Sanção da Lei Orçamentária de 2024 e discussões sobre a reoneração da folha de salários são os destaques do dia

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, na agenda econômica, investidores se concentram na divulgação do Boletim Focus. Em relação à política, o mercado acompanha o andamento das discussões em torno da Medida Provisória que trata da reoneração da folha de salários e a sanção da Lei Orçamentária Anual de 2024
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, com fortes quedas na China após a manutenção dos principais juros locais e nova máxima em quase 34 anos em Tóquio, antes da decisão de política monetária do Banco do Japão. Desta forma, o Xangai Composto recuou 2,68%, o Hang Seng caiu 2,27%, enquanto o Nikkei subiu 1,62%.
  • As bolsas europeias operam em alta, sustentadas por recentes ventos favoráveis de Wall Street, enquanto investidores aguardam a decisão de juros do Banco Central Europeu. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,52%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,13%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,15%, a US$ 78,20 o barril.
  • O ouro recua 0,38%, a US$ 2.021,88 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 41,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus 
  • 11:00 Europa: Discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu
  • 22:00 Brasil: Entrevista de Fernando Haddad no Roda Viva

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Pela terceira semana consecutiva, o Ibovespa acumulou perdas. Desta vez, o recuo foi de 2,56%. Na sexta, no entanto, o índice evitou o negativo diante da acentuação de ganhos em Nova York. Assim, fechou com alta de 0,25%, cotado em 127.635,65 pontos. 

Os juros futuros tiveram um dia de ajustes pontuais em relação à quinta-feira (18), frente à forte reprecificação nos Treasuries em relação ao ciclo de queda dos juros nos Estados Unidos. Na sexta (19), o monitoramento do CME Group que mostra a curva futura de juros americana deixou de precificar majoritariamente a queda dos juros em março, com a hipótese de maio prevalecendo agora. 

Após uma manhã marcada por trocas de sinais, o dólar à vista operou em baixa moderada de 0,10%, cotado em R$4,9270, em meio ao recuo da moeda americana no exterior e as máximas das bolsas em Nova York. Operadores atribuem o recuo do dólar a uma pausa natural para ajuste de posições e realização de lucro.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta firme, diante de uma escalada das ações de tecnologia que ajudou a impulsionar tanto o S&P 500 (+1,23%) quanto o Dow Jones (+1,05%) à maior pontuação da história e o Nasdaq (+1,70%) ao maior nível em dois anos.

As taxas dos Treasuries operaram em alta nos vencimentos mais curtos, em uma continuidade do forte movimento de ajuste dos rendimentos projetados nos papéis diante dos dados mistos e mensagens de autoridades monetárias que esvaziaram a aposta de corte da taxa de juros pelo Fed em março. 

O dólar caiu frente a outras moedas, com impulso apenas pontual de alguns indicadores dos Estados Unidos. À tarde, a divisa ficou mais pressionada em meio a um movimento de ajuste nas apostas do mercado para a trajetória de política monetária do Fed.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) subiu 0,01% em novembro na comparação mensal, em linha com o esperado (0,0%) pelo mercado, que oscilava entre -0,7% e +0,6%.Na comparação com o mesmo período de 2022, a atividade econômica registrou alta de 2,19%, ante expectativa de +1,95%. Para saber mais, leia o nosso relatório completo aqui.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

A venda de casas existentes caiu 1,0% para uma taxa anual sazonalmente ajustada de 3,78 milhões de unidades, o nível mais baixo desde agosto de 2010. A leitura veio abaixo da expectativa do mercado, que previa estabilidade para o indicador.

O Índice de Confiança do Consumidor divulgado pela Universidade de Michigan atingiu o maior nível desde julho/2021. O indicador subiu 9,1 pontos de dezembro para janeiro. Em relação aos dois últimos meses, a confiança teve a maior alta desde 1991. 

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Lula irá sancionar a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 hoje (22). Um veto parcial, até então dado como certo por interlocutores do governo, será nas emendas de comissão, turbinadas pelo Congresso no fim de 2023. Dos R$16,6 bilhões destinados para essa modalidade, o Executivo pode tirar até R$5,5 bilhões. (O Globo)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que vai insistir na reoneração dos 17 setores intensivos em mão de obra e evitou comentar a declaração do presidente do Senado que afirmou que o governo federal se comprometeu a revogar a MP e editá-la para retirar esse tema. (Valor)

Especialistas em contas públicas estimam que a despesa para benefícios previdenciários pode estar subestimada em até R$20 bilhões, segundo cálculos preliminares. O Congresso reduziu ainda mais a despesa prevista ao aprovar o Orçamento deste ano, rubrica que já era apontada como subestimada na proposta enviada pelo Governo ao Parlamento. (Valor)

Uma nova política industrial será apresentada hoje ao presidente Lula pelo vice, Geraldo Alckmin (PSB). O plano do governo para impulsionar a indústria do país nos próximos 10 anos coloca o poder público como indutor do desenvolvimento, com o uso de linhas de crédito, subsídios e fomento de empresas nacionais. (Folha)

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