélfia.
- As bolsas na Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta, com algumas delas interrompendo uma sequência de perdas recentes em meio à demanda por barganhas, apesar do fraco desempenho de Wall Street ontem. Dessa forma, o Xangai Composto registrou alta marginal de 0,09%, o Hang Seng teve alta de 0,82% e o Nikkei avançou 0,31%.
- As bolsas da Europa operam em alta comedida, ampliando ganhos de ontem, enquanto investidores monitoram balanços corporativos e comentários de dirigentes de grandes bancos centrais. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,21%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,58%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,89%, a US$ 85,83 o barril.
- O ouro avança 0,73%, a US$ 2.378,28 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 62,5 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:30 EUA: Pedidos de Seguro-Desemprego
- 09:30 EUA: Índice de Manufatura do Fed de Filadélfia
- 10:15 EUA: Discurso de Michelle Bowman, dirigente do Fed
- 10:15 EUA: Discurso de John Williams, dirigente do Fed
- 12:00 EUA: Discurso de Raphael Bostic, dirigente do Fed
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL
O Ibovespa não conseguiu sustentar recuperação ontem (17), estendendo a série negativa pela sexta sessão. O dia foi marcado por ajuste nos preços do petróleo, com o Brent em retração de 3%, abaixo de U$88 por barril. Assim, o índice recuou 0,17%, cotado em 124.171,15 pontos.
Os juros futuros fecharam o dia em alta nos vencimentos de curto e médio prazo, invertendo o sinal de baixa no meio do dia após declarações do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto (RCN), que limparam as apostas de corte de 0,5 p.p da Selic no Copom de maio. Os juros longos cederam, acompanhando o alívio do câmbio e da curva dos Treasuries. Nesse cenário, RCN admitiu que num cenário de manutenção de incertezas elevadas, o ritmo de queda da Selic pode ser alterado.
Após cinco pregões consecutivos de alta, o dólar à vista recuou 0,47% na sessão de ontem, cotado em R$5,2430. O enfraquecimento global da moeda americana e a queda dos Treasuries abriu espaço para um movimento na realização de lucros no mercado local.
MERCADOS NO EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em queda hoje, após resultado decepcionante da ASML deflagrar uma onda generalizada de vendas de ações do setor de chips semicondutores. A pressão amplificou a cautela causada pelas perspectivas de juros restritivos por mais tempo nos Estados Unidos, além das incertezas geopolíticas. Nesse cenário, o Dow Jones recuou 0,12%, o S&P caiu 0,58% e o Nasdaq fechou em baixa de 1,15%.
Os retornos dos Treasuries recuaram, pressionados por um leilão com demanda forte e pelo Livro Bege do Fed. Nesse cenário, o retorno do T-note de 2 anos caiu a 4,930%, enquanto o de 10 anos recuou a 4,584%.
O dólar se ajustou de ganhos recentes e se desvalorizou ante as principais moedas do mundo, em meio a incertezas sobre os planos de bancos centrais na Europa, que impulsionaram principalmente o euro e a libra. Assim, o índice DXY registrou queda de 0,29%, aos 105,951 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O IBC-Br de fevereiro registrou alta de 0,4%, resultado em linha com as expectativas do mercado. Dessa forma, o índice totaliza avanço de 2,34% no acumulado de 12 meses.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
Os estoques de petróleo dos Estados Unidos tiveram crescimento de 2,735 milhões de barris, a 459,993 milhões. O resultado veio muito acima da alta projetada pelo mercado, que previa aumento na dimensão de 600 mil barris. (Broadcast)
DISCURSOS DE DIRIGENTES DO FED
A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, voltou a destacar que os juros podem ficar inalterados por mais tempo nos Estados Unidos, caso o processo de desaceleração da inflação fique estagnado. Ela afirma, porém, que este não é o seu cenário base, embora a alta de preços seja “levemente mais alta do que o antecipado” neste início de ano. (Broadcast)
POLÍTICA NO BRASIL
A proposta do governo de afrouxar as metas fiscais de 2025 e 2026 não afastou a necessidade de buscar arrecadação extra para tentar cumprir os objetivos. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a equipe econômica já trabalha em novas medidas para aumentar a arrecadação e, com isso, perseguir as metas para as contas públicas. (G1)
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a PEC que concede um bônus na remuneração de magistrados, procuradores e promotores da ativa e aposentados, o chamado quinquênio. O texto agora segue para o plenário da Casa. A proposta estabelece o pagamento de um Adicional por Tempo de Serviço de 5% dos salários nas carreiras a cada cinco anos, podendo chegar até o máximo de 35% do teto constitucional. (Estadão)
Com a possibilidade de ser votado na próxima semana, o projeto de lei que restringe o Perse deve atender parcialmente o governo na redução do número de atividades econômicas beneficiadas, mas não no volume pretendido pela Fazenda. Até mesmo aliados do governo têm reconhecido que a redução de 44 para 12 CNAEs seria “drástica e injusta”. Sendo assim, o número de categorias contempladas com a isenção será fechado apenas no início da próxima semana. (Valor)
As tentativas de mudança na cúpula da Petrobras não contribuem para a estabilidade da empresa, na avaliação de Francisco Petros. Ele avalia que a troca de comando não é positiva e cria alerta de paralisia na empresa, além de exacerbar a volatilidade das ações. Além disso, Petros diz ser favorável à distribuição de 100% dos dividendos, tema que deve ser definido na assembleia do dia 25 de abril. (Valor)
PAINEL DE COTAÇÕES
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