ABC Brasil – Pós crescimento, banco foca em eficiência.

Contração na rubrica de empréstimos, aumento nos títulos privados.

Em termos de tamanho, o ABC Brasil fechou o trimestre com uma carteira de crédito de R$ 43 bilhões, uma cifra 8% maior do que a observada no ano anterior. O ABC Brasil reduziu levemente o tamanho da carteira de créditos (-3,4%), o que foi compensado pelo aumento no segmento de títulos privados, da ordem de R$ 3,4 bilhões. O Banco teve um aumento de 14% na margem financeira, puxado por volumes, mas também pelo alto patamar dos juros, que melhora o carry do banco.

Margens saudáveis, com PDD sob controle

O ABC Brasil registrou uma inadimplência de 0,7% – cifra baixa, como de costume, mas acima do que o banco vem praticando nos últimos trimestres. O provisionamento do ABC Brasil ficou na casa dos R$ 70 milhões, um aumento na comparação anual, mas também ainda em níveis adequados. Na rubrica de despesas de pessoal e administrativas, o ABC Brasil registrou desembolso de R$ 170 mi, uma alta de 15% na comparação com o 2T223.

Lucro líquido e ROE em linha com o esperado.

O lucro líquido no trimestre foi de R$ 202 milhões, em linha com o observado um ano antes, no 2T22. O ABC Brasil fechou o trimestre com um retorno sobre patrimônio (ROE) na casa dos 15%, número 150 bps menor do que o observado no 2T22. Depois de uma pernada de crescimento relevante em 2022, o ABC Brasil agora foca em melhorar eficiência, com controle mais estrito de despesas e uma concessão mais criteriosa. Reiteramos a nossa recomendação de compra para o papel. Vemos ABCB4 como uma boa alternativa para uma carteira mais focada em estabilidade e bons dividendos. O ABC Brasil sustenta um crescimento saudável ao longo dos anos, com destaque para o negócio extremamente sólido e regular e um bom pagamento de dividendos.

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