Mercado aguarda divulgação da prévia do PIB americano
NESTA MANHÃ
- A agenda doméstica do dia conta com a divulgação do IGP-M e do índice de preços ao produtor pela manhã. Já no exterior, investidores aguardam a prévia do PIB do 3° trimestre dos EUA e o PMI de manufatura da China, no fim do dia.
- As bolsas na Ásia fecharam o pregão majoritariamente em queda. O Xangai Composto caiu 0,55%, diante de preocupações em relação ao setor imobiliário. O Hang Seng recuou 2,08%, com pressão negativa sobre as ações de tecnologia. Por fim, o Nikkei registrou queda de 0,26%, impactado pelo desempenho mais fraco das ações de exportadoras japonesas diante do fortalecimento do iene.
- Os mercados acionários da Europa exibem sinal, em geral, positivo. Para o dia, há a expectativa por indicadores na região, entre eles o índice de preços ao consumidor da Alemanha. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,57%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,30%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 1,15%, a US$ 82,41 o barril.
- O ouro recua 0,21%, a US$ 2.037,25 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 38,6 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: IGP-M (Nov)
- 09:00 Brasil: Índice de Preços ao Produtor – PPI (Nov)
- 10:30 EUA: Prévia do PIB do 3° trimestre
- 12:05 Reino Unido: Discurso de Andrew Bailey, presidente do Andrew Bailey
- 15:45 EUA: Discurso de Loretta Mester, dirigente do Fed
- 22:30 China: PMI de Manufatura (Nov)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa fechou em alta de 0,64%, aos 126.538,32 pontos, maior nível desde 16 de julho de 2021. O dia foi positivo diante do resultado forte do Caged e da composição benigna do IPCA-15.
Os juros futuros fecharam com viés de alta nos vencimentos de curto e médio prazo, ficando estáveis no longo. Parte do viés de alta se deu pelo IPCA-15 acima das expectativas, ainda que tenha tido uma composição favorável.
O dólar à vista fechou o dia com queda de 0,57%, aos R$4,8720. O movimento acompanhou a onda de enfraquecimento da moeda americana no exterior, em especial na comparação com divisas de exportadores de commodities, em dia de avanço superior a 2% nos preços do petróleo. Além disso, as taxas dos Treasuries despencaram após o discurso de um dirigente do Fed.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, em uma sessão na qual foram impulsionadas por perspectivas de relaxamento no aperto monetário pelo Fed. Nesse sentido, o Dow Jones encerrou o dia em alta de 0,24%, o S&P subiu 0,10% e o Nasdaq avançou 0,29%.
Os rendimentos dos Treasuries encerraram o pregão com viés de baixa, com o da T-Note de 2 anos em níveis mínimos desde julho. O movimento foi intensificado após o discurso de Christopher Waller, dirigente do Fed, sugerir que a política monetária está em posição para baixar a inflação.
O dólar se depreciou ante pares fortes, diante de perspectivas de juros menos restritivos nos Estados Unidos após falas de dirigentes do Fed. Enquanto isso, discursos mais cautelosos de banqueiros centrais do Reino Unido e da Zona do Euro deram força às moedas locais. Dessa forma, o índice DXY fechou em queda de 0,44%, aos 102,746 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O IPCA-15 registrou alta de 0,33% em novembro, acima das expectativas da Órama (0,25%) e do mercado (0,30%), que oscilavam entre 0,22% e 0,38%. Em 12 meses, o índice acumula elevação de 4,84%, ante 5,05% em outubro. Apesar da surpresa no índice fechado, a composição foi benigna, com o desvio altista concentrado em itens voláteis. Para saber mais, leia nosso relatório aqui.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o país criou 190.366 vagas em outubro, acima da expectativa de 135 mil do mercado. O maior crescimento de vagas se deu no setor de serviços, com 109.939 postos. O setor de comércio ficou na segunda posição, criando 49.647 mil vagas.
O governo central registrou superávit primário de R$18,28 bilhões em outubro, de acordo com o Boletim Resultado Tesouro Nacional. O resultado veio abaixo do superávit de R$30,59 bilhões em outubro/2022, mas acima da mediana das expectativas do mercado, que projetava superávit de R$15 bilhões. Desse modo, o acumulado de 12 meses alcançou um déficit de R$85,3 bilhões, equivalente a 0,83% do PIB.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado pela FGV Ibre, subiu 1,9 ponto em novembro, para 92,7 pontos, na primeira alta após quatro meses consecutivos de queda. De acordo com o relatório, o resultado reflete uma percepção de melhora da situação atual, influenciada pela melhora gradual da demanda e pelo movimento de escoamento de estoques, que, apesar disso, permanecem distantes de uma situação de normalidade.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O índice de confiança do consumidor medido pelo Conference Board subiu de 99,1 pontos em outubro, para 102 pontos em novembro. O resultado veio acima dos 100,9 pontos esperados por analistas do mercado. O índice de expectativas, no entanto, segue abaixo de 80 pontos, mesmo com a alta de 72,7 pontos para 77,8 pontos em novembro. A marca de 80 pontos, de acordo com a instituição, historicamente indica recessão no ano seguinte.
DISCURSOS DE BANQUEIROS CENTRAIS
O diretor do Fed, Christopher Waller, afirmou que se sente encorajado pelos primeiros sinais de moderação da atividade econômica nos Estados Unidos, e que a política monetária parece estar em posição para retornar a inflação à meta de 2%. O dirigente disse, ainda, que existem bons argumentos econômicos para que, se os preços ao consumidor continuarem caindo durante mais alguns meses, o Fed poderá reduzir as taxas de juros, não havendo necessidade para as taxas ficarem altas por tanto tempo.
A diretora do Fed, Michelle Bowman reforçou a expectativa de que o Fomc tenha que voltar a subir juros no ciclo atual para assegurar o retorno sustentado da inflação à meta de 2% nos EUA. A previsão contraria as apostas vigentes no mercado e entre outros dirigentes da autoridade monetária.
POLÍTICA NO BRASIL
Líderes partidários e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiram avançar na análise da MP que altera as regras de subvenções do ICMS para grandes empresas. O relator da proposta será o deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG). Com a mudança, o governo estima arrecadar R$35 bilhões em 2024. (Poder360)
O relator do projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Forte (União-CE), vai adiar mais uma vez a apresentação do seu relatório final. Pessoas próximas ao parlamentar garantem que a conclusão não será mais nesta semana. A deputados, no entanto, o relator tem dito que o motivo é a expectativa sobre a análise dos vetos presidenciais, que deve ficar para o dia 14 de dezembro. (Valor)
O presidente em exercício e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, disse que o governo está estudando lançar uma versão do Desenrola voltada para empresas. A ideia, segundo ele, é dar condições para que as companhias paguem suas dívidas. (Valor)
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou os nomes de Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira, indicados pelo governo Lula para as diretorias do Banco Central. As indicações seguem agora para análise e votação no plenário da Casa. (Folha)
O deputado Zé Vitor (PL-MG) disse que apresentará um novo relatório para o projeto de lei 11.247/2018, que trata do aproveitamento de potencial energético offshore. O congressista informou que retirou do texto os trechos sobre alterações no rateio da Conta de Desenvolvimento Energético, que aumentaria os custos da energia negociada no mercado livre. Assim, o texto deve ser votado hoje (29), no plenário da Câmara. (Poder360/Valor)
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