Pesquisa Mensal dos Serviços e discursos de dirigentes do Fed são os destaques

Compartilhe o post:
NESTA MANHÃ
  • Hoje, a atenção do mercado se dá na divulgação da Pesquisa Mensal dos Serviços (Exp: 0,2%), que trará maiores atualizações sobre a atividade econômica, principalmente após a surpresa do dado de vendas no varejo ontem (11). No exterior, investidores aguardam os discursos de dirigentes do Fed
  • As bolsas na Ásia encerraram os negócios majoritariamente em baixa, com destaque para o Hang Seng, que recuou 2,18%, afetado por dados fracos de exportação da China. Além dele, o Xangai Composto registrou baixa de 0,49% enquanto o Nikkei, na contramão, subiu 0,21%.
  • Na Europa, as bolsas operam em alta, ensaiando recuperação do fraco desempenho de ontem (11) e com ganhos liderados por mineradoras, enquanto investidores digerem dados positivos do Reino Unido e da Alemanha e aguardam o início da temporada de balanços corporativos nos EUA. Nesse sentido, o Stoxx 600 registra alta de 1,01%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,53%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,14%, a US$ 89,84 o barril.
  • O ouro sobe 1,03%, a US$ 2.397,83 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 72,1 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00   Brasil: Crescimento do Setor de Serviços (Fev) | Expectativa: 0,2%
  • 15:30   EUA: Discurso de Raphael Bostic, membro do FOMC 
  • 16:30   EUA: Discurso de Mary Daly, Membro do FOMC 

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL

O Ibovespa descolou dos mercados americanos e cedeu 0,51%, aos 127.396,35 pontos, em dia de variações contidas para as ações e os setores de maior peso na B3. A exceção foi Eletrobras (ON -4,62%, PNB -4,40%), refletindo aumento da percepção de risco político e regulatório para a ex-estatal.

Após terem subido mais de 10 pontos-base pela manhã, os juros futuros desaceleraram o ritmo de alta à tarde, após o mercado digerir falas mais hawkish de dirigentes do Federal Reserve e a inesperada alta nas vendas do varejo no Brasil em fevereiro. A precificação da Selic terminal na curva continuou rondando os 10%. A taxa do contrato de DI para janeiro de 2025 estava em 10,080%, de 10,030% do pregão anterior, a do DI para janeiro de 2027 avançava a 10,53%, de 10,48% do último ajuste.

Apesar da perda de fôlego da moeda americana no exterior, o dólar não encontrou espaço para recuar no mercado doméstico de câmbio e encerrou em alta de 0,25%, cotada a R$ 5,0900 – maior valor de fechamento desde 9 de outubro (R$ 5,13). 

MERCADOS NO EXTERIOR

As bolsas de Nova York se recuperaram com destaque para as ações de tecnologia que empurraram o índice Nasdaq a novo recorde de fechamento, aos 16.442,20 pontos, subindo 1,68%. O S&P 500 teve ganhos de  0,74%, enquanto o índice Dow Jones caiu 0,01%. Investidores também se preparam para o início da temporada de balanços do primeiro trimestre, visto que hoje saem a divulgação de balanços de JPMorgan, Wells Fargo, BlackRock e Citigroup. 

Os rendimentos dos Treasuries subiram na ponta longa e, mais uma vez, alcançaram os maiores níveis desde novembro. Na ponta curta, por outro lado, o retorno da T-note de 2 anos chegou a tocar em 5%, mas depois caiu após dado de inflação ao produtor (PPI) aquém do esperado pela manhã. O juro da T-note de 2 anos caía a 4,941%; o da T-note de 10 anos subia a 4,571%; e o do T-bond de 30 anos subia a 4,661%.

O dólar resiliente acabou pesando contra o petróleo, que também acompanhou as notícias de que o Irã desistiu de um ataque a Israel por preocupações com um conflito regional. O índice DXY, que mede a moeda americana ante seis rivais fortes, subiu 0,04%, aos 105,282 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL

As vendas do comércio varejista subiram 1% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, divulgada pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado superou o teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 2,2% a alta de 0,3%, com mediana negativa de 1,3%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu deixar suas principais taxas de juros inalteradas pela quinta vez consecutiva, após concluir reunião de política monetária desta quinta-feira (11). Desta forma, a taxa de refinanciamento do BCE permanece em 4,50%, a de depósitos, em 4%, e a de empréstimos, em 4,75%. A decisão veio em linha com a expectativa de analistas.  Em comunicado, o BCE reafirmou que os juros ficarão em “níveis restritivos pelo período que for necessário”, mas também ressaltou que será “apropriado reduzir o aperto monetário” se houver maior confiança de que a inflação na zona do euro está convergindo para a meta oficial de 2% “de forma sustentada”.

Durante entrevista coletiva, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou ontem (11) que os dirigentes não pretendem esperar que todos os componentes da inflação cheguem à meta de 2%, antes de decidir por corte de juros.  Lagarde afirmou que o declínio da inflação “não será linear”, mas recordou que o cenário-base continua a ser de que a inflação irá à meta de 2% em meados de 2025. Segundo ela, o BCE está bastante atento à questão da produtividade, à evolução dos salários e na trajetória dos lucros corporativos.

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos teve queda de 11 mil na semana encerrada em 6 de abril, a 211 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam 218 mil solicitações.

O índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos avançou 0,2% em março, na comparação com fevereiro, informou o Departamento do Trabalho. Analistas ouvidos pela FactSet previam alta um pouco maior, de 0,3%. Na comparação anual, houve alta de 2,1% em março, quando se esperava avanço de 2,2%.  Já no núcleo do PPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, houve alta de 0,2% em março ante fevereiro, como esperado. Na comparação anual, o núcleo do PPI subiu 2,4%, quando se esperava alta de 2,3%.

POLÍTICA NO BRASIL

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, disse ontem que o governo está estudando um reajuste salarial para os servidores acima de 19% até 2026. No momento, a prioridade são os técnicos de instituições federais, que mobilizam greves pelas universidades no país. A proposta inicial do governo começou com um reajuste de 9% dado em 2023 e a previsão de mais dois, em 2025 e 2026, que somaria algo próximo a 19% até o fim do governo Lula, mas não foi aceita. (O Globo)

De acordo com o ministro dos Transportes, Renan Filho, o governo federal deverá lançar neste semestre um plano nacional de ferrovias de cerca de R$20 bilhões. Os recursos virão principalmente das renegociações com as operadoras ferroviárias Vale, Rumo e MRS, pelas renovações antecipadas firmadas pelas empresas no governo passado. (Valor)

O governo vai usar a estatal Emgea (Empresa Gestora de Ativos) para aumentar o crédito imobiliário. O Tesouro fará aporte de R$10 bilhões na empresa para compra de carteiras de financiamento imobiliário dos bancos. Além disso, o governo quer reduzir o compulsório da caderneta de poupança, que é o dinheiro que precisa ficar depositado no Banco Central sem poder ser usado pelas instituições financeiras. A proposta é destinar o recurso liberado para o financiamento de moradia.  (O Globo)

O presidente da Cãmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), elevou o tom das críticas contra o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), e afirmou que o petista é seu “desafeto pessoal” e “incompetente”. As declarações foram dadas à imprensa em um evento do agronegócio do Paraná, um dia após o plenário da Câmara ter aprovado a manutenção da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. (Folha)

PAINEL DE COTAÇÕES

As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama. 
Compartilhe o post:

Posts Similares