Em dia de agenda doméstica esvaziada, tensionamento do conflito no Oriente Médio e dados dos EUA dão tom ao pregão

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NESTA MANHÃ
  • Hoje a agenda dos Estados Unidos, com dados do mercado de trabalho, setor imobiliário e falas de dirigentes do Fed, e o tensionamento do conflito no Oriente Médio devem direcionar o pregão.
  • As bolsas na Ásia fecharam em baixa significativa, acompanhando o fraco desempenho de Wall Street e em meio a preocupações com o fragilizado setor imobiliário da China. Dessa forma, o Xangai Composto registrou queda de 1,74%, o Hang Seng caiu 2,46% e o Nikkei recuou 1,91%.
  • Na Europa, as bolsas operam em baixa nesta manhã, após balanços decepcionantes de grandes empresas locais, como Nestlé e Renault, em um momento de aversão a risco alimentado pela crise no Oriente Médio e incertezas sobre a trajetória dos juros. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,87%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street dão sinais mistos para a abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,96%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 1,82%, a US$ 88,58 o barril.
  • O ouro sobe 0,08%, a US$ 1,949,83 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 28,4 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:30 Brasil: Palestra de Roberto Campos Neto, presidente do BC
  • 09:30 EUA: Pedidos de Seguro-Desemprego 
  • 09:30 EUA: Índice de Manufatura do Fed de Philadelphia (Out)
  • 11:00 EUA: Venda de Casas Existentes (Set)
  • 13:00 EUA: Discurso de Powell, presidente do Fed
  • 17:00 EUA: Discurso de Bostic, membro do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou o dia em baixa de 1,60%, aos 114.059,64 pontos. Em percentual, foi a pior queda do índice desde 21 de setembro, quando cedeu 2,15%. A princípio, o pico do petróleo havia contribuído para algum equilíbrio do Ibovespa nesse intervalo de incerteza global, mas ontem o avanço de Petrobras (PETR3: +2,34%, PETR4: +2,26%), com o Brent acima de U$91 por barril, foi contraponto insuficiente para as quedas de VALE3 e dos grandes bancos. 

Os juros futuros tiveram uma sessão volátil, mas o sinal de alta prevaleceu na maior parte do dia sobre as taxas. De maneira geral, o estresse do mercado internacional, sobretudo vindo da curva de juros americana, continuou conduzindo os negócios, agravado pelo noticiário sobre a guerra entre Israel e o Hamas. 

O dólar à vista encerrou a sessão com valorização de 0,38%, aos R$5,0550. Segundo operadores, mais uma vez a formação da taxa de câmbio foi ditada pelo quadro externo, com as questões fiscais domésticas sendo apenas monitoradas. 

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em queda, em um cenário de aversão a riscos que leva em conta um potencial de maior escalada da guerra entre Israel e Hamas, além de condições monetárias mais apertadas. Assim, o Dow Jones fechou em queda de 0,98%, enquanto o S&P caiu 1,34% e o Nasdaq recuou 1,62%.

Os retornos dos Treasuries avançaram, com a ponta longa renovando máximas em décadas. A alta é apoiada pela perspectiva de que o Federal Reserve manterá a política monetária restritiva por mais tempo, corroborada por dados e falas de dirigentes. 

O dólar se valorizou ante outras moedas principais, com investidores atentos aos riscos geopolíticos, com a maior tensão no Oriente Médio, e também a indicadores e declarações de bancos centrais, entre eles o Fed e o seu Livro Bege. Desse modo, o índice DXY fechou em alta de 0,30%, aos 106,565 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

As vendas no varejo restrito recuaram 0,2% em agosto na comparação mensal, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC),. O resultado veio acima das expectativas que apontavam para uma queda de 0,8%. Já as vendas no varejo ampliado (PMC-A), que incluem vendas de veículos, materiais de construção e atacado alimentício, caíram 1,3% em agosto, também ante expectativa de -0,8%. A leitura trouxe dados mistos, mostrando força em apenas alguns setores da economia, principalmente em atividades menos sensíveis ao alto nível de juros. Para saber mais, leia nosso relatório aqui.

DISCURSOS DE MEMBROS DO FED

O diretor do Fed, Christopher Waller, afirmou que se a economia real continuar desacelerando nos Estados Unidos, uma pausa nos juros será possível. Nesse sentido, Waller pontuou que, por ora, o Fed deve esperar e observar como a economia evolui antes de tomar qualquer decisão. Por fim, o diretor disse que o Conselho de Política Monetária ainda sonda mais um aumento de 25bps nos juros, a depender da evolução dos dados. 

O presidente do Fed de Nova York, John Williams, disse que as taxas de juros terão de permanecer em níveis restritivos por algum tempo para trazer a inflação de volta à meta de 2% do Fed.

POLÍTICA NO BRASIL

Após o adiamento da votação do projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de salários dos 17 setores que mais empregam, entidades reforçaram a mobilização junto aos senadores pela aprovação da matéria com celeridade. Do contrário, acreditam que poderá haver uma série de demissões a partir de 2024. O texto está na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado de terça (24/10). (Valor)

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sinalizou nesta quarta-feira (18) que a guerra entre Israel e o Hamas não deve impactar os preços dos combustíveis no Brasil a curto prazo. O conflito tem provocado altas na cotação do barril de petróleo, enquanto, no mercado interno, a Petrobras tem mantido os preços. De acordo com Prates, as variações no mercado internacional são características de conflitos, mas afirmou que o governo continuará “acompanhando a ascensão” dos preços. (Poder 360)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), indicou o funcionário de carreira Carlos Antônio Vieira Fernandes para presidir a Caixa Econômica Federal. Agora, aliados do governo esperam a volta dele a Brasília para definir o assunto em reunião com o presidente Lula. Fernandes foi diretor do fundo de pensão da Caixa, e já comandou ministérios em gestões petistas. (Folha)

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