Lira e Haddad se reúnem hoje para tratar da MP 1.202, que reonera a folha de salários
NESTA MANHÃ
- Hoje o mercado se concentra nos indicadores econômicos do exterior, diante da agenda doméstica vazia. Os destaques do dia são o relatório de pedidos de seguro-desemprego e o índice de manufatura do Fed de Filadélfia. No espectro político, Haddad e Lira se reúnem hoje para tratar da MP 1.202, que reonera a folha de salários.
- As bolsas na Ásia fecharam em alta, numa recuperação parcial das fortes perdas de ontem, em meio ao bom desempenho de ações de tecnologia. O Xangai Composto subiu 0,43%, o Hang Seng avançou 0,75% e o Nikkei, no entanto, registrou baixa de 0,03%.
- As bolsas europeias operam sem direção única, enquanto investidores aguardam novos sinais da trajetória dos juros na zona do euro. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,11%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam abertura mista do pregão.
- O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,08%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,45%, a US$ 77,84 o barril.
- O ouro avança 0,25%, a US$ 2.011,45 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 42,9 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:30 EUA: Discurso de Raphael Bostic, dirigente do Fed
- 10:30 EUA: Licenças para Construção (Dez)
- 10:30 EUA: Pedidos de Seguro-Desemprego
- 10:30 EUA: Índice de Manufatura do Fed de Filadélfia (Jan)
- 12:15 Europa: Discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
A reprecificação da chance de corte de juros nos Estados Unidos ainda no primeiro trimestre, que tem afetado o apetite por risco em todo o mundo, continuou a afetar a bolsa. O Ibovespa fechou em baixa de 0,60%, após o mergulho de 1,69% no dia anterior, cotado em 128.523,83 pontos.
Os juros fecharam próximos dos ajustes, mas com viés de baixa ao longo de toda a curva. Sem fundamentos expressivos, o dia foi marcado por ajustes técnicos após a forte alta de anteontem (16).
O dólar à vista emendou a terceira sessão seguida de alta no mercado doméstico de câmbio, acompanhando a onda de fortalecimento da moeda americana no exterior e o avanço das taxas dos Treasuries. Assim, a moeda americana fechou em alta de 0,09%, aos R$4,9300.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em queda, sob firme pressão dos Treasuries após dados de varejo nos Estados Unidos acentuar a reprecificação da curva futura deflagrada por sinalizações do dirigente do Fed Christopher Waller anteontem (16). Desse modo, Dow Jones fechou em queda de 0,25%, o S&P caiu 0,56% e o Nasdaq recuou 0,59%.
Os rendimentos dos Treasuries subiram, após o mercado reduzir a aposta em início do corte da taxa de juros pelo Fed na esteira do desempenho acima do esperado das vendas do varejo nos EUA em dezembro.
O dólar não mostrou grande fôlego frente a outras moedas principais, com investidores atentos a indicadores, e também às perspectivas na política monetária. O índice DXY fechou em alta 0,09%, aos 103,450 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
As vendas no varejo restrito subiram 0,1% em novembro na comparação mensal. O resultado veio em linha com o esperado. Na comparação com o mesmo período de 2022 houve expansão de 2,2%, enquanto a projeção apontava para alta de 2,1%. Já as vendas no varejo ampliado (PMC-A), subiram 1,3% no mês, acima da mediana das estimativas (0,3%). Na comparação com novembro de 2022, o índice registrou expansão de 4,3%, também maior que a da mediana (2,5%) e acima do teto (4,0%). Para saber mais leia o relatório completo aqui.
O IGP-10 variou 0,42% em janeiro, abaixo dos 0,62% registrados em dezembro. Com esse resultado, o índice acumula queda de 3,20% nos últimos 12 meses.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
As vendas no varejo americano subiram 0,6% em dezembro, na variação mensal. O resultado veio mais forte do que o consenso de 0,4% existente no mercado. Na comparação anual, o varejo cresceu 5,6%.
A produção industrial americana variou +0,1% em dezembro, na variação mensal. O resultado veio acima do consenso, que projetava estabilidade (0,0%) para o período. Na comparação anual, o número registrou alta de 1,0%.
POLÍTICA NO BRASIL
O plenário do TCU alertou que o governo Lula pode ter superestimado receitas no Orçamento de 2024 e vê risco de que frustração dessas expectativas leve a um déficit de até R$55,3 bilhões. Se confirmado o resultado, significará o descumprimento da meta fiscal estipulada para 2024. (Folha)
O governo Lula já discute um modelo próprio de reforma administrativa. A ideia é evitar que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), leve adiante o modelo proposto durante o governo Jair Bolsonaro. Algumas propostas do governo são: troca do controle de ponto por produtividade, concurso nacional unificado para escolha de servidores, progressão mais lenta de carreiras e salários iniciais menores. (O Globo)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se hoje (18) com o presidente da Câmara dos Deputados para tratar da medida provisória que reonera a folha de pagamento. A proposta tem sido alvo de intensas negociações nos últimos dias. (Valor)
O presidente Lula viaja amanhã (19) ao Nordeste, onde cumpre uma série de agendas na Bahia, Pernambuco e Ceará, incluindo a presença na retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima. A ofensiva visa tentar recuperar sua popularidade por conta das eleições municipais no fim do ano. (Valor)
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