Investidores aguardam o CPI americano, importante para direcionar os próximos passos do Fed
NESTA MANHÃ
- Hoje, o destaque do dia é o índice de preços ao consumidor (CPI) americano, com expectativa de alta de 0,6%. O dado será importante para direcionar as expectativas sobre a trajetória da política monetária, que tem reunião do Fomc na próxima quarta-feira (20). Além disso, no Brasil, é possível que aconteça a votação do PL das apostas esportivas no plenário da Câmara.
- As bolsas na Ásia fecharam em baixa após uma queda em ações de tecnologia derrubar os mercados de Nova York. O Xangai Composto caiu 0,45%, enquanto o Hang Seng recuou 0,09% e o Nikkei perdeu 0,21%.
- Na Europa, as bolsas operam em baixa com investidores demonstrando cautela antes da publicação de novos dados da inflação ao consumidor dos EUA. Além disso, a produção industrial da zona do euro caiu 1,1% em julho na variação mensal, abaixo da queda de 0,7% esperada por analistas consultados pela FactSet.
- No Reino Unido, o PIB encolheu 0,5% em julho ante junho, com queda em todos os setores na variação mensal, enquanto a produção industrial caiu 0,7%, pior do que o esperado (-0,6%). Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,61%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,38%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,59%, a US$ 92,60 o barril.
- O ouro recua 0,12%, a US$ 1.911,16 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 26 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:30 EUA: Índice de Preços ao Consumidor (CPI) (Ago) | Expectativa: 0,6%
- 10:15 Reino Unido: Discurso de Woods, diretor do Banco da Inglaterra
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa fechou em alta de 0,93%, em 117.968,12 pontos. O mercado subiu na contramão da cautela externa, embalado pela leitura favorável do IPCA de agosto.
Os juros futuros operaram em baixa, em reação ao IPCA de agosto abaixo do consenso das estimativas e com a leitura benigna das aberturas. O recuo foi mais acentuado nos vencimentos intermediários, que concentram as expectativas para o ciclo de afrouxamento monetário como um todo.
O dólar fechou estável em R$4,9540, em sessão morna à espera da divulgação do CPI de hoje, que pode mexer com as expectativas para os próximos passos do Fed.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em baixa, com o mercado esperando uma aceleração no CPI dos Estados Unidos a ser publicado hoje. Uma retomada dos preços favorece o argumento de que o Fed possa querer manter os juros em nível restritivo por mais tempo. Nesse sentido, o índice Dow Jones fechou com queda de 0,05%, o S&P recuou 0,57% e o Nasdaq caiu 1,04%.
Os juros dos Treasuries oscilaram de lado na sessão, apresentando viés negativo na ponta longa ao fim da tarde, com investidores se posicionando para o dado de inflação a ser divulgado.
O dólar se valorizou ante outras moedas principais, como iene, euro e a libra. A alta se deu pela visão de que o Fed deve reforçar o argumento de uma posição contracionista da política monetária por mais tempo. Nesse sentido, o índice DXY subiu 0,14%, a 104,711 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O IPCA de agosto teve alta de 0,23%, abaixo das expectativas da Órama (0,29%) e no piso do mercado, que tinha mediana de 0,28% e teto de 0,52%. Em 12 meses, o índice acumulou 4,61%, ante 3,99% em julho, e acima do esperado (4,67%). O índice apresentou uma boa leitura, com a continuidade do arrefecimento dos serviços (de 0,25% para 0,08%), grupo acompanhado de perto pelo Copom. Os núcleos também apresentaram comportamento positivo. Para saber mais, leia o relatório completo aqui.
POLÍTICA NO BRASIL
Apesar da pressão das “bets” por redução nas taxas, os deputados decidiram aprovar a tributação proposta para as apostas esportivas e aproveitar o projeto de lei para legalizar os cassinos online. As empresas terão de pagar 18% sobre a receita bruta dos jogos e os apostadores terão de arcar com 30% de imposto de renda sobre os ganhos com cada aposta. O texto deve ser votado hoje no plenário da Câmara. (Valor)
O Ministério da Fazenda ganhou a queda de braço com o Centrão e manterá sob sua alçada a secretaria responsável pela arrecadação das apostas esportivas. O Ministério do Esporte terá uma secretaria que cuidará do acompanhamento das apostas e zelará pela integridade dos eventos esportivos. (Valor)
Lideranças do PP estão irritadas com a decisão do governo de dividir as atribuições sobre apostas esportivas e pretendem pressionar pelo aumento do orçamento da pasta que passará a ser comandada por André Fufuca (PP-MA). Durante as negociações da reforma ministerial, o PP só aceitou o Esporte diante do compromisso do governo de garantir um orçamento mais robusto e estrutura maior para a pasta. (Valor)
O secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, afirmou que o governo continua defendendo a tese de não cumprir, neste ano, os gastos mínimos com saúde e educação atrelados ao avanço da receita. Conforme mostrou o Valor, a não aplicação do piso neste ano pode ser inconstitucional, além de provocar um efeito-manada em tribunais de contas de Estados e municípios. (Valor)
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o marco legal para energia eólica offshore sai até o final do ano. De acordo com Silveira, o governo está articulando com o congresso nacional para destravar o PL 576/2021, que trata do marco legal. (Valor)
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