Hapvida – Sinistralidade continua sua evolução.

Crescimento de receita tímido, mas em linha.

A companhia reportou uma receita líquida de R$ 6,8 bilhões, um desempenho, praticamente, flat trimestre a trimestre. Essa dinâmica veio de uma queda de 1,2% da base de beneficiários, mas compensado por uma alta de 2,8% no ticket médio dos planos de saúde. As vidas brutas adicionadas foram de 436 mil, mas um nível de 5,8% de churn levou a perda de 90 mil vidas. Esses cancelamentos já eram esperados, uma vez que a empresa vem sinalizando que somente quer manter os contratos rentáveis.

Sinistralidade mostra evolução.

A sinistralidade da companhia atingiu 71,9%, com queda de 1,1 p.p na comparação anual. Além disso, a empresa mostrou uma queda trimestral (por conta da sazonalidade) de 2p.p, diferentemente de outras companhias. Essa dinâmica demonstra os aumentos de ticket médio. A margem Ebitda da empresa atingiu 10,8%, acima dos números de mercado, e com expansão de 1,9p.p na comparação anual. Vale notar, que essa expansão só não foi maior por conta de um aumento de 0,5p.p nos gastos SG&A.

Lucro líquido e alavancagem.

A Hapvida reportou um lucro líquido de R$ 76 milhões, ainda impactado pela alavancagem financeira (4,4x LTM Ebitda), mesmo com queda trimestral de 0,5x.

Visão para 2023.

A companhia vem mostrando melhoras contínuas na sua dinâmica de sinistralidade. Por mais que o crescimento de base esteja flat, a melhora de MLR vem expandindo de forma expressiva a margem Ebitda e a geração de caixa operacional da empresa. O grande ponto ainda é a alta alavancagem da empresa, mesmo que já mostrando queda nesse indicador.

Para os próximos trimestres, devemos continuar monitorando como se darão as dinâmicas de crescimento de beneficiários, repasse de preço para o consumidor final, arrefecimento da sinistralidade e perspectivas de alavancagem da companhia.

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