Estratégia Moderada – Fevereiro 2024

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Estratégia Moderada – Fevereiro 2024

O mês de janeiro foi marcado, sobretudo, por uma correção dos preços após o rali de fim de ano. No Brasil, com o Congresso em recesso, a pauta política foi guiada pelo embate entre o executivo e o legislativo em torno da MP 1.202/2023, que trata da reoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia. Além disso, houve a sanção da Lei Orçamentária de 2024 com veto ao valor disponibilizado para as emendas de comissão, gerando um desconforto entre os dois poderes. Por fim, pesou sobre o mercado a divulgação da “Nova Indústria Brasil (NIB)”, um plano de industrialização do governo federal com o intuito de injetar R$300 bilhões até 2026 via crédito e subvenções, majoritariamente. Investidores se incomodaram com a sinalização, que trouxe lembranças do fracassado Programa de Sustentação do Investimento (PSI), mas interlocutores do governo indicam que, diferente do PSI, este não contará com desembolsos do Tesouro Nacional. Isso, somado à falta de avanços na agenda econômica do governo, contribuiu para um clima menos favorável em relação ao observado em dezembro de 2023. Com o desconforto político no radar, e com um mercado externo também com os juros futuros subindo, as curvas de DI abriram cerca de 35 bps nos vértices mais longos. 

No exterior, com a economia americana dando sinais mais fortes de resiliência, o mercado reprecificou o começo dos cortes de juros dos Treasuries para a terceira reunião do ano, em maio, anteriormente esperado para março. Ainda tratando do orçamento americano, o legislativo aprovou mais um projeto de lei que estende o prazo para entrega do documento, desta vez até março de 2024, dando mais fôlego para as negociações. Além disso, este mês deu-se início à disputa das primárias, onde são escolhidos os candidatos que representaram cada partido na corrida pela presidência dos Estados Unidos. Ao que tudo indica, o embate se dará entre o incumbente, Joe Biden, pelo partido Democrata, e o ex-presidente Donald Trump, pelo Republicano. Somado a isso, discursos mais duros de dirigentes do Fed contribuíram para alta no rendimento dos Treasuries de 10 anos em mais de 15 pontos base, ultrapassando novamente o patamar dos 4,0%. Por fim, seguimos acompanhando o conflito no Oriente Médio, que pode aumentar a volatilidade dos mercados diante da possibilidade da entrada efetiva dos Estados Unidos, após a morte de três soldados americanos em uma base na Jordânia.

No mercado americano, que contou com a divulgação dos resultados corporativos, os índices apresentam desempenho positivo próximo a 3%. Na contração do quadro internacional, o Ibovespa recua cerca de 5,1% no mês, resultado da realização dos lucros após o rali de fim de ano. Em relação ao câmbio, o real desvaloriza 1,9% em relação ao dólar.

Para fevereiro, é esperado o retorno do recesso parlamentar na primeira semana, dando continuidade à agenda pausada no final de dezembro. A mensagem passada tanto pelo Banco Central americano quanto pelo brasileiro na Super-quarta, que acontece no último dia útil de janeiro, também guiará os negócios ao longo do mês de fevereiro. Na geopolítica, a tensão no Oriente Médio retorna ao rol de pautas acompanhadas de perto pelo mercado. Além disso, a temporada de divulgação de resultados corporativos das empresas brasileiras, que tem início no dia 31 de janeiro, também deve fazer preço para as ações da bolsa.

É válido lembrar que fevereiro é um mês mais curto e também tem o feriado de Carnaval, diminuindo ainda mais a quantidade de dias úteis. Desse modo, o CDI do mês será menor que a média dos outros meses do ano, o que impacta pontualmente os retornos dos títulos e fundos atrelados a esse indexador.

Na estratégia moderada, mantivemos os percentuais inalterados para fevereiro. Entendemos que não houve mudanças relevantes no balanço de riscos, de modo que as alocações buscam aproveitar as oportunidades do momento. Ressaltamos que ainda existem incertezas no quadro atual, o que gera volatilidade, reforçando a necessidade de adequação ao seu perfil de investimento.

Este material de divulgação foi elaborado pela Órama DTVM S.A.. A estratégia cima divulgada foi elaborada de acordo com o momento econômico e de mercado, congregando métricas de diversos tipos de risco, como aqueles calculados por prazo, modalidade de investimento, dentre outros, que podem mudar de tempos em tempos, inclusive a exclusivo critério da Órama. A estratégia disponibilizada não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira, assunção de riscos ou necessidades pessoais de um tipo de investidor em específico e não deve ser considerada para estes fins. Recomendamos o preenchimento do seu perfil de investidor antes da realização de investimentos, bem como que entre em contato com seu assessor para orientação com base em suas características e objetivos pessoais. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao valor total do capital investido. O resultado da estratégia pode ser diferente e variar de acordo com os ativos alocados pelo investidor. RENTABILIDADE PASSADA NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURA. AS RENTABILIDADES DIVULGADAS NÃO SÃO LÍQUIDAS DE IMPOSTOS E TAXAS DE ENTRADA, DE SAÍDA OU DE OUTRAS TAXAS, QUANDO APLICÁVEL. FUNDOS DE INVESTIMENTO NÃO CONTA COM GARANTIA DO ADMINISTRADOR, DO GESTOR, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS – FGC. Leia a lâmina de Informações essenciais dos fundos, se houver, e o regulamento antes de investir, bem como informações sobre quaisquer outros produtos, quando for o caso, no site www.orama. com.br. Este material tem propósito meramente informativo. A Órama não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações aqui divulgadas. As informações deste material estão atualizadas até 30/01/2024.
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