Sessão conta com agenda esvaziada no Brasil e feriado nos EUA

Compartilhe o post:
NESTA MANHÃ
  • Hoje o dia será de menor liquidez em função do feriado nos EUA. Por aqui, a sessão conta com agenda esvaziava, com o Boletim Focus antes da abertura. Roberto Campos Neto, presidente do BC, fala às 14h em fórum do JPMorgan.
  • Os mercados asiáticos fecharam em alta. Notícias do setor imobiliário chinês apoiaram os ganhos, e em Hong Kong a ação da Country Garden foi destaque, após a notícia de que ela conseguiu estender o vencimento de um bônus, em um contexto de trabalho da incorporadora chinesa para evitar um default. O Xangai Composto fechou com alta de 1,4%, enquanto o Hang Seng subiu 2,51% e o Nikkei avançou 0,70%. 
  • Na Europa, os mercados exibem ganhos. O dia é atípico, com perspectiva de menor volume de negócios por causa do feriado sem mercados abertos nos Estados Unidos, mas no continente haverá declarações de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), entre eles da presidente da instituição, Christine Lagarde. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,61%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,30%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,20%, a US$ 84,92 o barril.
  • O ouro avança 0,04%, a US$ 1.940,58 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 25,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • Estados Unidos: Feriado do Dia do Trabalho
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus
  • 10:00 Brasil: Fenabrave (Ago)
  • 22:45 China: PMI Caixin de Serviços (Ago)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O índice Ibovespa iniciou o mês com alta de 1,86%, aos 117.892,96 pontos. Com o anúncio de estímulos ao setor imobiliário da China, o papel da Vale (VALE3) fechou com alta de 5,85%, puxando o índice para cima. Além disso, o PIB brasileiro acima do esperado para o segundo trimestre, que resultou em revisões altistas nas expectativas de crescimento para o ano, corroboraram para o avanço da bolsa. 

Os juros futuros avançaram na ponta curta da curva, enquanto o mercado ajustava as apostas no ritmo de cortes e no nível terminal da taxa Selic após a surpresa positiva com o crescimento do PIB no segundo trimestre. A sessão também foi de alta, mais moderada, no trecho médio da curva. 

O dólar recuou 0,21%, cotado a R$4,9400. De acordo com operadores, a alta das commodities, em meio a dados positivos da indústria da China, que anunciou medidas de apoio ao setor imobiliário, e o resultado mais forte do que o esperado do PIB abriram espaço para a queda do dólar. 

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam mistas na sexta, dia em que os dados sobre o mercado de trabalho (payroll) consolidaram a aposta no fim do ciclo de aumento de juros pelo Fed, de acordo com monitoramento do CME Group. O índice Dow Jones fechou com alta de 0,33%, enquanto o S&P subiu 0,18% e o Nasdaq recuou 0,02%.

Os rendimentos dos Treasuries oscilaram instáveis ao longo do dia, mas chegaram ao fim da tarde em alta. O relatório payroll chegou a pressionar os retornos, mas o PMI, ainda que mais alto do que o esperado, consolidou a visão de uma economia que está gradualmente perdendo ímpeto. 

O Índice DXY fechou em alta de 0,60%, aos 104,236 pontos. Os dados mistos nos Estados Unidos consolidaram a perspectiva de resiliência da economia ante o enfraquecimento dos pares desenvolvidos. 

Além dos dados econômicos, o discurso da presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, promoveu o fortalecimento da moeda americana ao reconhecer o alívio das pressões inflacionárias, mas levantar dúvidas sobre o nível de restrição dos juros necessário para conseguir controlar a inflação do país.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O resultado do payroll mostrou a criação de 187 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de agosto, um pouco acima da expectativa de 170 mil vagas, de acordo com o consenso Refinitiv. O indicador encerra a semana de dados importantes para trazer mais clareza para a trajetória da política monetária americana. 

O PMI de manufatura dos Estados Unidos registrou uma queda para 47,9 pontos em agosto, de 49 pontos em julho, reforçando o argumento de uma desaceleração iminente. O resultado veio acima dos 47,0 pontos esperados pelos analistas ouvidos pela FactSet.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O PIB do 2º trimestre de 2023 avançou 0,9% na comparação com o primeiro trimestre deste ano, acima da projeção do mercado (0,3%) e da Órama (-0,4%). O resultado é a oitava alta na margem consecutiva. Em relação ao mesmo período de 2022, o crescimento foi de 3,4%, também acima do esperado. O desvio em relação às expectativas se deve a um melhor desempenho do setor agropecuário, que recuou apenas 0,9% (-0,1 p.p.), após alta de 21% no primeiro trimestre, acima do que era esperado. Além disso, serviços (0,4% e 0,24 p.p.) e indústria (0,7% e 0,2 p.p.) também apresentaram maior resiliência. Para saber mais, leia nosso relatório aqui.

O PMI industrial do Brasil subiu a 50,1 pontos em agosto, primeira vez acima dos 50 pontos em 10 meses. De acordo com a S&P Global, as empresas indicaram que o volume de pedidos aumentou pela primeira vez em um ano, ainda que de forma discreta, o que levou a uma retomada dos volumes de produção. Além disso, a melhora da demanda, aliada a expectativas otimistas de negócios, estimulou o aumento das contratações, enquanto os níveis de compras se mantiveram estáveis de modo geral. 

A balança comercial teve superávit de U$9,766 bilhões em agosto, número 137,8% maior do que o registrado no mesmo período de 2022. A Secex projeta superávit de U$84,7 bilhões da balança comercial neste ano. 

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou nesta sexta que o veto do presidente Lula ao projeto do arcabouço fiscal deve ser derrubado no Congresso. Lira argumentou que assim como é prerrogativa do presidente da República vetar qualquer matéria legislativa que ele julgue que possa prejudicar o governo, assim como também é prerrogativa do legislativo analisar o veto. (Folha)

Com viagem marcada para Índia, onde participará da Cúpula do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá a tarefa de encaminhar a reforma ministerial nesta semana, antes de embarcar para Nova Déli, na quinta-feira. A expectativa de auxiliares próximos é que o presidente bata o martelo sobre os cargos que serão, enfim, entregues ao Centrão. (Valor)

O governo Lula considerou a cobrança de uma alíquota mínima de 20% nas compras internacionais até U$50, hoje isentas, em sua proposta do Orçamento de 2024. O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, ressaltou, no entanto, que a decisão sobre o valor do imposto de importação ainda não foi tomada. (Folha)

A Medida Provisória n°1185, publicada na noite de quinta, mudará as regras de tributação dos incentivos fiscais de ICMS, obrigando as empresas a pagar IRPJ, CSLL, PIS e Cofins sobre os valores concedidos pelos impostos, caso a medida seja aprovada no Congresso. Na prática, as empresas estão saindo do zero para uma alíquota de 18,25%. A publicação da medida pegou atacadistas e a indústria de consumo de surpresa, já que afeta diretamente o lucro líquido das companhias. (Valor/Valor)

O Governo Lula é avaliado como “ótimo ou bom” por 45% dos eleitores da cidade de São Paulo, de acordo com dados do Datafolha. Além disso, 25% afirmaram que é “ruim ou péssima” e 29% consideram “regular”. (Valor)

PAINEL DE COTAÇÕES

As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama. 
Compartilhe o post:

Posts Similares