Divulgação do IPCA-15 de setembro e ata do Copom são o foco do mercado
NESTA MANHÃ
- Para hoje, o mercado aguarda atentamente a divulgação da ata do último Copom e o IPCA-15 de setembro (exp: 0,37%), que trará mais informações sobre a trajetória inflacionária. Nos Estados Unidos serão divulgados alguns indicadores relacionados ao setor imobiliário e o índice de confiança do Conference Board.
- As bolsas na Ásia fecharam em baixa, em meio a preocupações sobre a economia chinesa e uma possível paralisação do governo dos EUA. O índice Xangai Composto fechou em queda de 0,43%, o Hang Seng caiu 1,48% e o Nikkei recuou 1,11%.
- Na Europa, as bolsas operam majoritariamente em baixa, ampliando as perdas de ontem, ainda influenciadas pela perspectiva de um aperto monetário por mais tempo e sinais de fraqueza na China. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,39%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,64%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,73%, a US$92,61 o barril.
- O ouro recua 0,18%, a US$ 1.912,57 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$26,3 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: Ata do Copom
- 09:00 EUA: Licenças para Construção (Ago)
- 09:00 Brasil: IPCA-15 (Set) | Expectativa: 0,37%
- 10:00 EUA: Índice de Preços de Casas Case/Schiller (Jul)
- 11:00 EUA: Índice de Confiança do Conference Board (Set)
- 11:00 EUA: Venda de Novas Residências (Ago)
- 14:30 EUA: Discurso de Bowman, membro do Fed
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa fechou com queda de 0,07%, aos 115.924,61 pontos. Apesar do leve sinal negativo do petróleo Brent na sessão, as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) subiram, ambas, 0,65%. A alta compensou o efeito do ajuste de Vale (VALE3: -1,85%) com a retomada de dúvidas sobre a economia chinesa, que tem encontrado muita dificuldade para ganhar marcha desde a pandemia.
Os juros futuros fecharam em alta firme, contaminados pelo estresse no mercado de Treasuries que reverberou nas curvas globais. Essa é a terceira sessão consecutiva em que a curva local registra aumento da inclinação, acompanhando com grande aderência o comportamento dos yields das Treasuries. O pano de fundo segue sendo a expectativa de juros nos EUA no modo “higher for longer” e suas consequências para a economia mundial.
O dólar fechou em alta de 0,67%, aos R$4,9660, acompanhando a onda de fortalecimento da moeda americana no exterior e o avanço das taxas dos Treasuries. As divisas de países produtores de matérias-primas e emergentes, já castigadas na semana passada pela perspectiva de juros elevados por mais tempo nos Estados Unidos, sofreram com as notícias negativas relacionadas ao setor imobiliário chinês.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, com o S&P conseguindo interromper quatro sessões consecutivas de queda. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,13%, o S&P fechou com ganho de 0,40% e o Nasdaq subiu 0,45%. Os investidores seguem atentos às negociações no Congresso em busca de uma solução para o orçamento. A agência de avaliação de risco de crédito Moody’s anunciou que uma paralisação das atividades da administração pública americana poderia ser negativa para o rating dos EUA.
Os retornos dos Treasuries subiram com os juros dos títulos de longo prazo batendo máximas plurianuais. O movimento ocorre diante da perspectiva de que o Fed manterá a política monetária restritiva por mais tempo, corroborada por falas de Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago. Goolsbee afirmou que, aparentemente, os juros americanos seguirão em nível elevado por mais tempo do que o atualmente estimado pelos mercados.
O índice DXY subiu 0,39%, a 105,998 pontos. No caso do iene, este bateu as mínimas de 11 meses em relação ao dólar após o presidente do Banco do Japão (BoJ) reiterar que a instituição manterá postura “paciente”, e dizer que o alcance sustentável e estável da meta de inflação ainda não é perceptível.
CHINA
As ações da imobiliária chinesa Evergrande Group caíram 25% na Bolsa de Hong Kong, 2 dias depois do cancelamento de um programa de reestruturação de dívidas, anunciado em março. No domingo, a Evergrande afirmou que a subsidiária Hengda Real Estate está sendo investigada por possíveis violações das normas de divulgação de informações, sendo assim, a empresa fica impedida de emitir novos títulos. (Poder 360)
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O Índice de Confiança do Consumidor do FGV IBRE subiu 0,2 ponto em setembro, para 97 pontos. O resultado foi favorecido pela melhora da percepção em relação à situação atual, mas teve um pequeno revés negativo a partir da calibragem das expectativas para os próximos meses. De acordo com o comunicado, com o resultado, o indicador se mantém em nível semelhante ao registrado no início de 2014, antes do início da recessão econômica daquele ano.
Foi divulgado também o Boletim Focus, que só trouxe mais uma revisão altista do PIB para 2023 como destaque. A mediana das expectativas para o crescimento no ano subiu de 2,89% para 2,92%. Em relação à inflação, as projeções permanecem estáveis em todos os horizontes.
Por fim, o Brasil registrou déficit de U$778,4 milhões na conta corrente de agosto, de acordo com o comunicado do Banco Central. O resultado veio acima da mediana das expectativas do Broadcast, que projetava um déficit de U$2,1 bilhões. No mesmo mês de 2022 o resultado foi negativo em U$7,0 bilhões. Já no acumulado de 12 meses, o país tem um saldo negativo de U$45,3 bilhões, ou 2,21% do PIB.
Ao mesmo tempo, o ingresso líquido de investimento direto no país somou U$4,3 bilhões em agosto, favorecendo para os U$65,9 bilhões no acumulado de 12 meses. O resultado veio abaixo da mediana das expectativas do Broadcast, que esperavam um superávit de U$5,3 bilhões.
INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR
O Índice de Atividade do Fed de Chicago caiu a -0,16 pontos, abaixo das projeções dos analistas entrevistados pela FactSet: -0,03 pontos.
POLÍTICA NO BRASIL
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que considera essencial a aprovação da Medida Provisória (MP) do Desenrola, uma vez que a MP caduca no dia 03 de outubro. Além disso, fez elogios à atuação do Congresso no primeiro semestre e disse esperar o mesmo desempenho no segundo. (Valor)
Associações do setor de saúde e especialistas em contas públicas alertam que a manobra aprovada pela Câmara dos Deputados para o governo gastar menos com saúde em 2023 pode ser inconstitucional. Com a sanção do novo arcabouço fiscal, e a consequente revogação do teto de gastos, a regra que calcula o piso de investimento em saúde obrigaria o governo a ampliar a despesa no setor em R$20 bilhões. No entanto, como não há espaço fiscal para tal gasto, o governo aprovou um dispositivo estabelecendo que, neste ano, a regra do piso da saúde deverá ser calculada com base na Lei Orçamentária Anual (LOA), e não pela receita corrente líquida do exercício financeiro, como está descrito na Constituição de 1988. (Valor)
A Advocacia-Geral da União pediu ao STF a derrubada do limite para precatórios instituído no governo Bolsonaro e propôs o pagamento de parte das sentenças judiciais como despesa financeira, sem esbarrar em regras fiscais. Além disso, o governo ainda pede autorização para quitar o estoque represado até agora por meio de crédito extraordinário, que também fica fora dos limites orçamentários. O passivo é da ordem de R$95 bilhões, e sua regularização deve subir a dívida pública. (Folha)
O projeto de lei que regula o mercado de carbono avança no Congresso sob atenção do setor empresarial, que negocia mudanças antes da votação pela Comissão de Meio Ambiente do Senado. Há preocupações com parte das regras ficar apenas em atos do executivo, com o valor das multas, tributação e a falta de participação nesses fóruns. O mercado de carbono é um mecanismo para diminuir as emissões de gases com efeito estufa pelas empresas. (Valor)
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