Dividendos de Petrobras decepciona e deve pesar no Ibovespa em dia de payroll nos EUA
NESTA MANHÃ
- A surpresa negativa com o balanço da Petrobras deve pesar sobre o mercado brasileiro nesta sexta-feira. O ADR da estatal caía quase 10% no pré-mercado em NY. Às 10:30, com a divulgação do payroll, o retrato do mercado de trabalho nos Estados Unidos em fevereiro será conhecido. Também é esperado discurso do presidente do Fed de Nova York, John Williams. Já na parte da noite, saem os índices de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) da China
- As bolsas da Ásia fecharam em alta generalizada nesta sexta-feira, após Wall Street reagir com ganhos ontem a novas indicações de que os EUA estão mais próximos de cortar seus juros básicos.
- As bolsas europeias operam sem direção única e perto da estabilidade com o índice Stoxx Europe 600 avança 0,17%.
- Os índices futuros das bolsas de Nova York operam sem direção única e perto da estabilidade, após Wall Street acumular ganhos nos dois últimos pregões e hoje ter divulgação do payroll.
- O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,07%.
- Os contratos futuros do Brent recuam 0,26%, a US$ 82,07 o barril.
- O ouro avança 0,26%, a US$ 2.167,85 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 68,86mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 EUA: Discurso de John Williams, membro do FOMC
- 10:30 EUA: Payroll
- 22:30 China: Índice de preços ao consumidor e ao produtor (IPC e IPP)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Na contramão do exterior, o Ibovespa cedeu ontem 0,43%, aos 128.339,76 pontos. O resultado negativo foi influenciado por empresas relevantes para a composição do índice como Petrobras e bancos.
Os juros futuros seguiram com oscilações contidas, com o mercado relativizando a agenda carregada do dia e em compasso de espera pelo relatório de emprego nos Estados Unidos hoje. No fechamento, as taxas exibiam viés de alta, alinhadas ao sinal dos rendimentos dos Treasuries longos
O dólar perdeu força em relação ao real pela segunda sessão seguida, mais uma vez seguindo a tendência global de enfraquecimento da moeda americana. Ao fim do dia, o dólar recuou 0,22% sendo negociado aos R$ 4,9340.
EXTERIOR
Os setores de tecnologia e serviços de comunicação puxaram a alta nas bolsas de Nova York. Investidores também avaliavam declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, que disse em comitê do Senado que não estava distante a confiança suficiente sobre o rumo da inflação para permitir cortes de juros. Assim, ao fim do dia, o Dow Jones teve alta de 0,34%, o Nasdaq registrou ganhos de 1,51% e batendo recorde de fechamento, o S&P 500 avançou 1,03%
Entre os Treasuries, os retornos mostraram certa volatilidade, em meio a declarações de Powell. O presidente do Fed não fugiu ao tom recente, ao dizer que não estaria longe o grau de confiança na inflação para permitir corte de juros, mas sem se comprometer com datas mais específicas. O juro da T-note de 2 anos caía a 4,509%, o da T-note de 10 anos cedia a 4,091% e o do T-bond de 30 anos subia a 4,248%.
No câmbio, o dólar perdeu fôlego e o euro foi apoiado pela postura do BCE, após Lagarde dizer que apenas em junho haverá mais dados disponíveis para se avaliar o quadro justifica corte de juros. O índice DXY fechou em baixa de 0,52%, aos 102,823 pontos.
O ouro para abril avançou 0,32% na Comex, a US$ 2165,20 a onça-troy, fechando em máxima histórica pelo segundo dia consecutivo.
RESULTADOS CORPORATIVOS
A Petrobras divulgou resultado ontem (07) e registrou lucro líquido de R$ 124,60 bilhões em 2023, 33,8% abaixo do apurado em 2022. A receita líquida recuou 20,2% no ano passado, na comparação com 2022, para R$ 511,99 bilhões, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado caiu 23% em bases anuais, para R$ 262,23 bilhões. A petroleira também confirmou temores de investidores de que não pagaria dividendos extraordinários relativos ao quarto trimestre. A companhia anunciou a distribuição de dividendos ordinários de R$ 14,2 bilhões, dentro da fórmula que estabelece o equivalente a 45% do fluxo de caixa livre. Os dividendos correspondem a R$ 1,09894844 por ação preferencial e ordinária e serão pagos em duas parcelas, em maio e junho. (Valor)
INDICADORES ECONÔMICOS BRASIL
O setor público consolidado, formado por União, Estados, municípios e estatais, registrou superavit primário de R$ 102,1 bilhões em janeiro de 2024. Esse foi o maior saldo positivo mensal em valores nominais nas contas públicas da série histórica, iniciada em 2001. (BC)
O diretor de política econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou em evento ontem (07) que quando o nível das expectativas de inflação futura permanecem desancoradas por um tempo significativo, “isso vai criando um farol apontando para o lado errado”. Conforme o dirigente, esse farol invertido “vai se perpetuando em reindexação de salários e impacta a definição de preços”. (Valor)
INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, reiterou ontem a visão de que, se a economia dos Estados Unidos evoluir conforme o previsto, a autoridade monetária poderá relaxar a política monetária em algum momento em 2024. Em audiência no Senado americano, Powell disse considerar “positivo” e “surpreendente” que a inflação tenha caído sem um dano significativo à atividade – um fenômeno conhecido no mercado como “pouso suave”. (Broadcast)
O Banco Central Europeu (BCE) divulgou decisão monetária que manteve a taxa principal para operações de refinanciamento em 4,5% nesta quinta-feira (07). Da mesma forma, a taxa de empréstimo marginal e a taxa de depósito permanecerão inalteradas em 4,75% e 4,00%, respectivamente. Com isso, o BCE mantém os seus juros em patamares recordes pela quinta reunião consecutiva. Nas projeções para inflação mais recentes elaboradas por especialistas do BCE, o índice de preços deve ficar em 2,3% em 2024, 2,0% em 2025 e 1,9% em 2026.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde sinalizou nesta quinta-feira (07) que o início da redução dos juros da zona do euro poderá começar em junho. Ao reiterar que o BCE vai seguir dependente de dados, Lagarde disse que o volume de informações que estarão disponíveis até abril não será suficiente para tomar uma decisão sobre cortes. Contudo, existe um “amplo consenso que teremos muito mais informações para sermos mais confiantes até junho”. (Valor)
Os pedidos iniciais por seguro-desemprego da semana passada nos Estados Unidos chegaram a 217 mil, o mesmo patamar do dado revisado anterior, segundo divulgou o Departamento de Trabalho ontem (07). O resultado ficou levemente acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam 216 mil solicitações.
POLÍTICA NO BRASIL
Dezenove comissões permanentes da Câmara dos Deputados elegeram nesta quarta-feira (06) seus novos presidentes, para mandato de um ano. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, emplacou nomes na presidência de comissões estratégicas. Foram eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG) na de Educação; Caroline de Toni (PL-SC) na CCJ (Constituição e Justiça); Pastor Eurico (PL-PE) na de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; e Alberto Fraga (PL-DF) na de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. As comissões são distribuídas de acordo com o tamanho das bancadas, e como o PL elegeu 99 deputados nas eleições de 2022 essa vantagem já era esperada. (Agência Câmara de Notícias / Folha)
Pesquisa da AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira (07) mostra que a opinião dos brasileiros sobre o desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está dividida: 47% dizem aprovar seu trabalho, enquanto 46% declaram desaprovar. Os percentuais empatam dentro da margem de erro do levantamento, de 2 pontos percentuais. (Poder360)
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