Setor de Serviços – Novembro 2023
O setor de serviços subiu 0,4% em novembro na comparação mensal, de acordo com a Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE. A leitura veio abaixo da mediana do mercado (0,5%), que oscilava entre -0,3% e 1,6%.
Na comparação com novembro de 2022, houve recuo de 0,3% no volume de serviços prestados, abaixo das expectativas (-0,2%), que tinham piso de -1,4% e teto de +1,6%. Enquanto, no acumulado de 12 meses, foi registrada alta de 3,0%.
Com o resultado, os serviços operam 10,8% acima do nível pré-pandêmico (fevereiro de 2020), contudo 2,6% abaixo do pico, em dezembro de 2022. O índice de difusão, que mostra o percentual de serviços com crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior, passou de 54,8% em outubro para 48,2% em novembro.
Dentre as atividades investigadas na pesquisa, duas das cinco apresentaram recuo na comparação mensal. Os Transportes recuaram 1,0%, enquanto os Serviços de informação e comunicação caíram 0,1%. Do lado positivo, Outros serviços (3,6%), Serviços prestados às famílias (2,2%) e Serviços profissionais, administrativos e complementares (1,0%) apresentaram crescimento na margem.
Já na comparação com o mesmo mês em 2022, apenas duas das cinco atividades também registraram queda. As altas vieram de: Serviços prestados às famílias (5,4%), Serviços profissionais (4,4%) e Outros serviços (3,3%). Na outra ponta, Transportes (-3,7%) e Serviços de informação e comunicação (-0,4%).
O desvio em relação às expectativas se deu por um recuo mais forte que o esperado nos Transportes e no segmento de Informação e Comunicação, que surpreenderam negativamente. No que diz respeito aos Serviços prestados às famílias, ainda que tenha sido beneficiado pelos shows realizados no Rio e em São Paulo em novembro, não vemos uma trajetória definida, com o grupo apresentando bastante volatilidade nos últimos meses. De todo modo, o resultado mais fraco reforça nosso cenário de desaceleração ao longo do ano, impactado pelo alto nível da taxa de juros.
Para o PIB, mantemos nossa projeção de alta de 3,0% em 2023, com queda de 0,2% no quarto trimestre.
Eduarda Schmidt – Economista
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