Após feriado de Finados, bolsa reagirá às decisões de política monetária e otimismo no exterior
NESTA MANHÃ
- No Brasil, a bolsa repercutirá ao Copom de quarta-feira (01), dado que os mercados estavam fechados ontem (02), por conta do feriado de finados. No exterior, em clima de otimismo com a perspectiva do fim do ciclo de aperto monetário, o foco do dia será o payroll americano, trazendo mais informações sobre o mercado de trabalho americano.
- As bolsas na Ásia fecharam no campo positivo, em reação positiva à decisão de quarta-feira do Fed de manutenção da taxa de juros e a perspectiva que os aumentos de juros nos EUA tenham acabado. O Hang Seng subiu 2,52%, enquanto o Xangai Composto teve alta de 0,71%. Em Tóquio não teve pregão devido a um feriado local.
- Os mercados europeus operam em alta, ampliando os ganhos recentes, ainda em meio a esperança que o ciclo de aperto monetário tenha chegado ao fim, após a manutenção dos juros nos EUA e Reino Unido, e também sustentado pelos balanços corporativos. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,14%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam sem sinal definido e próximos à estabilidade.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,66%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,06%, a US$ 86,30 o barril.
- O ouro avança 0,14%, a US$ 1.988,60 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 34,5 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 EUA: Discurso de Barr, vice-presidente do Fed
- 09:15 Reino Unido: Discurso de Pill, membro do Banco da Inglaterra
- 09:30 EUA: Payroll (Out)
- 10:45 EUA: S&P PMI de Serviços (Out)
- 11:00 EUA: ISM PMI de Não-Manufatura (Out)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Antes da decisão política monetária do Fed, o Ibovespa já andava à frente dos índices de Nova York. Ao fim da tarde, acompanhando a melhora das bolsas americanas após o discurso de Jerome Powell, presidente do Banco Central Americano, que indicou que o aperto monetário acabou nos EUA, o índice fechou com alta de 1,69%, aos 115.052,96 pontos.
Os juros futuros fecharam a sessão em baixa, acompanhando a reação da curva dos Treasuries às declarações do presidente do Fed. É nesse clima mais leve que o mercado aguardou pelo desfecho do Copom, em especial as considerações dos diretores sobre os cenários fiscal e externo.
O dólar à vista encerrou a primeira sessão de novembro em queda firme e voltou a fechar abaixo da linha de R$5,00. Operadores atribuíram a recuperação do real, sobretudo, ao ambiente externo mais benigno para moedas emergentes latino-americanas, com recuo das taxas dos Treasuries e avanço das cotações do minério de ferro. Nesse cenário, o dólar fechou em queda de 1,36%, aos R$4,9730.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam o dia (02) em alta de mais de 1%, com o apetite por risco renovado globalmente em meio à manutenção de juros do Banco da Inglaterra e a dados fracos do mercado de trabalho americano. Assim, o Dow Jones subiu 1,70%, enquanto o S&P avançou 1,89% e o Nasdaq fechou em alta 1,78%.
Os juros dos Treasuries operaram sem direção única, com enfraquecimento na ponta longa dos rendimentos após dados sinalizarem desaceleração da economia americana. Investidores também se posicionaram para o payroll, relatório de empregos americanos a ser divulgado hoje (03).
O dólar estava em baixa ante pares, na esteira da decisão do Fed de quarta (01), que deu maior convicção a investidores de que o aperto monetário pode ter chegado ao fim nos EUA. Assim, o índice DXY registrou queda de 0,70%, aos 106,124 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
A produção industrial avançou 0,1% em setembro, acima das expectativas do mercado, que previam queda de 0,1% e oscilavam entre -0,5% e 0,3% Na comparação com setembro de 2022, o índice registrou alta de 0,6%, em linha com as expectativas, que variavam entre -1,4% e +1,3%. Já no acumulado de 12 meses, a produção industrial registrou estabilidade. Para saber mais, leia nosso relatório aqui.
Prosseguindo no mesmo passo, o Copom reduziu em 0,50 p.p. a taxa Selic, para 12,25% a.a. A decisão da diretoria do Banco Central (BC) foi unânime e sem surpresas, uma vez que na reunião de setembro o Comitê havia sugerido que faria esse movimento. Para saber mais sobre a decisão, clique aqui.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O setor privado dos Estados Unidos criou 113 mil vagas de trabalho em outubro, de acordo com o ADP. O resultado veio abaixo da expectativa dos economistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam abertura de 130 mil vagas.
De acordo com o Relatório JOLTs, o número de vagas de trabalho em aberto nos EUA teve alta para 9,6 milhões em setembro, ante 9,5 milhões de vagas registradas em agosto.
O número de pedidos iniciais de seguro-desemprego subiu em 5 mil na última semana, indo a 217 mil pedidos. O resultado veio acima dos 214 mil pedidos projetados por economistas consultados pelo The Wall Street Journal
Sem surpresas, o FOMC (Comitê de Política Monetária do Fed) manteve a taxa de juros do Fed na faixa de 5,25% a 5,50%. A decisão já estava amplamente precificada pelo mercado, de acordo com o CME Group, e em linha com as expectativas da Órama. Para ler mais sobre a decisão, clique aqui.
O Banco da Inglaterra decidiu manter suas taxas de juros estáveis em 5,25% ao ano, seguindo no maior nível desde fevereiro de 2008. De acordo com o Comitê de Política Monetária, seis dirigentes votaram a favor da manutenção da taxa, enquanto três optaram por elevá-la em 25bps, para 5,50%.
POLÍTICA NO BRASIL
Integrantes do governo chamaram o relator da LDO, Danilo Forte (UB-CE), para uma reunião no Planalto com o objetivo de discutir opções de revisão da meta fiscal de 2024. Participaram os ministros Rui Costa, Simone Tebet, e o Secretário-Executivo da Fazenda, Dario Durigan. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, não esteve presente. O objetivo do encontro era avaliar com Forte as alternativas sobre a mesa para uma eventual flexibilização da meta. (Folha)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia que o texto final da reforma a ser votado no Senado deve contar com o aumento de 0,5 ponto porcentual em relação à versão da Câmara dos Deputados. Portanto, a faixa de cobrança definida, que variava de 25% a 27%, poderá chegar a 27,5%. O aumento projetado pelo ministro considera as exceções oferecidas a setores específicos. (Valor)
Após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quinta-feira (2), o relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), sinalizou que o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) continuará com o valor de R$ 60 bilhões. Na semana passada, o relator havia sinalizado que acataria o pleito de senadores e governadores e aumentaria os recursos para R$ 75 bilhões. (Valor)
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