Relatório JOLTs leva as taxas dos Treasuries de 10 e 30 anos às mínimas em 3 meses.

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NESTA MANHÃ
  • Hoje os destaques do dia são a divulgação do resultado primário consolidado de outubro e o relatório de empregos ADP nos Estados Unidos, que trará atualizações sobre o mercado de trabalho americano. 
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única. Em Xangai, o quadro foi de perdas contidas, um dia após a Moody’s alterar a perspectiva do rating chinês, enquanto em Tóquio houve avanço com investidores em busca de barganhas após as perdas recentes da bolsa. Assim, o Xangai Composto fechou em queda de 0,11%, o Hang Seng avançou 0,83%, e o Nikkei subiu 2,04%. 
  • As bolsas da Europa avançam, embora em alguns casos bem próximas da estabilidade. Indicadores são avaliados, após mais cedo ser publicado sinal fraco da indústria da Alemanha, com expectativa pelas vendas no varejo da Zona do Euro. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,19%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,17%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,08%, a US$77,11 o barril.
  • O ouro avança 0,17%, a US$2.022,74 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$44,1 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:30 Brasil: Resultado Primário Consolidado (Out)
  • 09:00 Brasil: IGP-DI (Nov)
  • 10:15 EUA: Relatório de Emprego ADP (Nov)
  • 10:30 EUA: Balança Comercial (Out)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Em dia de divulgação do PIB um pouco acima do esperado, mas confirmando a tendência de desaceleração da economia brasileira, o Ibovespa subiu 0,08%, aos 126.903,25 pontos. Desde a manhã, o mau desempenho do setor de commodities limitou o potencial de alta do índice na sessão, com os participantes do mercado reavaliando o cenário de demanda para matérias-primas, em meio à persistência de sinais de desaceleração econômica global, principalmente na China. 

Os juros futuros fecharam com alta moderada nos vencimentos de curto e médio prazos, enquanto os longos ficaram estáveis. O resultado do PIB acima do consenso reforçou a ideia de que o ritmo de corte da Selic será de 0,5 p.p nas próximas reuniões, o que pressionou as taxas nos horizontes mais próximos ao desestimularem a percepção na aceleração do ritmo de queda. 

O dólar fechou em baixa de 0,46%, aos R$4,9260. Operadores observam que o real se beneficiou da baixa dos Treasuries e do enfraquecimento da moeda americana em relação a outras divisas emergentes latino-americanas.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único, em dia de volatilidade, com certo impulso de dados mais fracos do mercado de trabalho americano e da desaceleração dos rendimentos dos Treasuries, mas com pressão do setor de energia. Assim, o Dow Jones fechou em queda de 0,22%, o S&P recuou 0,06% e o Nasdaq subiu 0,31%. 

Os juros dos Treasuries recuaram aos níveis mínimos em três meses. depois que o relatório JOLTs sugeriu arrefecimento do mercado de trabalho e reforçou a aposta por um relaxamento monetário agressivo do Fed no ano que vem. 

O dólar se fortaleceu ante os principais pares do globo, em contínua recuperação após um novembro de fortes perdas. No dia, sinais de que o Banco Central Europeu cortará juros fortemente no ano que vem penalizaram o euro e se sobrepuseram às apostas por relaxamento do Fed. Assim, o Índice DXY fechou em alta de 0,33%, aos 104,050 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O PIB do 3º trimestre de 2023 avançou 0,1% na comparação com o segundo trimestre de 2023, acima da projeção da Órama (-0,2%) e do mercado (-0,2%). Em relação ao mesmo período de 2022, o crescimento foi de 2,0%, também mais forte que o esperado (1,8%). O desvio em relação às expectativas se deve a um melhor desempenho da Agropecuária (-3,3% e exp. -11,2%), após surpresas positivas no primeiro e segundo trimestre do ano. A leitura do PIB do terceiro trimestre mostra a perda da força da atividade, indicando estagnação. Assim, para o ano mantemos nossa projeção de 3,0%. Para 2024, esperamos alta de 1,6%. Para saber mais, leia o relatório completo aqui

Em outubro, o saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro expandiu 0,9% no mês. De acordo com o Banco Central, o principal fator desse avanço foram os títulos de dívida (+1,3%), bem como a dívida externa (+0,6%). Assim, em 12 meses, o crédito ampliado cresceu 7,7%. Em relação ao crédito ampliado às famílias, este expandiu 0,8% no mês, totalizando 9,6% no período acumulado de 12 meses. 

O PMI de Serviços do Brasil subiu de 51 pontos para 51,2 pontos. De acordo com o relatório, a taxa de crescimento do setor foi moderada como um todo, embora a mais acelerada desde junho. Além disso, de acordo com os participantes da pesquisa, a resiliência da demanda e as conquistas de novos negócios impulsionaram o aumento.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O número de vagas em aberto caiu de 9,35 milhões de vagas em setembro, para 8,73 milhões em outubro, de acordo com o relatório JOLTs. O resultado veio abaixo da expectativa de 9,3 milhões de analistas do mercado. 

O PMI de Serviços divulgado pela S&P Global indicou alta de 50,6 pontos em outubro para 50,8 pontos em novembro. De acordo com o relatório, os dados sinalizaram uma expansão mais rápida da produção desde julho. Além disso, a maior parte da atividade esteve relacionada a uma procura mais forte dos clientes e a um aumento de novas encomendas. 

O PMI de Serviços divulgado pelo ISM, mostrou alta de 51,8 pontos em outubro para 52,7 pontos em novembro. O dado veio acima dos 52,4 pontos esperados pelo mercado. De acordo com o relatório, o mês de novembro marcou o 11° mês consecutivo de expansão da atividade do setor de serviços americano.

POLÍTICA NO BRASIL

O Ministério da Fazenda chegou a um acordo com parte do setor empresarial para restringir o tipo de ativo que poderá ser contabilizado como Juros sobre Capital Próprio (JCP). O texto deve ser incorporado à medida provisória das subvenções a investimentos e pode ser aprovado na próxima semana. O acordo envolveu desistência de grande parte das propostas da Fazenda para pôr fim ou limitar o mecanismo. (Valor)

O Senado Federal adiou pela 2° vez a votação do PL da taxação das apostas esportivas. O pedido foi feito durante a sessão por senadores que afirmaram que o baixo quórum impedia a discussão ampla da proposta. Assim, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, acatou a solicitação e anunciou a votação do projeto para o dia 12 de dezembro.  (Poder360)

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