Mais um dia de agenda esvaziada com foco no exterior

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NESTA MANHÃ
  • Hoje será mais um dia de agenda de indicadores domésticos esvaziada e se concentrando em assuntos políticos. No exterior será divulgado o número de pedidos por seguro-desemprego nos EUA e o índice de atividade industrial do Fed Filadélfia. Ambos os dados devem seguir dimensionando a expectativa para a condução da política monetária americana no encontro de setembro. 
  • As bolsas na Ásia não tiveram sinal único. O Xangai Composto fechou em alta de 0,43%, o Nikkei recuou 0,44% e o Hang Seng ficou praticamente estável ao variar -0,01%. Na China, os destaques foram para montadoras e fabricantes de hardware, com investidores dando menos peso às perspectivas mais pessimistas para a economia e o maior foco na expectativa de mais estímulos do governo. No Japão, o movimento foi impulsionado pela Ata do FOMC mais hawkish.
  • Na Europa, os mercados indicam queda nas primeiras horas de pregão. Nesse sentido, a ata do FOMC é a principal responsável por essa pressão, fazendo com que analistas avaliem que a política monetária global deve ficar apertada por mais tempo, Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,19%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam abertura em alta.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,30%
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,78%, a US$ 84,10 o barril.
  • O ouro sobe 0,25%, a US$ 1.896,85 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 28 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: IGP-10 (Ago)
  • 09:30 EUA: Pedidos por Seguro-Desemprego 
  • 09:30 EUA: Índice de Atividade Industrial Fed Filadélfia (Ago) 
  • 11:30   Brasil: Entrevista Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central 
  • 17:30 EUA: Balanço do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O dia foi de continuidade do movimento de correção dos preços, impulsionado pela sinalização mais hawkish da ata do FOMC. Com isso, o Ibovespa registrou queda de 0,50%, em 115.591,52 pontos. Esse foi o 12° pregão consecutivo de baixa, marca não vista desde 1970, de acordo com o AE Dados. No mês, o índice já recua 5,21%. 

Os juros futuros ficaram estáveis no fechamento. Após caírem pela manhã, as taxas retomaram a alta acompanhando o movimento da curva dos Treasuries após a ata do FOMC. Em relação à perspectiva de queda no início do dia, a percepção é de que o movimento foi desencadeado pela redução da incerteza em relação à tramitação das reformas com a sinalização da votação do arcabouço fiscal na próxima terça-feira (22).

O câmbio também fechou próximo da estabilidade, em R$4,9870. A moeda sinalizou queda pela manhã, mas perdeu fôlego frente à deterioração do ambiente externo.

EXTERIOR

As bolsas de valores de Nova York encerraram o dia em queda, influenciadas pela divulgação da ata do Fed. O documento indicou a possibilidade de medidas mais rigorosas no futuro, o que intensificou a postura cautelosa dos investidores em Wall Street em relação ao risco. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,52%, o S&P 500 recuou 0,76% e o Nasdaq caiu 1,15%.

Após a publicação da ata do FOMC, os juros dos Treasuries avançaram nesta quarta-feira (16), com a ponta longa nos maiores níveis desde outubro do ano passado.

Já no mercado do câmbio, o dólar subiu ante o iene e o euro neste pregão, ganhando força sobre boa parte das moedas fortes e emergentes. O índice DXY subiu 0,21%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

A ata da última reunião do FOMC de julho publicada nesta quarta-feira (16) destacou que a grande parte dos membros segue vendo riscos de alta para inflação, algo que potencialmente demandará mais aperto monetário. Além disso, os líderes do Fed ainda enxergam que as perspectivas econômicas têm alto nível de incerteza, o que favorece a argumentação de que as decisões futuras sobre a política monetária devem continuar dependendo da ampla variedade de indicadores econômicos.

A produção industrial total dos EUA registrou um aumento de 1,0% em julho, seguindo declínios nos dois meses anteriores, conforme comunicado nesta quarta-feira. A produção industrial total em julho ficou 0,2% abaixo do nível do ano anterior. Os números superaram as previsões do mercado. A mediana das estimativas apontava para um incremento de 0,3% na comparação mensal e uma redução de 0,1% no cálculo anual. A maioria dos principais setores monitorados apresentou crescimento em julho. A fabricação de bens de consumo duráveis teve um impulso notável devido a um aumento de 4,8% na produção de artigos automotivos.

POLÍTICA NO BRASIL

O governo Lula ofereceu ao Republicanos a possibilidade de recriar o Ministério da Micro e Pequena Empresa para que seja comandado pelo deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). De toda forma, de acordo com fontes ouvidas pelo Valor, ainda não houve acordo. Por fim, Lula vem acenando que concluirá a reforma ministerial até sexta-feira. (Valor)

Após a aprovação do plano de trabalho na CCJ, o relator da reforma tributária afirmou que as datas previstas no cronograma de tramitação foram colocadas com “margem de segurança”. De acordo com ele, o texto será votado até o final de outubro, data limite alinhada com o presidente do Senado. (Valor)

A CNM (Confederação Nacional de Municípios) propôs ajustes em pontos do texto da reforma tributária ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Um dos pedidos da entidade são alterações na divisão da receita do futuro IBS, que reunirá o tributo municipal ISS e o ICMS, que é estadual. (Poder 360)

Líderes partidários do Congresso resistem à ideia de taxar offshores, incluída na Medida Provisória (nº 1.172/2023) que trata do reajuste do salário mínimo. As mudanças no texto original da MP são avaliadas como um “jabuti”. O Executivo conta com a taxação de capital no exterior ainda em 2023 para compensar a isenção do IR. A alternativa caso os deputados derrubem o tema da MP do salário mínimo seria o reenvio como projeto de lei. (Poder360)

O senador Otto Alencar (PSD-BA), relator do projeto de lei que muda a regra de empate nos julgamentos do Carf, pretende apresentar seu parecer na segunda-feira (21) para que a Comissão de Assuntos Econômicos delibere sobre a matéria na próxima semana. De acordo com o Valor, a tendência é que Otto atenda um pedido da Fazenda para não alterar o texto que veio da Câmara dos Deputados. A ideia é que o ministério da Fazenda tem pressa para a aprovação e, caso retorne à Casa Baixa, a aprovação terá um alto custo político. (Valor)

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